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 A   varicela
 (catapora) é uma doença altamente
 contagiosa, causada pelo vírus
 varicela-zoster  e que acomete, principalmente, menores de 
 15 anos de idade.    
 Agente   causador:
   vírus Herpesvírus   varicellae.   Pode   ocorrer
 durante o ano todo, porém observa-se  um aumento do número de casos no
 período que se estende do fim do
 inverno até a primavera
 (agosto a novembro),   sendo comum,
 neste período, a ocorrência de surtos
 em creches, pré-escolas,
 escolas, etc. 
 
 TRANSMISSÃO 
 
  
 Dá-se por contato direto com pessoas
   doentes. O vírus penetra no organismo
 pelas vias respiratórias ( aéreas). 
   MANIFESTAÇÕES   CLINICAS 
   A   principal manifestação clínica é
 caracterizada pela  presença de vesículas   disseminadas em todo o corpo, que evoluem para crostas até a cicatrização (em   torno de cinco dias). A transmissão pessoa a pessoa ocorre primariamente por   contato direto com pacientes com varicela, por disseminação aérea de   partículas virais (aerossóis) e, também, pode ocorrer por meio de    contato com as lesões de pele. O período de maior transmissibilidade inicia-se   dois dias antes do aparecimento das vesículas e vai até  a fase de   crosta . O período de incubação varia de duas a três semanas, com média de 14 a 16 dias. 
  
     RESUMO DAS MANIFESTAÇÕES CLINICAS 
  
     A . Presença de Vesícula dissiminada pelo   corpo;     B.    Evoluindo para Crostas;     C. Posteriormente Cicatrização ( em torno   de 5 dias).   As   complicações podem variar desde: a)  infecção secundária das lesões de pele, 
  b)pneumonia,  c)  encefalite,  d)  complicações hemorrágicas,  e)  hepatite,  f)  artrite,  g)   Síndrome de Reye.   Há até relatos de infecção invasiva severa   por estreptococos do grupo A (GAS), podendo levar  a óbito.    ATENÇÃO   É   importante ressaltar que indivíduos imunodeprimidos (infectados pelo HIV,   transplantados, neoplasias, etc), poderão apresentar quadros mais graves da   doença.    Observação: Síndrome de Reye
 
    
 A Síndrome de Reye é um   distúrbio raro do fígado e do cérebro que ocorre após uma infecção viral   geralmente em crianças entre 4 e 12 anos. Foi descrita pela primeira vez em   1929 como doença clínica e patológica. Até hoje a doença não é muito bem   entendida. Uns ligam a doença com o uso de aspirina em crianças e outros   ligam a doença com o vírus da varicela, toxinas exógenas e defeitos   metabólicos intrínsecos nas enzimas do ciclo da uréia.
 O primeiro estágio da doença é caracterizado por uma doença viral como   infecção respiratória, diarréia ou após varicela. No caso de varicela, a   síndrome se manifesta cinco dias após os sinais da doença.
 
 Seus sintomas são: vômitos, náuseas, letargia, delírios, coma, amnésia,   respiração acelerada e pode levar à morte.
 Para prevenir a síndrome é necessário que não se faça uso de aspirinas e seus   derivados em menores de 12 anos.
 
 Qualquer menor que apresentar vômito após um processo infeccioso viral deve-se   realizar exames de sangue e biopsia do fígado para confirmar ou não a   Síndrome de Reye. Não existe tratamento específico para a síndrome, mas a   criança doente deve ser internada numa UTI pediátrica para controlar a   evolução da síndrome. O objetivo é evitar a hipoglicemia e a cicatrização do   fígado e do cérebro.
           Notificação  Compulsória   A varicela não é uma doença de notificação 
  compulsória em casos isolados, porém os surtos decorrentes deste agravo em   creches, pré-escolas, escolas, comunidade em geral, devem ser notificados no   SINAN (boletim de notificação de surtos).              Assim como,   recomenda-se  monitorar as hospitalizações  por varicela e os   óbitos  relacionados a esse agravo, a fim de
 
  acompanhar a   tendência  do comportamento epidemiológico  desta doença.             VACINAÇÃO            A vacina contra  a varicela está indicada nas   seguintes situações específicas:  A-         pessoas suscetíveis a varicela com   leucemia linfocítica aguda em remissão (pelo menos 12 meses), desde que apresentem   1.200 linfócitos/mm3 ou mais, sem radioterapia;  B-         pessoas suscetíveis a varicela que serão   submetidos a transplantes de órgãos sólidos, pelo menos três semanas antes do   ato cirúrgico;  C-         profissionais de saúde, pessoas e   familiares de suscetíveis a varicela e imunocompetentes, que estejam em   convívio domiciliar ou hospitalar com pacientes imunocomprometidos;  D-         pacientes infectados pelo HIV,   assintomático ou oligossintomático, sem alteração do CD4 (N1, A1);  E-         pessoas suscetíveis a doença e   imunocompetentes, no momento da internação em enfermaria onde haja caso de   varicela;  F-         bloqueio em enfermarias hospitalares;  G-         crianças   suscetíveis a varicela, que frequentam creches em período integral (manhã e   tarde), onde haja caso(s) de varicela. Serão vacinadas as crianças na faixa   etária de 1 a   5 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias);  H-         população indígena.      IMUNOGLOBULINA   ( VZIG)    A imunoglobulina   específica (VZIG) é preparada com o soro de pacientes que apresentaram   zoster, e contém elevados títulos de anticorpos. De acordo com o Manual para os Centros de Referência de   Imunobiológicos Especiais, essa imunoglobulina deverá ser administrada até 96   horas do contato com o caso índice, na dose de 125 UI para cada 10 kg de peso (dose mínima   de 125 UI e dose máxima de 625 UI).       INDICAÇÕES PARA USO   DA IMUNOGLOBULINA ( VZIG )    Considera-se   as seguintes  indicações ( VZIG ):  A·   pacientes imunodeprimidos;
 
 
 B·  gestantes   suscetíveis, devido ao risco de complicação materna;  C·  RNs   de mães que apresentam varicela nos últimos cinco dias antes e até 48 horas   após o parto;  D·  RNs   prematuros  maiores ou igual a 28   semanas de gestação, cuja mãe não teve varicela;        ORIENTAÇÕES   GERAIS:    ·a.     afastar as crianças com varicela da creche   ou escola até o 7º  dia após o aparecimento das lesões ou até que todas   as   lesões               tenham evoluído para crostas;  ·b.     manter cuidados adequados de higiene;  ·c.     manter as unhas das mãos das crianças   doentes bem aparadas, para evitar  lesões que propiciam infecção por   bactérias;  ·d.     procurar um serviço de saúde para   avaliação e orientação;  ·e.        não dar aspirina para crianças com varicela,   pois esta pode causar uma complicação grave chamada Síndrome de Reye, caracterizada por quadro neurológico e   alterações no fígado;  ·f.        notificar os surtos   oportunamente.     PROFILAXIA     Recomenda-se o   isolamento dos pacientes até 06 (seis) dias depois do aparecimento da última   vesícula. As pessoas suscetíveis devem evitar contatos com os doentes. | 
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