terça-feira, 7 de setembro de 2010

CONHEÇA MELHOR OS PRESIDENCIÁVEIS - 2010

Os Presidenciáveis e a Literatura








Ivan Pinheiro (PCB), José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio Arruda Sampaio (PSol), Rui Costa Pimenta (PCO) e Zé Maria (PSTU).


Não foram indicadas pelas assessorias obras ligadas a Dilma Rousseff (PT), José Maria Eymael (PSDC) e Levy Fidélix (PRTB).


Observações


01. Marina Silva não figura na lista dos escritores, embora cultive o hábito de escrever poemas e já tenha duas letras musicadas. Entretanto, a senadora acreana, de origem pobre e alfabetização tardia, já teve a vida contada em três biografias, de acordo com sua assessoria. A mais recente será ainda publicada em agosto pela Editora Mundo Cristão.
A escritora da obra ainda inédita “Marina – A Vida por uma causa” é a jornalista Marília de Camargo César, que trabalha como editora-assistente da área de projetos editoriais do jornal "Valor Econômico".
“Ela me surpreendeu positivamente. Diria que é uma pessoa que tem um sentido de missão. Ela luta pela vida”, conta a jornalista, que começou o projeto no fim de 2008.
Cristã, assim como Marina, a escritora ressalta a importância da fé na vida da candidata e conta que o livro aborda com detalhes o momento de adesão de Marina à orientação evangélica. “Ela se converteu durante um processo de enfermidade, teve uma experiência meio mística”, conta a escritora.



02. José Serra também tem a vida contada em uma biografia, “O Sonhador que faz”, de Teodomiro Braga, lançada em 2002. Na lista de presidenciáveis, Ivan Pinheiro é outro que teve a vida retratada em livro: "Atitude Subversiva", de Hiran Roedel. “É um livro de trajetória, com fotos e documentos, porque não estou tão velho para uma biografia”, brinca o candidato, que tem 64 anos. Marina tem 52 e Serra, 68 anos.


03. Plínio Sampaio, com seus 80 anos incompletos, prefere não pensar ainda em livro sobre sua vida, mas coleciona quase 20 títulos que escreveu sozinho ou para os quais contribuiu. A obra de Plínio pode ser dividida em livros de caráter mais acadêmico e outros com enfoque popular.
“A que gosto mais é a literatura popular, que pessoas com primário bem feito podem entender”, disse. Com essa preocupação escreveu “O que é corrupção” e “Construindo o Poder Popular”, entre outros.



04. Ivan Pinheiro, que em 1985 contou suas impressões sobre a Bulgária, país que esteve sob a influência da ex-União Soviética após a Segunda Guerra Mundial e cujo governo comunista terminou em 1990.
"Achava que ali não tinha risco de restauração capitalista. Do ponto de vista do prognóstico eu errei e me decepcionei”, avalia. Apesar disso, mantém a convicção ideológica. “O erro não estava no socialismo, mas na forma como ele estava sendo conduzido”, explica. Pinheiro espera lançar em agosto uma coletânea de artigos.



Presente para o Vice


Se a leitura é uma opção válida para eleitores conhecerem seus candidatos, é também opção até mesmo para companheiros de chapa se entrosarem. Recentemente, Serra e o deputado federal Índio da Costa (DEM), escolhido para vice do tucano, trocaram livros escritos por eles próprios.
De acordo com a assessoria de Indio, dois dias após a indicação, Serra presenteou o vice com seus livros "Ampliando o Possível", "Orçamento no Brasil", "Reforma Política no Brasil" e "Sonhador que Faz". Por sua vez, Indio deu para Serra na quinta-feira (8) o livro "A Reforma do Poder e Administração Pública no Século XXI", escrito pelo deputado.



Conhecer mais


Candidatos e escritores não apontam a bibliografia como fator definidor de votos, mas destacam sua importância na elaboração das escolhas. “Não acho que [o candidato] precisa ser um literato. Um governante precisa ter outros parâmetros, mas um governante precisa ter um pensamento bem expresso”, defende Plínio Sampaio.


Para Ivan, a propaganda política limita a compreensão dos candidatos. “O eleitor deveria se preocupar mais com a trajetória de cada um. Os candidatos são vendidos como produtos pelos marqueteiros, eles não vão dizer o que pensam, mas o que os marqueteiros estudaram em pesquisas de qualidade.”
A escritora que biografou Marina defende posição semelhante. “É importante conhecer um pouco mais da história na qual você talvez vá depositar um voto. É muito importante saber quem fez a cabeça dessas pessoas, quais são as grandes influências, como é a família, como essa pessoa se relaciona com os mais próximos”, afirma. “No final, tenho a consciência de que é uma minoria que tem acesso [aos livros], mas é bastante importante se munir”, define.



