domingo, 29 de maio de 2011

COMO FICA A SAÚDE DO PROFISSIONAL DE ENFERMAGEM

O profissional de Enfermagem é um profissional que vive para amenizar o sofrimento do ser humano e esquece dele próprio.

Visando alertar a estes profissionais, achei interessante publicar este artigo que foi pesquisado no endereço abaixo :

http://www.abennacional.org.br/2SITEn/Arquivos/N.016.pdf



SAÚDE DO TRABALHADOR

DE ENFERMAGEM

O trabalho da enfermagem é executado em diversos locais, porém são os hospitais que abrigam o maior número de profissionais. Esse profissional no âmbito hospitalar exerce uma diversidade de serviços, podendo desencadear situações de riscos, agredindo a sua saúde e refletindo na qualidade da assistência prestada.

Dentre os artigos estudados pode-se perceber que o quadro profissional da enfermagem ainda é composto na sua maioria por mulheres.

Esses dados apontam um aumento ainda maior aos fatores de riscos para a saúde, devido o acúmulo de trabalho doméstico associado à hora plantão e ao multiemprego das trabalhadoras.

São ainda as mulheres que apresentam maior incidência de LER/DORT.

Doença na qual o trabalhador pouco conhece e quando conhece não procura ajuda imediata por medo de demissão ou exoneração, levando a um diagnóstico tardio contribuindo para as limitações dos movimentos, dificultando a realização das atividades ou a incapacidade de executá-las.

Outro fator contribuinte para um diagnóstico tardio são os sintomas na fase inicial que se confundem com outras doenças, dessa forma a grande maioria é tratada em estágio avançado. As afecções osteomusculares, assim como o estresse são doenças que, corriqueiramente acometem os profissionais de enfermagem. Nas doenças osteomusculares destacam-se as lombalgias, dores nos ombros e na região cervical causadas pela manutenção de posturas estáticas, por tempo prolongado ou resultante de traumas cumulativos que acontecem freqüentemente devido aos cuidados prestados diretamente ao paciente.

O estresse está relacionado com a exposição prolongada e contínua a estressores no ambiente de trabalho como: carga horária prolongada, o ambiente hospitalar, exposição a climas de grande tensão emocional, desgaste físico e psíquico. Os acidentes causados por substâncias químicas também foram referenciados. O trabalhador da saúde manuseia diariamente vários tipos de substâncias químicas que podem promover a saúde ao paciente, mas também podem trazer riscos à saúde do trabalhador.

Destacam-se ainda algumas substâncias que quando em contato sem proteção adequada acarretam riscos, devido sua periculosidade e ação carcinogênica sendo: medicamentos, poeiras, fumaças e materiais de borracha. Os profissionais interagem com estas substâncias regularmente, mas não costumam notificar os acidentes.

A não notificação pode ter relação com o ritmo acelerado de trabalho, negação do acidente, desconhecimento dos efeitos das substâncias, gravidade dos efeitos e ausência da rotulagem dos produtos químicos.

Observa-se ainda situações específicas como os profissionais que trabalham diretamente com quimioterápicos antineoplásicos.

Esses profissionais são classificados tanto como grupo de risco para acidente de trabalho como para doenças ocupacionais. As literaturas pesquisadas evidenciam casos de aparecimento de tumores secundários, maior suscetibilidade no aparecimento de câncer, mutagenicidade, mutações no DNA (Ácido Desoxirribonucléico), aumento de linfócitos e efeitos colaterais, entre outros.

A violência também aparece como acidente de trabalho. A mesma é definida como incidente que ocorre e poderá trazer conseqüências à saúde do trabalhador como físicas, emocionais, pessoais e profissionais. Podendo essa ser externa que é causada por fatores fora do local de trabalho; provocada pelo cliente e interna que ocorre entre os trabalhadores de uma mesma instituição.

Entre elas prevalece à agressão verbal e ameaças, com menor índice a agressão física, assédio moral ou sexual.

