BREVE RESUMO SOBRE A VACINA PENTAVALENTE
INDICAÇÃO E ESQUEMA VACINA DA VACINA PENTAVALENTE:
A vacinação
básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30
dias), a partir de 2 meses de idade. Os dois reforços necessários serão
realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro reforço aos 15 meses e o segundo entre 4 a 6 anos 11meses e 29 dias.
Ressalta-se
que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos, a primeira dose nas
primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina
contra hepatite B monovalente (recombinante).
A introdução
da Pentavalente não altera as indicações em situações especiais, para as
vacinas DTPa, DT, Hib e hepatite B contidas nas recomendações da Norma dos
Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais / CRIEs.
DOSE / VIA DE ADMINISTRAÇÃO DA VACINA PENTAVALENTE:
Administrar
dose de 0,5 ml da vacina DTP/HB/Hib por via intramuscular (IM), no vasto
lateral da coxa esquerda, em crianças menores de 2 anos de idade e na região
deltóide nas crianças a partir de dois anos de idade.
A vacina não
deve ser administrada na região glútea, devido ao risco lesão do nervo ciático
(Villarejo e Pascaul, 1993; Pigot, 1988) e a possibilidade de injetar a vacina
em tecido adiposo (gordura), em vez de músculo. Há evidências de que a injeção
de medicamento no tecido adiposo da região dorso glútea pode reduzir a
imunogenicidade da hepatite B (Shaw et al, 1989. Alves et al, 2001) e raiva
(Fishbein et al, 1988). Também não pode ser administrada na região
intradérmica, pois pode induzir a uma resposta imunitária insatisfatória.
Não deve ser
administrada em um vaso sanguíneo (endovenosa).
Vacinas Pentavalente, Hepatite B Monovalente e suas Vias e Sítios de Aplicação
A seguir temos duas imagens copiadas do Curso de atualização
para o trabalhador da sala de vacinação, MANUAL DO MONITOR, Manual do Ministério da Saúde.
Estas imagens ilustram as agulhas adequadas para uma vacinação de qualidade.
Orienta sobre que tipo de agulha que deve ser utilizada com relação a dimensão do tecido a ser alcançado para a correta administração vacinal.
Vejam:
CONSERVAÇÃO E VALIDADE DA PENTAVALENTE:
Conservar a vacina protegida da luz
solar direta e sob refrigeração entre 2°C e 8°C, não podendo ser congelada. Respeitar
rigorosamente o prazo de validade indicado pelo fabricante na embalagem.
USO DA PENTAVALENTE SIMULTÂNEO COM OUTRAS VACINAS:
A vacina
Pentavalente pode ser administrada com segurança e eficácia, ao mesmo tempo com
as demais vacinas do calendário. Utilizar seringas, agulhas e sítios de
aplicações diferentes na administração simultâneas de vacinas.
Se mais de
uma injeção for dada em um mesmo membro (crianças com calendário muito
atrasado, por exemplo), administrar com, no mínimo, 2,5 centímetros de
distância entre elas (American Academy of Pediatrics, 2003). O local em que
cada injeção for administrada deve ser observado nos registros do indivíduo, possibilitando a diferenciação de
qualquer reação local.
CONTRAINDICAÇÕES DA VACINA PENTAVALENTE:
Existem
poucas contraindicações para a administração da primeira dose da vacina
Pentavalente, exceto se há relato de convulsões ou anormalidades neurológicas
graves no período neonatal que são contraindicações para o componente pertussis.
A vacina não
prejudica indivíduos previamente infectados com o vírus da hepatite B.
Não
administrar em crianças com hipersensibilidade conhecida a qualquer componente
da vacina ou que tenham manifestado sinais de hipersensibilidade após uso
prévio das vacinas difteria, tétano, coqueluche, hepatite B ou Hib; crianças
com quadro neurológico em atividade; crianças que tenham apresentado, após
aplicação de dose anterior, qualquer das seguintes manifestações:
Ø
Convulsão (febril ou afebril)
até 72 horas após administração da vacina;
Ø
Episódio hipotônico
hiporresponsivo (EHH), até 48 horas após a administração de vacina prévia;
Ø
Encefalopatia nos primeiros 7
dias após a administração da vacina prévia.
Ø
Púrpura trombocitopênica
pós-vacinal (possível associação com o componente da Hepatite B)
PRECAUÇÕES:
Esta vacina é
contraindicada para pessoas com 7 anos de idade ou mais, por conta do componentes
pertussis (P).
Em caso de
doenças febris agudas moderadas ou graves recomenda-se adiar a vacinação até a
resolução do quadro, com o intuito de não se atribuir à vacina as manifestações
da doença.
A infecção
pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) não é considerada uma contraindicação
para a administração da vacina DTP/HB/Hib. Os pacientes portadores de alguma
imunodeficiência ou em uso de terapia imunossupressora ou corticosteróides
podem ter resposta imunológica reduzida.
Febre elevada
(temperatura ≥ 39°C)
dentro de 48 horas após a vacinação e não devido a outras causas
identificáveis, recomenda-se adotar conduta conforme descrito no Manual de
EAPV/MS.
EVENTOS
ADVERSOS PÓS-VACINAÇÃO À PENTAVALENTE:
O tipo e a
frequência de eventos adversos da vacina Pentavalente (DTP/HB/Hib) não diferem
significativamente dos eventos adversos das vacinas DTP, Hep B e Hib, descritas
separadamente.
