A HISTÓRIA CONTA OS FATOS OCORRIDOS EM UM DETERMINADO
PERÍODO, ENTÃO SEMPRE É BOM RELEMBRA DE ALGUNS ACONTECIMENTOS DA NOSSA HISTÓRIA E A DISCIPLINA FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FAZ ESTE TRABALHO COM MUITA SUTILEZA E SABEDORIA.
A SEGUIR VEREMOS ALGUMAS QUESTÕES REFERENTE AO SISTEMA BRASILEIRO EM SUA EVOLUÇÃO, MARCAREMOS PRINCIPALMENTE O DESENVOLVIMENTO DOS SISTEMA EDUCACIONAL. VEJAMOS :
1ª Questão:
Considerando os aspectos educacionais e
históricos da “República do Café com Leite”, comente o texto a seguir: “Cabo de enxada engrossa as mãos – o laço de
couro cru, machado e foice também. Caneta e lápis são ferramentas muito
delicadas. A lida é outra: labuta pesada, de sol a sol, nos campos e nos
currais... (...) Ler o quê? Escrever o quê? Mas agora é preciso: a eleição vem
aí e o alistamento rende a estima do patrão, a gente vira pessoa.”
Resposta:
A frase em
questão retrata o período da base política do café com leite, onde o
coronelismo predominava. Os coronéis ( lideres locais ), garantiam que o
processo eleitoral durante o período da Republica Velha Atendesse aos
interesses das oligarquias das regiões em
questão.
Essa garantia
era dada as custas da população votante,
geralmente formada por pessoas social e economicamente dependente do “coronel”
da região. Através de ameaças e coerção os “coronéis “impunham a sua vontade.
2ª Questão:
Quais as principais características da Pedagogia Racional Libertária no Brasil, apresentada no texto de Ângela Maria Souza Martins: A
EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA NA PRIMEIRA REPÚBLICA.
Resposta:
A 1ª republica
foi um período marcado pela presença do movimento anarquista que trouxe uma
contribuição importante para reflexão sobre a educação brasileira. Este
movimento trancou pela sua atuação nas atividades culturais e educacionais do pais
.
Teve como
principais características da Pedagogia Regional Libertadora Brasileira:
A)
Mudança dos valores tradicionais da sociedade
para transformação das relações sociais e econômicas, visando uma sociedade
baseada nos princípios da solidariedade, cooperação, igualdade e liberdade,
defendendo um ideário racional e libertário;
B)
Uma visão da educação como um dos meios para
mudança de valores e princípios que são necessários para a instituição de um
novo tipo de sociedade;
C)
Criação de escolas que adotasse a pedagogia
racional libertadoras, um mecenismo para a transformação
radical da sociedade;
D)
Confrontar os princípios tradicionais da igreja
católica e do ideário capitalista, uma vez que procuravam se libertar de todo
tipo de opressão;
Conclusão
O
movimento libertário anarquista deu a educação o grande suporte para a formação
da consciência critica do homem como ator do processo de transformação social, esta proposta, é até hoje disseminada por
muitos educadores.
3ª Questão:
Discuta as interseções possíveis entre a
Constituição de 1934 e a Educação Pública no Brasil.
Resposta:
A primeira
constituição ( 1934 ), representou novo marco nas constituições brasileira.
Teve-se pela primeira vez “ a constitucionalização de direitos
econômicos, sociais e culturais ”.
No campo educacional, a carta
constitucional de 1934 se mostrou muito preocupada com o desenvolvimento do
ensino médio e superior. A carta frisava,
que o ensino primário seria oferecido gratuitamente por instituições publicas e
a freqüência haveria de ser obrigatória para aqueles que estivessem na idade
escolar. A grande meta era formar futuras gerações preparadas para assumir
postos de trabalhos a serem oferecidos, principalmente no meio urbano. Fato
pretendido pelo setor econômico do país. Defendia ainda o ensino religioso nas
escolas e o uso de diferentes grandes curriculares para meninos e meninas.
Referências:
FERRER Y GUARDIA, Francisco. La
Escuela Moderna - póstuma explicación y alcance de la enseñanza
racionalista. Barcelona: Ediciones Solidaridad, 1912.
WOODCOCK, George. História
das Idéias e Movimentos Anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 2002. v. I
e II
https://daniellixavierfreitas.jusbrasil.com.br/artigos/144779190/o-direito-a-educacao-nas-constituicoes-brasileiras
4ª Questão:
A chegada dos
europeus à América colocou frente a frente povos de origens muito diferentes:
os europeus e os povos nativos da América. Sobre esse acontecimento podem
existir versões muito distintas, o que nos leva a pensar sobre a ideia de verdade.
