segunda-feira, 27 de abril de 2009

IMPORTÂNCIA DAS VACINAS

VACINAS PARA AS CRIANÇAS

Esquema de Vacinação





O Programa de Imunização do Município segue recomendações preconizadas pelo Ministério da Saúde voltadas às crianças menores de 5 anos de idade. Na rotina, já é disponibilizada a administração de algumas vacinas para outros grupos como adolescentes, adultos

jovens, gestantes, mulheres em idade fértil, profissionais

de saúde e idosos.

Algumas vacinas presente neste esquema fazem parte do programa de imunização do estado Brasileiro, não constando do Prograna Nacional de Imunização (PNI), como é o caso das vacinas tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola), hepatite B e Haemophilus influenzae. A vacina contra a febre amarela é administrada em habitantes de cidades endêmicas da doença ou para pessoas que vão se deslocar para estas áreas.

A vacinação de rotina tanto da criança quanto do adulto visa a prevenção das doenças mais graves e mais freqüentes. O Programa Nacional de Imunizações (PNI) preconiza o seguinte esquema de vacinação para crianças, no Brasil.




Vacinas para Criança



01. VACINA : BCG (proteção contra tuberculose).

Mycobacterium bovis . Obtido do bacilo atenuado

IDADE DE ADMINISTRAÇÃO : A partir do nascimento

IDADE MÁXIMA PARA CRIANÇAS MAIORES DE 7 ANOS NÃO VACINADAS - Primeira visita a uma unidade de saúde. Não tem idade mínima.

DOSE - 0,1 ml

DOSE DE REFORÇO - Revacinar criança 6 meses após a vacinação somente se ela não apresentar a cicatriz vacinal.

INTERVALO MÍNIMO PARA ADMINISTRAÇÃO - Dose única

VIA DE ADMINISTRAÇÃO - 0,1 ml intra-dérmica, na inserção do músculo deltóide direito

CONTRA INDICAÇÃO - Recomenda-se adiar em caso de afecções dermatológicas extensas em atividade, em crianças com peso inferior a 2000g e em indivíduos com imunodeficiência (HIV+)

DOENÇAS EVITÁVEIS - Formas graves de tuberculose.



02. VACINA : HEPATITE B - obtido à partir do antígeno de superfície do vírus.

Não faz parte do PNI

IDADE DE ADMINISTRAÇÃO - 1ª DOSE : AO NASCER ; 2ª DOSE : 1 MÊS APÓS A 1ª DOSE; 3ª DOSE : 5 MESES APÓS A 2ª DOSE ( OI 6 MESES APÓS A 1ª DOSE ).



IDADE MÁXIMA PARA CRIANÇAS MAIORES DE 7 ANOS NÃO VACINADAS - População prioritária: crianças até 2 anos e profissionais da área de saúde

DOSE - 0,5ml para crianças.

1,0 ml para indivíduos maiores de 20 anos que necessitam tomar a vacina

INTERVALO MÍNIMO - 1 mês após primeira dose; 2 meses após segunda dose. Intervalo entre a primeira e a terceira dose no mínimo de 6 meses

VIA DE ADMINISTRAÇÃO - Intra muscular no músculo vasto lateral da coxa direita para crianças menores de 2 anos, ou musc. deltóide em crianças acima de 2 anos. Não aplicar na região glútea. Administrar via subcutânea em pacientes com tendências hemorrágicas

CONTRA INDICAÇÃO - Reação anafilática à vacina.

DOENÇA EVITÁVEL : Hepatite B




03. VACINA :TETRAVALENTE ( TÉTANO, DIFTERIA, COQUELUCHE E FORMAS GRABES DE MENINGITE )

IDADE DE ADMINISTRAÇÃO - 2, 4 e 6 meses (vacinação básica),

Observação : OS REFORÇOS SÃO FEITOS COM A VACINA TRIPLICE BACTERIANA ( DPT) E é administrado aos : 15 meses(1 ano e 3 meses ) e 5-6 anos (geralmente aos 4 anos ) reforço.

IDADE MÁXIMA PARA CRIANÇAS MAIORES DE 7 ANOS NÃO VACINADAS – só se deve fazer com a vacina DPT -Indicada até os 6 anos e 11 meses. A partir dos 7 anos indicar a vacina dupla tipo adulto (toxóide diftérico e tetânico)

DOSE - O,5 ml

INTERVALO MÍNIMO PARA ADMINISTRÇÃO - 3 primeiras doses mínimo de 30 dias.

