sexta-feira, 1 de junho de 2018

FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO

QUESTÕES RELACIONADAS A FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO.

  A HISTÓRIA CONTA OS FATOS OCORRIDOS EM UM DETERMINADO 
 PERÍODO, ENTÃO SEMPRE É BOM RELEMBRA DE ALGUNS ACONTECIMENTOS DA NOSSA HISTÓRIA E A DISCIPLINA FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO FAZ ESTE TRABALHO COM MUITA SUTILEZA E SABEDORIA. 
     A SEGUIR VEREMOS ALGUMAS QUESTÕES REFERENTE AO SISTEMA BRASILEIRO EM SUA EVOLUÇÃO, MARCAREMOS PRINCIPALMENTE O DESENVOLVIMENTO DOS SISTEMA EDUCACIONAL. VEJAMOS :


1ª Questão:

Considerando os aspectos educacionais e históricos da “República do Café com Leite”, comente o texto a seguir: “Cabo de enxada engrossa as mãos – o laço de couro cru, machado e foice também. Caneta e lápis são ferramentas muito delicadas. A lida é outra: labuta pesada, de sol a sol, nos campos e nos currais... (...) Ler o quê? Escrever o quê? Mas agora é preciso: a eleição vem aí e o alistamento rende a estima do patrão, a gente vira pessoa.”

Resposta:
A frase em questão retrata o período da base política do café com leite, onde o coronelismo predominava. Os coronéis ( lideres locais ), garantiam que o processo eleitoral durante o período da Republica Velha Atendesse aos interesses das oligarquias das regiões em questão.
Essa garantia era dada  as custas da população votante, geralmente formada por pessoas social e economicamente dependente do “coronel” da região. Através de ameaças e coerção os “coronéis “impunham a sua vontade.


2ª Questão:

Quais as principais características da Pedagogia Racional Libertária no Brasil, apresentada no texto de Ângela Maria Souza Martins: A EDUCAÇÃO LIBERTÁRIA NA PRIMEIRA REPÚBLICA.

Resposta:
A 1ª republica foi um período marcado pela presença do movimento anarquista que trouxe uma contribuição importante para reflexão sobre a educação brasileira. Este movimento trancou pela sua atuação nas atividades culturais e educacionais  do  pais .
Teve como principais características da Pedagogia Regional Libertadora Brasileira:
A)   Mudança dos valores tradicionais da sociedade para transformação das relações sociais e econômicas, visando uma sociedade baseada nos princípios da solidariedade, cooperação, igualdade e liberdade, defendendo um ideário racional e libertário;
B)    Uma visão da educação como um dos meios para mudança de valores e princípios que são necessários para a instituição de um novo tipo de sociedade;
C)    Criação de escolas que adotasse a pedagogia racional libertadoras, um mecenismo para a transformação radical da sociedade;
D)   Confrontar os princípios tradicionais da igreja católica e do ideário capitalista, uma vez que procuravam se libertar de todo tipo de opressão;

Conclusão

O movimento libertário anarquista deu a educação o grande suporte para a formação da consciência critica do homem como ator do processo de transformação social,  esta proposta, é até hoje disseminada por muitos educadores.



3ª Questão:

Discuta as interseções possíveis entre a Constituição de 1934 e a Educação Pública no Brasil.

Resposta:
       A primeira constituição ( 1934 ), representou novo marco nas constituições brasileira. Teve-se pela primeira  vez  “ a constitucionalização de direitos econômicos, sociais e culturais ”.
        No campo educacional, a carta constitucional de 1934 se mostrou muito preocupada com o desenvolvimento do ensino médio e superior. A carta  frisava, que o ensino primário seria oferecido gratuitamente por instituições publicas e a freqüência haveria de ser obrigatória para aqueles que estivessem na idade escolar. A grande meta era formar futuras gerações preparadas para assumir postos de trabalhos a serem oferecidos, principalmente no meio urbano. Fato pretendido pelo setor econômico do país. Defendia ainda o ensino religioso nas escolas e o uso de diferentes grandes curriculares para meninos e meninas.


Referências:
 FERRER Y GUARDIA, Francisco. La Escuela Moderna - póstuma explicación y alcance de la enseñanza racionalista. Barcelona: Ediciones Solidaridad, 1912.

WOODCOCK, George. História das Idéias e Movimentos Anarquistas. Porto Alegre: L&PM, 2002. v. I e II


https://daniellixavierfreitas.jusbrasil.com.br/artigos/144779190/o-direito-a-educacao-nas-constituicoes-brasileiras






4ª Questão:



 A chegada dos europeus à América colocou frente a frente povos de origens muito diferentes: os europeus e os povos nativos da América. Sobre esse acontecimento podem existir versões muito distintas, o que nos leva a pensar sobre a ideia de verdade. Sobre a verdade, leia este poema de Carlos Drummond de Andrade:

Verdade




A porta da verdade estava aberta,

mas só deixava passar

meia pessoa de cada vez.