Sobre a verdade, leia este poema de Carlos Drummond de Andrade:
Verdade
A porta da verdade estava aberta,
mas só deixava passar
meia pessoa de cada vez.
Assim não era possível atingir toda a verdade,
porque a meia pessoa que entrava
só trazia o perfil de meia verdade.
E sua segunda metade
voltava igualmente com meio perfil.
E os meios perfis não coincidiam.
Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.
Chegaram ao lugar luminoso
onde a verdade esplendia seus fogos.
Era dividida em metades
diferentes uma da outra.
Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.
Nenhuma das duas era totalmente bela.
E carecia optar. Cada uma optou conforme
seu capricho, sua ilusão, sua miopia.
A partir da leitura do poema, reflita sobre a ideia de
verdade: é possível afirmar que existe uma única verdade ou apenas diversos
pontos de vista? Escreva um texto procurando identificar o ponto de vista dos
povos nativos e o dos portugueses sobre o “descobrimento” do Brasil. (3,0
pontos)
Resposta:
Na
porta da verdade, mudar como processo de mudança é uma constante na vida de
cada um. O comportamento humano afeta e é afetado pelas condições que se
apresentam, pois, a mudança é um processo cíclico, se houver alterações na
estrutura organizacional, certamente o comportamento humano será afetado.
Com relação ao descobrimento do Brasil, na verdade não foi um
descobrimento, foi uma invasão a terra dos índios.
Cabral chegou a Porto seguro, na Bahia, com 13 navios e uma tripulação
de aproximadamente 1400 homens em 22 de abril de 1500 e só no dia seguinte ( 23 de abril ) observou que
as terras não eram descobertas. Havia aproximadamente 3 milhões de nativos, os
índios já viviam no Brasil.
Assim, na verdade Portugal não descobriu o Brasil, Portugal invadiu,
ocupoou, submetendo diversas nações indígenas ao seu domínio.
Se no Brasil já havia uma população indígena, local, não se trata de
uma descoberta, e sim de uma conquista.
Logo, a verdade de Portugal não é a verdade do Brasil. As comunidades indígenas
se dividiam em diversas nações, podemos citar: os tupis, os macro-jês, os
aruanques , os cariris, que ocupavam várias regiões do Brasil.
Algumas destas civilizações ainda viviam como no período paleolítico,
outras tribos como os tupis, eram mais avançadas e produziam um
agricultura rudimentar, onde plantavam cará,
mandioca, feijão, tudo para a sobrevivência. Não havia comércio e não conheciam
a escravidão. Fato diferente dos
africanos que quando em guerra, escravizam os povos dominados, já os inimigo
dos índios eram submetidos a um canibalismo litúrgico ( antropofagia ). Outro
fato praticado pelos indígenas era o infanticídio, ou seja, faziam o sacrifício
de bebês gêmeos, pois, eram representações do e do mal para eles. As
civilizações primitivas do Brasil tinham muitos pontos em comum, como a pintura
corporal, a dança e a música, com a produção de instrumentos de sopros, de
percussão, de pandeiros e tambores. Logo a verdade dos Portugueses, dos Africanos
e dos Índios brasileiros não era a
mesma.
Os
portugueses chegaram e na verdade não descobriram o Brasil, eles simplesmente
invadiram o Brasil, e transformaram os costumes, introduziram novos hábitos,
novas crenças. Dessa forma a verdade dos portugueses não eram a mesma verdade
dos povos indígenas do Brasil.
Os
portugueses tinham uma vida de comércio, de conquistas, de crenças, que não se
identificam com a vida dos índios. Na verdade o comportamento é a relação entre o indivíduo e o seu meio
ambiente, sendo assim a verdade de um não é igual a verdade a verdade do outro.
As
ações, os costumes de um povo que domina o outro, como foi o caso dos
portugueses no Brasil, afetam o comportamento do povo dominado e as ações
desses indivíduos afetam o ambiente. Logo a verdade dos que invadiram o Brasil,
não é a verdade do povo indígena que vivia no Brasil.
Seguindo essa linha de pensamento, o Brasil não foi descoberto e sim
invadido por Portugal. Logo a verdade do povo português não é a verdade dos índios
brasileiros.
5ª Questão:
Defina as
seguintes características presentes no Período Colonial Brasileiro: grande
propriedade, monocultura e mão-de-obra escrava. Explique porque na economia do
Período Colonial, podemos afirmar que a pecuária nordestina desenvolveu-se como
uma atividade de ajuda do setor açucareiro. (3,0 pontos)
Resposta:
. Grande
propriedade - são grandes extensões de terra sob o comando de um único
proprietário.