DOSE DE REFORÇO - LEMBRANDO QUE DEVE SER FEITO COM A VACINA DPT - Primeiro reforço: 12 meses ou 18 meses; segundo reforço: aos 5-6 anos; outras: a cada 10 anos vacinar-se com dupla tipo adulto

VIA DE ADMINISTRAÇÃO - Intra-muscular profunda, na região glútea ou vasto lateral da coxa. Em crianças acima de 2 anos pode ser na região deltóide.

OBSERVAÇÃO : GERALMENTE ADMINISTRA-SE A VACINA TETRAVALENTE NA REGIAL VASTO LATERAL DA COXA ESQUERDA E A VACINA DPT NA REGIÃO GLÚTEA.

CONTRA INDICAÇÃO - Em casos de convulsões e choque

DOENÇAS EVITÁVEIS - Difteria, tétano e coqueluche.Meningite e outras infecções, causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b.



04. VACINA : Sabin - contra poliomielite (paralisia infantil). É obtida a partir dos vírus atenuados tipo 1, 2 e 3 da poliomielite.

IDADE DE ADMINISTRAÇÃO : 2, 4 e 6 meses (vacinação básica), 15 meses ( 1 ANO E 3 MESES ) e 4 ANOS

( REFORÇO )

IDADE MÁXIMA PARA CRIANÇAS MAIORES DE 7 ANOS NÃO VACINADAS - Vacinar criança na primeira visita a uma unidade de saúde no seguinte esquema: 0, 2 e 8 meses

DOSE - 2 gotas ou 0,1 ml

INTERVALO MÍNIMO : 30 dias entre uma vacina e outra na esquema básico.

DOSE DE REFORÇO : Primeiro reforço: uma dose 6-12 meses após término da vacinação básica. Segundo reforço: uma dose aos 5-6 anos.

VIA DE ADMINISTRAÇÃO : Via oral ( 2 GOTINHAS VO )

CONTRA INDICAÇÃO : Em diarréias graves e vômitos intensos

DOENÇAS EVITÁVEIS : Poliomielite ou paralisia infantil



05. VACINA :Rotavirus - faz parte a pouco tempo do calendário de vacinação .

Breve explanação do que é Rotavírus

1. O que é rotavírus?

O rotavírus é um vírus da família Reoviridae que causa diarréia grave freqüentemente acompanhada de febre e vômitos. É hoje considerado um dos mais importantes agentes causadores de gastroenterites e de óbitos em crianças menores de cinco anos em todo mundo. A maioria das crianças se infecta nos primeiros anos de vida, porém os casos mais graves ocorrem principalmente em crianças até os dois anos de idade.

2. Quais os sintomas da diarréia por rotavírus?

A diarréia por Rotavírus apresenta curto período de incubação (24 a 48 horas) com início abrupto, vômitos em mais de 50% dos casos, febre alta e diarréia profusa, podendo evoluir com desidratação.

3. A diarréia por rotavírus pode ser prevenida? Como?

Além das medidas tradicionais de higiene e de saneamento básico para sua prevenção, a perspectiva real para o controle da diarréia por Rotavírus é a introdução de uma vacina eficaz e segura no calendário de vacinação infantil.



4. Qual a via de administração e forma de conservação?

A administração desta vacina é EXCLUSIVAMENTE ORAL.

O frasco com o produto liofilizado e o aplicador com o diluente, devem ser conservados entre +2°C e +8°C. A VACINA NÃO DEVE SER CONGELADA. Após a reconstituição, a vacina deve ser aplicada de imediato, caso contrário, a solução poderá ser utilizada até 24 horas, desde que esteja sob conservação entre 2 e 8°C e não haja contaminação. Recomenda-se, para melhor acondicionamento nesta situação, manter a solução no aplicador com a tampa de borracha..NÃO ESQUECER de homogeneizar a solução novamente antes da administração.




5. Qual o esquema vacinal?

O esquema vacinal recomendado é de duas doses, aos 2 e 4 meses de idade, simultaneamente com as vacinas Tetravalente (DTP/Hib) e Sabin. O intervalo mínimo entre as duas doses é de 4 semanas.

