Questão 1
Os organismos que obtiveram maior sucesso foram
os que desenvolveram um sistema capaz de usar a luz solar, gerando a próprio
alimento. Que organismos são esses? E como, quimicamente, eles geram o próprio
alimento?
Resposta:
Os organismos que
desenvolveram um sistema capaz de usar a luz solar e gerar a sua própria
alimentação, foram os organismos autotróficos e isto se deu pela
presença de clorofila.
Os
organismos autotróficos geram seu próprio alimento a partir da fixação do
dióxido de carbono ( CO2 ) do ar, utilizando a luz solar ou a
energia da oxidação de substâncias orgânicas, tais como: ácidos graxos e
carboidratos.
São
ditos fotoautotróficos, quando utilizam a energia da luz solar e
quimioautotróficos, quando utilizam a oxidação de substâncias orgânicas.
Questão
2
Explique a capacidade de dispersão de um
organismo fotossintetizante no ambiente marinho. E como evolutivamente essa
dispersão se deu no ambiente terrestre.
Resposta:
No ambiente marinho, a capacidade de dispersão de um organismo
fotossintetizante, tais como: “ grama marinha “ e algas, está diretamente
ligado a fatores ambientais, como:
a.
temperatura;
b.
nutrientes;
c.
luz;
d.
substrato;
e.
movimento das águas ( marés, correntes e ondas), etc.
Neste
contexto esta incluído também as características inerentes de cada espécie.
Já
no ambiente terrestre, a dispersão surgiu com o aparecimento dos vasos
condutores nos vegetais, outro avanço no processo de dispersão terrestre foi a
produção de sementes pelas plantas superiores. A proteção das sementes através
fruto foi mais um passo importante para a evolução, fato que tornou os
Angiospermas o vegetal mais bem-sucedido na face da terra.
Questão 3
Os fungos fazem parte de
importantes processos industriais como a fermentação de carboidratos,
fundamental para a elaboração de pães, vinhos, cervejas. Também participam da
produção industrial de ácidos orgânicos e vitaminas. A partir de um fungo, o Penicillus
chrysogenum, que o pesquisador Fleming descobriu a penicilina. Diante de
toda essa diversidade qual a diferença
entre comer um alimento embolorado ou um cogumelo tóxico?
Resposta: Os
fungos podem apresentar substâncias tóxicas, às chamadas Micotoxinas. As
intoxicações podem se apresentar em dois tipos de períodos de incubação:
a.
de longo período;
b.
de curto período.
As de longo períodos, são graves e muitas vezes fatais, isto
se deve a problemas hepáticos e renais. Já as de curto período, onde os
sintomas aparecem poucas horas depois da contaminação, são problemas
digestivos, nervosos e vasculares.
Distingue-se dois tipos de Intoxicação:
a.
Micotoxicose;
b.
Micetismo.
As
Micotoxicoses, são intoxicações causadas pela ingestão de alimentos que
foram anteriormente invadidos por fungos ou seja: foram embolorados. Neste caso
a causa da intoxicação está na toxina liberada pelo fungo, que está
localizada no substrato que usamos como alimento. No caso do Micetismo,
que são envenenamentos ou intoxicações causadas pela ingestão de fungos do tipo
macroscópico, como os cogumelos ( cogumelos tóxicos ), utilizados
isoladamente ou misturados com outros alimentos.
Questão 4
Quais são os compostos responsáveis pela
rigidez da parede celular de células vegetais? Diferencie parede primária e
secundária.
Resposta: A parede celular,
é um envoltório encontrado externamente à membrana plasmática de uma célula
vegetal. Ela aparece logo no início de desenvolvimento da célula. É formada
basicamente por celulose, um polissacarídeo. Nela também encontramos proteínas,
lipídios, enzimas, silício, etc.
A parede celular é rígida, constituída por
moléculas de polissacarídeos unidos entre-sí, que fica inserida em uma matriz
de polissacarídeos não celulósicos; hemicelulose e pectina.
Nas paredes celulares também são encontradas
outras substâncias, entre elas, LIGNINA, proteínas e lipídios. Sendo a EXTENSINA,
uma das mais importantes proteínas na estrutura da parede celular, é ela a
responsável pela rigidez da parede celular.
PAREDE CELULAR PRIMÁRIA → Células
vegetais jovens apresentam uma parede celulósica fina e flexível, denominada parede primária. Ela é elástica, de modo a permitir o crescimento
celular.
Apresenta uma grande quantidade de água
e muitos polissacarídeos. Essa parede é geralmente disposta de forma homogênea,
mas possui algumas regiões mais espessas que outras. Os locais onde ocorre
menor disposição dos componentes primários são chamados de campos de
pontuação.