. Monocultura – é a produção ou cultura
agrícola de apenas um único tipo de produto agrícola. No período colonial está
associada aos latifundiários de grandes extensões de terra.
. Mão de obra escrava - é o tipo de trabalho em que a pessoa não tem
um salário e não tem direito a nada, no início o Brasil utilizou os índios e,
posteriormente os negros africanos.
Explicação:
Durante
o período Colonial, a empresa açucareira foi o grande investimento dos
portugueses nas terras brasileiras. A
necessidade de consumo das populações
nativas serviram para o desenvolvimento de outras atividades econômicas
destinadas a subsistência, com isto a atividade pecuária começou a ganhar
espaço com a importação de reses para o trabalho nos engenhos de açúcares. A pecuária instituiu novas relações de
trabalho alheio ao uso da mão de obra escrava. A pecuária precisava de um
pequeno número de trabalhadores e tinha sua mão de obra formada por
trabalhadores de origem negra, indígena, branca ou mestiços.
6ª Questão:
Com base na
leitura dos textos, responda o que se pede: Quais os objetivos da educação
jesuítica no Brasil Colônia? Aponte quatro características da pedagogia
jesuítica presentes no período colonial. (4,0 pontos)
Resposta:
A história
da educação do Brasil foi e ainda é um processo de transmissão de
conhecimentos, que foi iniciado no período Colonial pelos Jesuítas. Eles
tiveram uma missão muito grande, a dê, alfabetizar os filhos dos poderosos e
procurar trazer para sua fé os índios colonizados, mas, observaram que só
conseguiriam evangelizar, se alfabetizassem os índios.
Os principais objetivos do Ensino Jesuítico
eram:
- Levar o Catolicismo para a América recém descoberta;
- Catequizar os Colonizados, índios e filhos dos poderosos, trazendo a eles uma linguagem portuguesa, costumes europeus e da sua religião;
- Difundir a religião, evitando assim que o protestantismo se difundi-se mais que a religião católica;
- Construir escolas que propagassem o seu evangelho por todo o mundo.
A
educação jesuítica seguia o método Ratio
Studiorium, onde não só pregavam a sua fé, mas ensinavam a as Letras, Filosofia
em curso normal, Teologia e Ciências Sagradas para nível Superior, etc... Em 1834, foi promulgada a formação das
escolas Normais, sendo criados os sistemas de 1º e 2º grau de formação de
professores. Os padres Jesuítas ensinavam teologia- política, por meio de
encenação teatral nas escolas. Para as
escolas eram repassadas para as instituições de ensino, os métodos trazidos do
Tento, o Concílio de Trento, o qual deu uma nova dinâmica aos sistema
pedagógico e, como conseqüência, transformou os métodos antigos de ensino, que
eram arcaicos, em uma nova metodologia educacional. Nos colégios jesuítas, eram
ministrados Preceitos do Teatro de Cícero ( De Oratore ), Quintiliano (
Instituto Oratória ), Aristóteles (Rhetoria), Santo Agostinho ( De doctrina
Christiana ).
Assim, observa-se que os professores da época Colonial não tinham as
mínimas informações de métodos pedagógicos para passar seus conhecimentos aos seus discípulos. Os padres Jesuítas, como
outros “educadores” tinham em mente que
os africanos e os índios não possuíam
uma inteligência fértil como os filhos dos burgueses da época. Havia
muita discriminação, os métodos apresentavam formas grotescas, como castigos
duros, tais como:
a) Chibatadas,
b) Palmatórias,
c) Amarrar
ao Tronco,
a quem não “ aprendesse” como os instrutores
queriam, etc.., castigos esses que eram aplicados aos negros e aos nativos.
Referências
:
Textos referentes as aulas da disciplina.
SCHMITZ, Egídio.
Os Jesuítas e a Educação: a filosofia
educacional da Cia. de Jesus. São Leopoldo: Unissinos, 1994.
SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da
Educação Brasileira. 17 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.
PAIVA, José Maria de; PUENTES, Roberto Valdés. A
proposta jesuítica de Educação – uma leitura das Constituições. Comunicações,
São Paulo, nov. 2000. Disponível em: http://www.unimep.br/jmpaiva/a-proposta-jesuitica-de-educacao.pdf.
Pecuária no período colonial História do Brasil - https://www.colegioweb.com.br/colonizacao-portuguesa-no-brasil/a-economia-colonial.html
FAUSTO, Carlos. Fragmentos da
história e cultura tupinambá: da etnologia como
instrumento crítico de
conhecimento etno-histórico. In: CUNHA, Manuela Carneiro
da (Org.). História dos Índios
no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras:FAPESP:
SMC, 1992, p. 381-396.
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