VACINA DTP
(células inteiras): leves eventos locais ou sistêmicas são comuns; edema
temporário, aumento da sensibilidade e eritema (vermelhidão) no local da
injeção em conjunto com febre ocorrem em uma grande proporção de casos. Ocasionalmente
os eventos graves de febre alta, irritabilidade e choro inalterado podem
aparecer dentro de 24 horas de administração. Episódio Hipotônico
Hiporresponsivo (EHH) e as convulsões febris têm sido relatados, a uma taxa de
1 por 12.500 doses administradas.
Um estudo
realizado no Reino Unido mostrou um pequeno aumento de convulsões após a
imunização com a vacina DTP, entretanto, revisões posteriores detalhadas de
todos os estudos disponíveis por grupos de especialistas do Instituto de
Medicina e do Comitê Consultivo em Práticas de Imunização (ACIP) dos Estados
Unidos, as associações pediátricas da Austrália, Canadá, Reino Unido concluíram
que os resultados não demonstraram uma relação causal entre a vacina DTP e
disfunção crônica do sistema nervoso.
Assim, não há evidência científica de que esses eventos levem a consequências
permanentes para as crianças.
VACINA contra
HEPATITE B: é uma vacina bem tolerada. Em estudos controlados com placebo, à
exceção de dor local, sintomas tais como mialgia e febre transitória não têm
sido mais frequentes do que no grupo placebo. Os relatos de reações
anafiláticas graves são muito raros. Manifestações gerais como febre,
irritabilidade, fadiga, tonturas, cefaléia, desconforto gastrintestinal,
também, podem ocorrer dentro das primeiras 24 horas e com evolução benigna. A
púrpura trombocitopênica idiopática (PTI) após a vacina contra Hepatite B é um evento raro cuja
relação causal é difícil de ser comprovada. O tempo de latência entre o aparecimento dos sintomas que
geralmente é de alguns dias até dois meses, sugere esta relação. Os dados
disponíveis não indicam uma associação causal entre a vacina Hep B e eventos
adversos neurológicos graves como a síndrome de Guillain-Barré (SGB), doenças
desmielinizantes incluindo a esclerose múltipla, bem como não existem dados epidemiológicos
para apoiar uma associação causal entre esta vacina e síndrome da fadiga
crônica, artrite, doenças auto-imunes, asma, síndrome da morte súbita infantil
(SIDS) ou diabetes.
VACINA Hib: reações
localizadas, leves e transitórias podem ocorrer dentro das 24 horas após a
vacinação, tais como dor e aumento de sensibilidade no local da injeção, que na
maioria dos casos desaparecem espontaneamente dentro de 2 a 3 dias. Eventualmente podem
ocorrer abscessos locais, decorrentes da contaminação bacteriana secundária por
falha técnica de aplicação da vacina. Manifestações gerais, como febre,
raramente ocorrem e reações mais graves são muito raras, sendo que uma relação
causal entre a vacina e reações mais graves, não foi estabelecida.
A vacina Pentavalente
é bem tolerada.
Estudos clínicos realizados
(Data on file,
Novartis Vaccines)
demonstraram os
seguintes EAPV, com frequência baseada em doses administradas:
ü
Muito frequente: > 1/10
ü Frequente
> 1/100, ≤ 1/10
ü
Pouco frequente > 1/1000, ≤ 1/100
ü Raro > 1/10 000, ≤ 1/1000
ü
Muito raro ≤ 1/10 000, incluindo notificações esporádicas
Manifestações gerais:
o
Eventos muito frequentes:
locais (Dor, Rubor, Edema e Enduração) o Eventos frequentes: Febre
o
Eventos raros: Manifestações
gripais (influenza-like)
Manifestações gastrointestinais:
o
Eventos frequentes: vômitos e diarréia
Distúrbios do metabolismo e nutricionais:
o
Eventos frequentes: alterações
alimentares (recusa alimentar, anorexia, desnutrição)
Manifestações do sistema nervoso:
o
Eventos frequentes: Sonolência
Manifestações do humor:
o
Eventos muito frequentes:
Choro anormal o Eventos frequentes: Irritabilidade
o
Eventos raros: Choro persistente ≥ 3 horas
Manifestações respiratórias:
o
Eventos raros: Tosse
Manifestações na pele:
o
Eventos pouco frequentes: Rash cutâneo
As manifestações sistêmicas
apareceram dentro das 48 horas após a vacinação e desapareceram
espontaneamente.
Tanto as manifestações locais quanto as
sistêmicas evoluíram sem sequelas. Manifestações alérgicas, incluindo
anafilaxia e urticária têm sido notificadas após vacinação com as vacinas DTP,
Hep B e Hib.
Um estudo de vigilância post-marketing de EAPV realizado na
Guatemala, no período de 2008-2009, há relato de notificações de EAPV graves,
além dos já citados acima, a saber:
Manifestações Neurológicas :
01. Irritabilidade Extrema ;
02. Convulções ;
03. Episódios Hipotônicos;
04. Anafilaxia.
01. Irritabilidade Extrema ;
02. Convulções ;
03. Episódios Hipotônicos;
04. Anafilaxia.
A vacina
Pentavalente já é distribuída pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) para
a vacinação dos povos indígenas.
No sistema de
informação do (SI-EAPV) constam as seguintes notificações de eventos adversos,
referentes a 124.494 doses da vacina Pentavalente administradas no período de 2000 a 2011.
FONTE
:
SUBSECRETARIA DE PROMOÇÃO, ATENÇÃO
PRIMÁRIA E VIGILÂNCIA EM SAÚDE
SUPERINTENDÊNCIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE
COORDENAÇÃO DO PROGRAMA DE
IMUNIZAÇÕES