- NÓS ELEITORES, DEVERIAMOS CONHECER MAIS A HISTÓRIA DE CADA CANDIDATO, SÓ ASSIM PODERIAMOS FORMAR UMA IDÉIA CRÍTICA E CERTAMENTE VOTAR CONCIENTEMENTE.





Veja quadro abaixo dos candidatos com história literária:





01. IVAN PINHEIRO (PCB)

“Bulgária - Apontamentos de Viagem”, Editora Novos Rumos, de 1985
“Atitude subversiva”, Hiran Roedel (org); Editora Fundação Dinarco Reis; 2000



02. JOSÉ SERRA (PSDB)


“O sonhador que faz”, de Teodomiro Braga, Editora Record, 2002
“Ampliando o Possível - a Política de Saúde do Brasil”, Editora Hucitec, 2000
“Orçamento no Brasil - as Raízes da Crise. Editora Atual, 1994
“Parlamentarismo ou Presidencialismo?”, José Serra e Outros, Editora Contexto, 1993




03. MARINA SILVA (PV)

Marina Silva”, da coleção Fé e Política da Editora Salesiana; 2002
“Marina Silva – Defending rainforest communities in Brazil”, Editora The Feminist Press, da Universidade da Cidade de Nova Iorque, 2002




04. PLÍNIO SAMPAIO (PSOL)

“O capital estrangeiro na agricultura brasileira”, Editora Vozes, 1977
“Construindo o Poder Popular”, Editora Paulus, 1982
“Educação Livre e Gratuita em Todos os Níveis”, in: “Educação Brasileira”, CNDCT, 1987
“A Constituição de 88 e os Conflitos Sociais”, in: “Que Brasil emerge da Constituição?”, Editora Vozes, 1988
“A Reforma Agrária na Constituição”, in: “Cidadão Constituinte”, Paz e Terra, 1989
“O Brasil pode dar certo”, Editora Paulinas, 1994
“O ofício da Política”, in: “O Protagonismo dos Leigos”, Paulinas, 1994
“Globalização e Cidadania”, in: “Pensamento e Realidade”, Edições Loyola, 1998
“Do Brasil que temos ao Brasil que queremos”, in: “Brasil 500 anos”, Paulus, 1999;
“Impunidade no Campo”, in: “Flores para los muertos”, Editora Vozes, 1999;
“Dilemas e Desafios postos para a Sociedade Brasileira”, Revista Estudos Avançados, IEA, 2000;
“The role of alternative press in a globalized world”, in: “Media and the Challenge of Globalization”, Union catholique internationale de la presse, 2001;
“Dilemmas and Challenges facing Brazilian Society”, in: “Brazil Dillemas and Challenges”, Edusp. 2002;
“A Participação Popular na Constituinte”, in: “Utopia Urgente”, Casa Amarela, 2002;
“Desafios da Luta pelo Socialismo” (Organizador), Editora Expressão Popular, 2002;
“Desconstruindo o velho modelo”, in: “Desenvolvimento, Subsistência e Trabalho Informal no Brasil”, Editora Cortez, 2004.
“O que é corrupção”, Editora Paulus, 2010;
“A dilemma and Challenges facing Brazilian Society”, in “Brazil Dilemmas and Challenges”, Editora USP, 2010.
“Colheita da Fome” in “Leitura Indispensáveis 2”, Aziz Ab’Saber (Org.), Ateliê Editorial, 2010.




05. RUI COSTA PIMENTA (PCO)

“O Que é o Trotkismo”, Editora Causa Operária, 2000
“Autópsia de uma Campanha de Calúnias”, Editora Causa Operária, 2000
“Em Defesa do Marxismo - as Tendências Trotskistas na Origem do PT”, Editora Outubro, 1994




06. ZÉ MARIA (PSTU)

“Os Sindicatos e a luta contra a burocratização”, da Editora Sundermann, 2007





Texto baseado no endereço:

http://g1.globo.com/especiais/eleicoes-2010/noticia/2010/07/dos-9-presidenciaveis-6-escreveram-ou-foram-retratados-em-livros.html

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