Assim não era possível atingir toda a verdade,

porque a meia pessoa que entrava

só trazia o perfil de meia verdade.

E sua segunda metade

voltava igualmente com meio perfil.

E os meios perfis não coincidiam.

Arrebentaram a porta. Derrubaram a porta.

Chegaram ao lugar luminoso

onde a verdade esplendia seus fogos.

Era dividida em metades

diferentes uma da outra.

Chegou-se a discutir qual a metade mais bela.

Nenhuma das duas era totalmente bela.

E carecia optar. Cada uma optou conforme

seu capricho, sua ilusão, sua miopia.



A partir da leitura do poema, reflita sobre a ideia de verdade: é possível afirmar que existe uma única verdade ou apenas diversos pontos de vista? Escreva um texto procurando identificar o ponto de vista dos povos nativos e o dos portugueses sobre o “descobrimento” do Brasil. (3,0 pontos)



Resposta:

     Na porta da verdade, mudar como processo de mudança é uma constante na vida de cada um. O comportamento humano afeta e é afetado pelas condições que se apresentam, pois, a mudança é um processo cíclico, se houver alterações na estrutura organizacional, certamente o comportamento humano será afetado.

      Com relação ao descobrimento do Brasil, na verdade não foi um descobrimento, foi uma invasão a terra dos índios.

       Cabral chegou a Porto seguro, na Bahia, com 13 navios e uma tripulação de aproximadamente 1400 homens em 22 de abril de 1500 e só  no dia seguinte ( 23 de abril ) observou que as terras não eram descobertas. Havia aproximadamente 3 milhões de nativos, os índios  já viviam no Brasil.

       Assim, na verdade Portugal não descobriu o Brasil, Portugal invadiu, ocupoou, submetendo diversas nações indígenas ao seu domínio.

       Se no Brasil já havia uma população indígena, local, não se trata de uma  descoberta, e sim de uma conquista. Logo, a verdade de Portugal não é a verdade do Brasil. As comunidades indígenas se dividiam em diversas nações, podemos citar: os tupis, os macro-jês, os aruanques , os cariris, que ocupavam várias regiões do Brasil.

    Algumas destas civilizações ainda viviam como no período paleolítico, outras tribos como os tupis, eram mais avançadas e produziam um agricultura  rudimentar, onde plantavam cará, mandioca, feijão, tudo para a sobrevivência. Não havia comércio e não conheciam a escravidão.  Fato diferente dos africanos que quando em guerra, escravizam os povos dominados, já os inimigo dos índios eram submetidos a um canibalismo litúrgico ( antropofagia ). Outro fato praticado pelos indígenas era o infanticídio, ou seja, faziam o sacrifício de bebês gêmeos, pois, eram representações do e do mal para eles. As civilizações primitivas do Brasil tinham muitos pontos em comum, como a pintura corporal, a dança e a música, com a produção de instrumentos de sopros, de percussão,  de pandeiros e tambores.  Logo a verdade dos Portugueses, dos Africanos e dos  Índios brasileiros não era a mesma.

     Os portugueses chegaram e na verdade não descobriram o Brasil, eles simplesmente invadiram o Brasil, e transformaram os costumes, introduziram novos hábitos, novas crenças. Dessa forma a verdade dos portugueses não eram a mesma verdade dos povos indígenas do Brasil.

     Os portugueses tinham uma vida de comércio, de conquistas, de crenças, que não se identificam com a vida dos índios. Na verdade o comportamento  é a relação entre o indivíduo e o seu meio ambiente, sendo assim a verdade de um não é igual a verdade  a verdade do outro.

     As ações, os costumes de um povo que domina o outro, como foi o caso dos portugueses no Brasil, afetam o comportamento do povo dominado e as ações desses indivíduos afetam o ambiente. Logo a verdade dos que invadiram o Brasil, não é a verdade do povo indígena que vivia no Brasil.

      Seguindo essa linha de pensamento, o Brasil não foi descoberto e sim invadido por Portugal. Logo a verdade do povo português não é a verdade dos índios brasileiros.





5ª Questão:

Defina as seguintes características presentes no Período Colonial Brasileiro: grande propriedade, monocultura e mão-de-obra escrava. Explique porque na economia do Período Colonial, podemos afirmar que a pecuária nordestina desenvolveu-se como uma atividade de ajuda do setor açucareiro. (3,0 pontos)



Resposta: 

. Grande propriedade - são grandes extensões de terra sob o comando de um único proprietário.

.  Monocultura – é a produção ou cultura agrícola de apenas um único tipo de produto agrícola. No período colonial está associada aos latifundiários de grandes extensões de terra.