Para esta vacina algumas restrições são recomendadas:



- Para a aplicação da 1ªdose:

- Deve ser aplicada aos 2 meses de idade

- Idade mínima 1 mês e 15 dias de vida (6 semanas)

- Idade máxima 3 meses e 7 dias de vida (14 semanas)

- Para a aplicação da 2ª dose:

- Deve ser aplicada aos 4 meses de idade

- Idade mínima 3 meses e 7 dias de vida (14 semanas)

- Idade máxima 5 meses e 15 dias de vida (24 semanas)



6.Quais eventos adversos estão descritos após a aplicação da vacina? Quais deverão ser notificados?

Nos estudos de segurança realizados as incidências de febre, diarréia, irritabilidade, tosse ou coriza não foram diferentes entre o grupo vacinado e o grupo que recebeu placebo. No entanto, considerando a implantação desta nova vacina, recomenda-se a notificação nas seguintes situações:

- reação alérgica sistêmica grave (até duas horas da administração da vacina);

- presença de sangue nas fezes até 42 dias após a vacinação e;

- internação por abdome agudo obstrutivo até 42 dias após a aplicação.

7. Quais as contra–indicações para aplicação da vacina?

São elas:

- Imunodeficiência congênita ou adquirida.

- Uso de corticosteróides em doses elevadas (equivalente a 2mg/kg/dia ou mais, por mais de duas semanas), ou crianças submetidas a outras terapêuticas imunossupressoras (quimioterapia, radioterapia).

- Reação alérgica grave a um dos componentes da vacina ou em dose anterior (urticária disseminada, broncoespasmo, laringoespasmo, choque anafilático), até duas horas após a aplicação da vacina.

- História de doença gastrointestinal crônica.

- Malformação congênita do trato digestivo.

- História prévia de invaginação intestinal.

8. A vacina pode ser aplicada com outras vacinas da rotina?

A vacina oral contra rotavírus pode ser aplicada simultaneamente com as vacinas: DTP, DTPa (acelular), Hib, Hepatite B, Pneumococo 7-valente e Salk, sem prejuízo das respostas das vacinas aplicadas. Até o momento, não há experiência acumulada com a aplicação simultânea de vacina contra o meningococo.

9. Quando não aplicada no mesmo dia, qual o intervalo para aplicação?

A vacina Sabin quando não aplicada no mesmo dia da vacina contra Rotavírus, é a única vacina que deve se aguardar um intervalo de 15 dias. Nos estudos realizados com a aplicação simultânea da vacina contra Rotavírus e Sabin, observou-se uma discreta redução na resposta da primeira dose da vacina contra Rotavírus. Após a aplicação da segunda dose, não foi observado prejuízo na resposta.

10.Criança com refluxo gastro-esofágico pode ser vacinada?

Sim , não há contra-indicação para aplicação da vacina contra Rotavírus em crianças com RGE.

11. Se a criança apresentar vômitos após a aplicação da vacina contra Rotavírus, ela pode ser revacinada?

Se a criança vomitar ou regurgitar a dose não deve ser repetida.

12.Esta vacina já esta sendo utilizada em outros países ou o Brasil será o primeiro a utilizá-la?

Esta vacina já foi licenciada no México e no Panamá. Até o momento, apenas o Brasil e o Panamá, irão incluir no calendário oficial a vacina contra o Rotavírus.



06. VACINA : TRIVIRAL ( M M R ) - RUBÉOLA , CAXUMBA E SARAMPO.Contra sarampo caxumba e rubéola, obtida a partir dos vírus vivos atenuado.

IDADE - A partir dos 12 meses

IDADE MÁXIMA PARA CRIANÇAS MAIORES DE 7 ANOS NÃO VACINADAS - Aplicar na primeira visita, desde que a criança não tenha idade superior a 10 anos.

DOSE - 0,5ml

Nº DE DOSES : 2 DOSES

- 1ª DOSE: AOS 12 MESES ,

- 2ª DOSE : AOS 4 ANOS DE IDADE

VIA DE ADMINISTRAÇÃO : Subcutânea, na região deltóide, também pode ser administrada na região glútea

CONTRA INDICAÇÕES : História de uma ou mais manifestações anafiláticas na ingesta de ovo; uso de imunoglobulinas de sangue e derivados; uso de imunudepressores (quimioterapia, etc.); gravidez

DOENÇAS EVITÁVEIS : a MMR tem a finalidade de conferir proteção conta as seguintes doenças : rubéola, caxumba e sarampo.