Como dito acima, a parede celular
primária é homogênea, sendo sua primeira camada composta por acomodações
de microfibrilas por arranjo entrelaçado. As próximas camadas são dispostas por
arranjos desordenados, delimitando pela mudança de orientação das microfibrilas
de celulose. A organização cortical dos microtúbulos pode determinar a
orientação das microfibrilas de celulose recém-depositadas, e por sua vez,
definir como a célula vai se expandir.
PAREDE CELULAR SECUNDÁRIA → Após
o crescimento dá célula, quando ela
atingiu o tamanho e a forma definitiva, forma-se a parede secundária,
mais espessa e rígida. A celulose que constitui a parede secundária é secretada
através da membrana plasmática, e se deposita entre esta e a superfície interna
da parede primária, na qual adere fortemente. A quantidade de água é inferior à da parede
primária e a celulose constitui o maior componente. Às vezes também é possível
encontrar LIGNINA, uma molécula que garante a rigidez à célula. Diferentemente
da parede primária, a parede secundária pode apresentar-se de forma
descontínua. Normalmente no local onde existe um campo de pontuação, a parede
secundária não é depositada, surgindo às pontuações.
A parede secundária inviabiliza qualquer
possibilidade de expansão ou crescimento da célula. Seu teor de água reduzido
se deve à deposição de LIGNINA, que é um polímero hidrofóbico.
(
Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 60, 61, 62 e 63 )
Questão 5 (1,0):
Responda as
seguintes questões sobre os Meristemas.
a) Quais os principais tipos de meristemas
encontrados no corpo vegetal?
Resposta:- Nas plantas são
encontrados diferentes tipos de Meristemas, sendo considerados como principais,
em relação à sua origem, dois tipos:
a.
meristemas primários;
b.
meristemas secundários.
Os
Meristemas primários se originam de células embrionárias e os meristemas
secundários, se originam de células já diferenciadas.
Os
meristemas também podem ser divididos quanto a sua localização, em meristemas:
a.
apicais;
b.
laterais;
c.
intercalar;
d.
de abscisão;
e.
de cicatrização.
Observação:
Os
meristemas primários são encontrados no ápice da caule (meristema apical
caulinar) e da raíz ( meristema subapical radicular ). Já os meristemas
secundários se desenvolvem a partir do aumento dos tecidos vasculares, os quais
se originam dos meristemas primários.
b)
Os meristemas vão originar tecidos para
determinadas funções. Explique pelo menos as funções de dois tecidos de acordo
com a sua localização e o meristema que o originou.
Resposta: - A organização das plantas se dá em sistemas
de tecidos e estes estão presentes em todos os órgãos vegetais, tais como:
raiz, caule, folhas, flores e frutos. Fato que revela a similaridade básica dos
órgãos e a continuidade do corpo vegetal. Existem três tipos de tecidos a
saber:
a.
Sistema de Revestimento ( epiderme e periderme );
b.
Sistema Fundamental ( parênquima, colênquima e esclerênquima);
c.
Sistema Vascular ( xilema e floema primário e secundário ).
Os dois tecidos escolhidos para descrição são os
tecidos: de Revestimento e Vascular.
- Tecido de Revestimento: - representa o limite entre o
ambiente e o ser vivo. As suas células tem como principais funções:
a.
interrupção do movimento apoplástico;
b.
proteção contra a intensa radiação;
c.
proteção contra ataque de patógenos.
As células da epiderme originam-se da
camada mais externa dos ápices vegetativos, denominadas protoderme. Já a
periderme é o tecido de revestimento, onde a origem secundária
substitui a epiderme em caules e raízes com crescimento secundário ou em
superfícies expostas por necrose ou ferimento.
2) Tecidos vasculares ( de condução ): - é constituído por
dois tipos básicos de tecidos condutores:
a.
O Xilema ( condutor de água e sais minerais );
b.
O Floema ( condutor de produtos elaborados a partir da fotossíntese ).
O Xilema é responsável pelo transporte de água e
sais minerais, da raiz para as folhas, onde corre a fotossíntese. É um tecido
complexo e está dividido em Xilema primário e secundário.
O Xilema primário origina-se no procâmbio e o Xilema
secundário surge a partir do Câmbio Vascular. O Xilema é constituído por
Traqueídes (Gmnspermas), elementos de vasos (Angiospermas), fibras e células
parenquimáticas.
O Xilema secundário distingue-se do primário por estar
organizado em sistema Axial e Radial.
O Floema ( ou Líber ) tem a função de conduzir a seiva
elaborada ( água e carboidratos ) e é constituída por células vivas, alongadas,
com paredes transversais dotadas de poros, anucleadas. Esses tecidos percorrem
a planta em todas as direções, incluindo todas as ramificações do caule levando
a seiva elaborada após a fotossíntese.