.  Mão de obra escrava -  é o tipo de trabalho em que a pessoa não tem um salário e não tem direito a nada, no início o Brasil utilizou os índios e, posteriormente os negros africanos.

    Explicação: 

       Durante  o período Colonial, a empresa açucareira foi o grande investimento dos portugueses  nas terras brasileiras. A necessidade  de consumo das populações nativas serviram para o desenvolvimento de outras atividades econômicas destinadas a subsistência, com isto a atividade pecuária começou a ganhar espaço com a importação de reses para o trabalho nos engenhos de açúcares.  A pecuária instituiu novas relações de trabalho alheio ao uso da mão de obra escrava. A pecuária precisava de um pequeno número de trabalhadores e tinha sua mão de obra formada por trabalhadores de origem negra, indígena, branca  ou  mestiços.





6ª Questão:



Com base na leitura dos textos, responda o que se pede: Quais os objetivos da educação jesuítica no Brasil Colônia? Aponte quatro características da pedagogia jesuítica presentes no período colonial. (4,0 pontos)

Resposta:

    A história da educação do Brasil foi e ainda é um processo de transmissão de conhecimentos, que foi iniciado no período Colonial pelos Jesuítas. Eles tiveram uma missão muito grande, a dê, alfabetizar os filhos dos poderosos e procurar trazer para sua fé os índios colonizados, mas, observaram que só conseguiriam evangelizar, se alfabetizassem os índios.

       Os principais objetivos do Ensino Jesuítico eram:

  1. Levar o Catolicismo para a América recém descoberta;
  2. Catequizar os Colonizados, índios e filhos dos poderosos, trazendo a eles uma linguagem portuguesa, costumes europeus e da sua religião;
  3. Difundir a religião, evitando assim que o protestantismo se difundi-se mais que a religião católica;
  4. Construir escolas que propagassem o seu evangelho por todo o mundo.

     A educação jesuítica  seguia o método Ratio Studiorium, onde não só pregavam a sua fé, mas ensinavam a as Letras, Filosofia em curso normal, Teologia e Ciências Sagradas para nível Superior, etc...  Em 1834, foi promulgada a formação das escolas Normais, sendo criados os sistemas de 1º e 2º grau de formação de professores. Os padres Jesuítas ensinavam teologia- política, por meio de encenação teatral nas escolas.  Para as escolas eram repassadas para as instituições de ensino, os métodos trazidos do Tento, o Concílio de Trento, o qual deu uma nova dinâmica aos sistema pedagógico e, como conseqüência, transformou os métodos antigos de ensino, que eram arcaicos, em uma nova metodologia educacional. Nos colégios jesuítas, eram ministrados Preceitos do Teatro de Cícero ( De Oratore ), Quintiliano ( Instituto Oratória ), Aristóteles (Rhetoria), Santo Agostinho ( De doctrina Christiana ).

      Assim, observa-se que os professores da época Colonial não tinham as mínimas informações de métodos pedagógicos para passar seus conhecimentos  aos seus discípulos. Os padres Jesuítas, como outros “educadores”  tinham em mente que os africanos e os índios não possuíam  uma inteligência fértil como os filhos dos burgueses da época. Havia muita discriminação, os métodos apresentavam formas grotescas, como castigos duros, tais como:

a)      Chibatadas,

b)      Palmatórias,

c)      Amarrar ao Tronco,

a quem não “ aprendesse” como os instrutores queriam, etc.., castigos esses que eram aplicados aos negros e aos nativos.



Referências :



Textos referentes as aulas da disciplina.



SCHMITZ, Egídio. Os Jesuítas e a Educação: a filosofia educacional da Cia. de Jesus. São Leopoldo: Unissinos, 1994.



SODRÉ, Nelson Werneck. Síntese de história da Educação Brasileira. 17 ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1994.

PAIVA, José Maria de; PUENTES, Roberto Valdés. A proposta jesuítica de Educação – uma leitura das Constituições. Comunicações, São Paulo, nov. 2000. Disponível em: http://www.unimep.br/jmpaiva/a-proposta-jesuitica-de-educacao.pdf.

Pecuária no período colonial História do Brasil - https://www.colegioweb.com.br/colonizacao-portuguesa-no-brasil/a-economia-colonial.html




 FAUSTO, Carlos. Fragmentos da história e cultura tupinambá: da etnologia como

instrumento crítico de conhecimento etno-histórico. In: CUNHA, Manuela Carneiro

da (Org.). História dos Índios no Brasil. São Paulo: Companhia das Letras:FAPESP:

SMC, 1992, p. 381-396.

Resumo sobre a História dos Índios do Brasil, cultura, sociedade, organização, contato com os portugueses, História do Brasil - https://www.historiadobrasil.net/indiosdobrasil/










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