Os fatores que geram a violência são:

a. o contato face a face do profissional e o cliente,

b. a atitude do profissional frente a uma situação estressante, c. o tipo de cliente atendido;

d. pacientes idosos,

e. agitados,

f. deprimidos,

g. usuários de drogas e álcool;

h. o número reduzido de funcionários

i. frustração do cliente ante a espera para o atendimento.

Sabe-se que o profissional está exposto a situações de risco ocasionadas muitas vezes pelo desconhecimento dos fatores desencadeantes, pelas normas e rotinas impostas ou ainda pela especificidade de seu trabalho. É importante que o trabalhador de enfermagem tenha conhecimento do nexo-causal que implicará numa melhor condição de trabalho individual e coletiva e conseqüentemente uma possível melhora da qualidade de vida.

Segundo material analisado, considera-se que o profissional pouco conhece sobre as doenças e causas relacionadas com sua atividade de trabalho. Esse desconhecimento implica num aumento de acidente de trabalho, assim como de doenças ocupacionais, acarretando afastamento ou permanência no trabalho em condições físicas e psicológicas alteradas, interferindo diretamente no cuidado prestado e na qualidade de vida do profissional.

Faz-se necessário trabalhar com as instituições e com o profissional, através de educação em saúde para minimizar os fatores potenciais de riscos que foram relatados na maioria dos artigos estudados como:

a. jornada de trabalho excessiva,

b. postura inadequada quanto a cuidados com o paciente,

c. o uso inadequado de equipamento de proteção individual,

d. desconhecimento em relação ao ambiente de trabalho.

CONCLUSÃO:

O Enfermeiro deve ser um profissional capacitado para conhecer sua equipe e o ambiente de trabalho, identificando os fatores de riscos a qual cada profissional está exposto.

A partir desse conhecimento planejar e executar ações de forma a eliminar e/ou diminuir os riscos, proporcionando um ambiente de trabalho com mais qualidade.

REFERÊNCIAS

COSTA, J.R.A.; LIMA, J. V.; ALMEIDA, P.C. Stress no trabalho do enfermeiro.

Rev. Esc. Enferm USP. São Paulo, v.37, n.3, p. 63-71, set/out. 2003.

COSTA, Taíza Florêncio; FELLI, Vanda Elisa Andres. Acidentes do trabalho

com substâncias químicas entre os trabalhadores de enfermagem. Rev. Bras

Enferm. Brasília, v.57, n.3, p. 269-273, maio/jun. 2004.

GURGUEIRA, G. P; ALEXANDRE, N.M.C.; CORREA FILHO, H.R. Prevalência

de sintomas músculo-esqueléticos em trabalhadoras de enfermagem. Rev.

Latino-am Enfermagem. São Paulo, v.11, n.5, p. 608-613, set/out. 2003.

MORENO, Luciana Contrera; MORENO, Maria Inês Contrera. Violência do

trabalho em enfermagem: um novo risco ocupacional. Rev. Bras Enferm.

Brasília, v.57, n.6, p. 746-749, nov/dez. 2004.

ROCHA, F.R.L.; MARZIALI, M.H.P.; ROBAZZI, M.L.C.C. Perigos potenciais a

que estão expostos os trabalhadores de enfermagem na manipulação de

quimioterápicos antineoplásicos: conhecê-los para preveni-los. Rev. Latino-am

Enfermagem. São Paulo, v.12, n.3, p. 511-517, maio/jun. 2004.

VARELA, Claudete Dantas da Silva; FERREIRA, Silvia Lucia. Perfil das

trabalhadoras de enfermagem com diagnóstico de LER/DORT em Salvador-

Bahia 1998-2002. Rev. Bras. Enferm. Brasília, v.57, n.3, p. 321-325, maio/jun.

2004.


VEJA O QUE É LER-DORT

NO TEXTO PUBLICADO NO ENDEREÇO:

http://www.bancodesaude.com.br/ler-dort/ler-dort#Sintomas_da_LER-DORT

QUE APRESENTA EXCELENTE DISSERTAÇÃO.



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