Questão 6
A transição das algas aquáticas para os
organismos fotossintetizantes de vida terrestre com grandes modificações
adaptativas foi um grande progresso nas formas de organização do corpo vegetal.
Assim:
a)
Descreva de forma sucinta os
padrões morfológicos e anatomia das algas unicelulares:
Resposta: Algas - organismos eucariontes,
fotossintetizantes, com organização corporal simples, que vivem no mar, em
lagos, em rios ou em superfícies úmidas.
Organismos
Unicelulares: - sua morfologia é representada por uma célula (
unicelular ). Estão organizados de diversas formas. Sendo que algumas formas
são imóveis e outras possuem flagelos (fitoflagelados), e apresentam certa
mobilidade, não sendo capaz, de vencer o movimento da água. Na região da
extremidade anterior localiza-se os flagelos, o estigma (
organela fotorreceptora ) e o vacúolo.
As
algas unicelulares fitoplanctônicas variam morfologicamente pelo tamanho,
ausência ou presença de flagelos, arredondamento ou achatamento, etc.
b) Descreva a organização (habitat
e forma de vida) das algas unicelulares:
Resposta: - É a organização mais
simples dentro dos organismos fotossintetizantes. Embora muito simples, eles
estão organizados em diversas formas. Na sua maioria vivem em habitat
aquáticos, como: mar, lagos, lagoas, e rios, ou em superfícies úmidas. Por
apresentarem uma forma diversificada, os fitoplânctons possuem um habitat
dulcícola e marinho.
A
presença da luz solar, é importante para o desenvolvimento, pois, as algas são
autotróficas, isto é, são capazes de realizar a fotossíntese e sintetizar
moléculas orgânicas (alimentos) a partir de substâncias inorgânicas e da
energia da luz solar.
c) Cite um exemplo de espécie
tóxica e qual fenômeno ela pode gerar ao meio ambiente.
Resposta:- Pirrófitas ( Dinoflagelados -
Algas Vermelhas )
A sua
proliferação excessiva provoca o fenômeno chamado Maré Vermelha, que
ocorre naturalmente ou por lançamento de esgotos na água do mar. Essas
algas liberam substâncias tóxicas que podem afetar os seres vivos que habitam a
água e até mesmo os banhistas nas praias.
Na água
as Pirrófitas quando encontram as condições favoráveis para a sua reprodução
(dejetos de produtos químicos de indústrias, esgotos não tratados, etc.). As
algas se reproduzem de tal forma na superfície da água que podem impedir a
passagem da luz para as camadas mais profundas, dessa forma as algas que vivem
nas profundidades não podem fazer a fotossíntese e acabam morrendo,
apodrecendo, acumulando no fundo e liberando substâncias tóxicas. Com isso,
acaba matando animais como os peixes, e os corpos ficam boiando na superfície.
Questão 7
Numa saída de campo, os alunos fizeram uma saída de campo e coletaram diferentes representantes das
briófitas e das plantas vasculares sem sementes:
1 -
musgos
2 -
licopódios
3 -
samambaias
No laboratório, os alunos tiveram de classificar
esses vegetais pelas características avasculares, vasculares sem sementes e
vasculares com sementes. Assinale a alternativa CORRETA dessa classificação.
A ( X ). 1 avasculares; 2 e 3 vasculares sem
semente;
B ( ). 1,
2 e 3 avasculares;
C ( ). 1
e 3 avasculares; 2 vasculares sem semente;
D.( ). 1
e 2 avasculares; 3 vasculares sem semente;
RESPOSTA
: LETRA
( A ) : 1 avasculares; 2 e 3 vasculares sem semente;
Questão 8
Quais são os tecidos que
constituem o sistema fundamental?
Como eles surgem durante o desenvolvimento do vegetal? E quais funções são atribuídas a eles?
Resposta: O sistema fundamental é
composto principalmente de três tecidos:
a.
Parênquima;
b.
Colênquima;
c.
Esclerênquima.
1.
Parênquima: - Surge a partir do crescimento e da diferenciação das
células do Meristema Primário e Secundário. Está presente em todas as regiões
da planta. É um tecido pouco especializado que forma a parte interior e muitos
órgãos das plantas vasculares. Apresenta propriedades Plásticas. O parênquima
está relacionado com a fotossíntese, à reserva de várias substâncias, à
cicatrização e a origem de estruturas adventícias.
Funções
do Parênquima:
a.
Preenchimento;
b.
Armazenamento;
c.
Reserva.
2.
Colênquima: - Surge a partir do crescimento e da diferenciação das
células do Meristema Primário. É o tecido especializado na sustentação dos
vegetais, ricos em celulose. Localiza-se na região periférica, apresenta parede
celular espessa, irregular. Apresenta propriedades plásticas.