ATENÇÃO :

É importante ressaltar que, nos últimos dez anos, ocorreram modificações importantes no esquema rotineiro de vacinação das crianças. Foram introduzidas, aos 15 meses de idade, as vacinas contra rubéola e caxumba. São dadas junto com a segunda dose da vacina contra sarampo e constituem a chamada tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola). Posteriormente, foi introduzida, em todo o Brasil, a vacina contra hepatite B. A primeira dose deve ser aplicada o mais precocemente possível, de preferência no primeiro dia de vida, ainda na maternidade. Este esquema de vacinação universal na criança é preconizado para prevenir a transmissão materno- infantil do vírus da hepatite B. Em muitas regiões do Brasil ainda não se faz sorologia para hepatite B durante o pré-natal. Por isso não são identificadas as mães portadoras do vírus da hepatite B. A vacinação da criança nas primeiras horas de vida diminuiu em até 90% o risco de transmissão do vírus para ao filho, no caso da mãe ser portadora. O esquema completo de vacinação contra hepatite B compreende três doses. A segunda é dada com um mês de vida a terceira e última, aos nove meses de idade. Mais recentemente, foi introduzida no calendário vacinal de rotina, a vacina conjugada contra doença invasiva causada pela bactéria capsulada Haemophilus influenzae tipo b. Esta bactéria é importante causa de infecções graves em crianças menores de cinco anos de idade, salientando-se a meningite. O esquema de rotina para crianças menores de um ano de idade é de três doses, sendo a primeira aos dois meses, a segunda aos quatro e a terceira aos seis meses de vida. A outra mudança ocorrida nos últimos dez anos refere-se a introdução de uma dose de reforço da vacina contra tuberculose (BCG intradérmico). O Programa Nacional de Imunizações (PNI) recomenda um reforço, sem teste tuberculínico (PPD) prévio, para crianças entre cinco e seis anos de idade. Embora haja controvérsia sobre a eficácia da vacina BCG, o PNI adotou esta medida em decorrência da grave situação epidemiológica da tuberculose o Brasil. O assunto, entretanto, é polêmico. O Estado de São Paulo, baseando-se nos dados controversos sobre a eficácia da revacinação com BCG, não a recomenda. Em toda essa polêmica, dois aspectos devem ser ressaltados: (1) a vacina BCG é útil e eficaz na prevenção das formas graves da tuberculose (miliar, de sistema nervoso central) e deve continuar sendo empregada para todas as crianças no primeiro mês de vida, até mesmo para aquelas nascidas de mães HIV positivas. (2º) estão sendo conduzidos estudos para elaboração de vacina de fragmentos de DNA do Mycobacterium tuberculosis, com perspectivas de serem mais seguras e mais eficazes que as vacinas atualmente disponíveis. Podem haver variações nas indicações de algumas vacinas, dependendo das condições epidemiológicas da região onde elas estão sendo usadas. Por este motivo, crianças que vivem ou viajam para áreas endêmicas de febre amarela, devem ser vacinadas contra essa doença que pode ser fatal. A vacinação não está indicada para crianças que vivem em áreas não-endêmicas. São áreas endêmicas brasileiras: Acre, Amazonas, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Amapá, Pará, Maranhão, Distrito Federal, Rondônia, Goiás e Roraima. O aparecimento de casos importados de febre amarela na região oeste do Estado de São Paulo determinou a introdução dessa vacina, desde o ano de 1992, no calendário de rotina dessa região. A vacina da febre amarela é aplicada em dose única a partir dos seis meses de idade, com reforço a cada dez anos. Por facilidade operacional, essa vacina pode se administrada aos nove meses de idade, simultaneamente com a vacina contra sarampo e a 3ª dose da Hepatite B.









ESTE TRABALHO TEM O OBJETIVO INFORMATIVO E DE ORIENTAR SOBRE AS PRINCIPAIS VACINAS ADMINISTRADAS NO BRASIL.

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