Função
do Colênquima:
a.
Sustentação;
b.
Proteção.
3.
Esclerênquima: - Surge a partir do crescimento e da diferenciação das
células do Meristema Primário e Secundário. A localização é de larga
distribuição e é formado por protoplasma morto. Apresenta parede
celular espessa, secundária e lignificada. Tem propriedade elástica.
Função
do Esclerênquima:
a.
Sustentação;
b.
Proteção.
Questão 9
Quais
são os tipos celulares do colênquima?
E explique como são classificados?
Resposta: - Os tipos
celulares de colênquima encontrado nos vegetais, são classificados quanto à
forma de deposição do espaçamento na parede celular, em:
a.
Colênquima Angular;
b.
Colênquima Lacunar;
c.
Colênquima Lamelar;
d.
Colênquima Anular ou Anelar.
Observação:
- Alguns autores incluem também nesta classificação o
Colênquima Radial.
- Devido sua flexibilidade e a capacidade de alongar-se o Colênquima
se adapta a sustentação das folhas e caules que estão em fase de
crescimento.
- Colênquima Angular - apresenta espessamento por todos os ângulos da
célula. É o mais comum, suas paredes celulares apresentam maior
espaçamento no encontro das três ou mais células. Longitudinalmente
observa-se os espaçamentos irregulares. Exemplos: - espaçamento do pecíolo
de Begônia, no caule de Figueira e de Abóbora.
- Colênquima Lacunar - espessamento nas parede próximas ao
espaço intercelular. O espessamento parietal é mais pronunciado na porção
voltada para o espaço intercelular. Exemplo: - comum no caule de
Asteraceae.
- Colênquima Lamelar - nas bordas das células há maiores
espessamentos tangenciais. É identificado nas paredes periclinais internas
e externas das células. Exemplo: - caule de Sambucus nigra.
- Colênquima Anular ou Anelar - por toda a borda da célula
apresenta um espessamento parietal uniforme. Num corte transversal,
observa-se espessamento envolvendo toda célula. Exemplo: - no pecíolo de Datura
insiguínis e no bordo de Psychotria velloziana.
Observação:
. Colênquima Radial - células alongadas e paralelas, alongadas
radialmente.
Questão 10
O esclerênquima é composto por
dois tipos celulares: esclereides e fibras. Com relação aos esclereides cite os
tipos e explique como são classificados:
Resposta: - O esclerênquima apresenta uma grande variedade de formas e
tamanhos celulares, mas dois tipos gerais podem ser reconhecidos:
a.
as esclereídes ou esclereídeo;
b.
as fibras.
Tipos
de células as esclereídes ou esclereídeo:
a.
Braquiesclerídes ou Células Pétreas;
b.
Astroesclereídes;
c.
Osteoesclereídes;
d.
Macroesclereídes;
e.
Tricoesclereídes;
f.
Esclereídes Difuso;
g.
Esclereídes Terminais.
Para
a sua classificação, utiliza-se a forma apresentada pelas esclereídes. Estas
formas são variadas e têm sido de grande utilidade no contexto da sua
classificação. São elas:
1.
Braquiesclerídes ou Células Pétreas - são
isodiamétricas e aparecem agregadas, ocorrendo por exemplo: na polpa da Pêra e
no Marmelo, onde aparecem em grupos entre as células parenquimáticas;
2.
Astroesclereídes - células ramificadas, com a forma de
uma estrela, e as ramificações partindo de um ponto mais ou menos central, como
se vê nas folhas de Nymphaea sp (lírio d'água);
3.
Osteoesclereídes - apresenta-se em forma de osso, são
esclereídes alongadas, com as extremidades alargadas, lembrando a forma de um
osso. Como exemplo temos as esclereídes da epiderme da semente das leguminosas;
4.
Macroesclereídes - células alongadas em forma de coluna
que podem ser ramificadas ou não. Com exemplos, temos as esclereídes presentes
no envoltório externo das sementes das leguminosas, por exemplo, em ervilha e
feijão;
5.
Tricoesclereídes - esclereídes alongadas, semelhante a
tricomas, ramificados ou não, quando ramificado, as ramificações estende-se ao
interior de espaços intercelulares, como vistas nas folhas de Musa sp
(bananeira);
6.
Esclereídes Difuso - aparecem dispersos no mesofilo
foliar;
7.
Esclereídes Terminais - surgem confinados no final de
pequenas veias.
Bibliografia:
HENRIQUE, A.B. (org.). Botânica I.
3. ed. atual. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005. 243 p. v. 1.
CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal.
Parte I - Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São Paulo.
APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. &
Carmello-Guerreiro, S.M. 2003. Anatomia vegetal. UFV. Viçosa. 438p.