sexta-feira, 22 de julho de 2011

H E P A T IT E - C

O que você precisa saber

01. O que é?

É uma inflamação do fígado causada pelo Vírus da Hepatite C (HCV).





As hepatites A ou B são iguais à hepatite C?

As hepatites A, B e C são vírus diferentes que podem causar inflamação do fígado. Cada um destes vírus pode ser transmitido de maneiras diferentes. Existem vacinas contra a hepatite A e a hepatite B, mas não existe uma vacina preventiva para a hepatite C. A infecçào com vírus diferentes de hepatite também pode ocorrer ao mesmo tempo.

Aproximadamente 1 em cada 100 pessoas na Austrália e ao redor do mundo, tem hepatite C e muitos não sabem que portam o vírus. Pode-se ter hepatite C sem o saber porque os sintomas podem levar muitos anos a se manifestarem.



02. Como se adquire?

Situações de risco são as transfusões de sangue, a injeção compartilhada de drogas e os acidentes profissionais.

Portanto, podemos nos contaminar com o vírus da Hepatite C ao termos o sangue, as mucosas ou a pele não íntegra atingida pelo sangue ou por secreção corporal de alguém portador do HCV, mesmo que ele não se saiba ou não pareça doente.

A transmissão sexual do HCV não é freqüente e a transmissão da mãe para o feto é rara (cerca de 5%). Não são conhecidos casos de transmissão de hepatite C pelo leite materno. Apesar das formas conhecidas de transmissão, 20 a 30% dos casos ocorrem sem que se possa demonstrar a via de contaminação.

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OBSERVAÇÃO:

A hepatite C é transmitida quando o sangue de uma pessoa contaminada entra na corrente sanguínea de outra pessoa. Isto é chamado de contato sangue-para-sangue. Mesmo pequenas quantidades de sangue invisíveis ao olho nú podem transmitir o vírus. Existem muitos mitos em relação a como a hepatite C é trasmitida, por isso é importante lembrar-se que:Você pode apanhar hepatite C se:
Alto risco

Tratamentos médicos ou dentários onde a pele é perfurada por instrumentos não esterilizados. Em muitos países, esta é a maneira mais comum de transmissão da hepatite C. Na Austrália, os bancos de sangue, as vacinações e as intervenções médicas são seguros.

Reúso de equipamentos para injetar drogas usados por outras pessoas, incluíndo esteróides – este é o modo mais comum de transmissão da hepatite C na Austrália.

Tatuagem ou 'Piercing' feitos com equipamento não esterilizado.

Baixo risco

Acidente com a agulha (picadelas) em funcionários da àrea de saúde.

Transmissão da mãe para o bebê durante a gravidez ou durante o parto pode ocorrer se a mãe tiver hepatite C.

Transfusões de sangue ocorridas na Austrália antes de 1990.

Uso de objetos pessoais de outras pessoas, que possam conter sangue, como por exemplo: lâminas de barbear ou escovas de dente.

Atividades sexuais onde o contacto do sangue dos parceiros possa ocorrer.

Acidentes (picadelas) com agulhas de injetar drogas descartadas inapropriadamente em locais públicos.

A hepatite C existe em todos os países. Isto significa que o risco existe aqui na Austrália, no seu país de origem e em todos os outros países.

Não se apanha hepatite C:

Usando o mesmo vaso sanitário utilizado por outras pessoas

Usando talheres ou outros utensílios domésticos

Tossindo, espirrando, beijando ou abraçando alguém

Usando piscinas

Através de picadas (picadelas) de mosquitos ou outros insetos.


03. O que se sente e como se desenvolve?

Diferentemente das hepatites A e B, a grande maioria dos casos de Hepatite C não apresenta sintomas na fase aguda ou, se ocorrem, são muito leves e semelhantes aos de uma gripe. Já há tratamento para a fase aguda da Hepatite C, diminuindo o risco de cronificação. Por isso pessoas suspeitas de terem sido contaminadas merecem atenção, mesmo que não apresentem sintomas.

Mais de 80% dos contaminados pelo vírus da hepatite C desenvolverão hepatite crônica e só descobrirão que tem a doença em exames por outros motivos, como por exemplo, para doação de sangue. Outros casos, aparecerem até décadas após a contaminação, através das complicações: cirrose em 20% e câncer de fígado em 20% dos casos com cirrose.





04. Como o médico faz o diagnóstico?

Na fase antes do aparecimento das complicações, exames de sangue realizados por qualquer motivo, podem revelar a elevação de uma enzima hepática conhecida por TGP ou ALT. Essa alteração deve motivar uma investigação de doenças hepáticas, entre elas, a Hepatite C. A pesquisa diagnóstica busca anticorpos circulantes contra o vírus C (Anti-HCV). Quando presentes, podem indicar infecção ultrapassada ou atual. A confirmação de infecção atual é feita pela identificação do vírus no sangue, pelo método da Reação da Cadeia da Polimerase (PCR RNA-HCV). Com a evolução, aparecem alterações de exames de sangue e da ecografia (ultrassonografia) de abdome.

Muitas vezes o médico irá necessitar de uma biópsia hepática (retirada de um fragmento do fígado com uma agulha) para determinar a grau da doença e a necessidade ou não de tratamento. São realizados também a detecção do tipo de vírus (genotipagem) e da quantidade de vírus circulante (carga viral), que são importantes na decisão do tratamento.



05. Como se trata?

Nos raros casos em que a hepatite C é descoberta na fase aguda, o tratamento está indicado por diminuir muito o risco de evolução para hepatite crônica, prevenindo assim o risco de cirrose e câncer. Usa-se para esses casos o tratamento somente com interferon por 6 meses.

O tratamento da Hepatite Crônica C vem alcançando resultados progressivamente melhores com o passar do tempo. Enquanto até há poucos anos alcançava-se sucesso em apenas 10 a 30% do casos tratados, atualmente, em casos selecionados, pode-se alcançar até 90% de eliminação do vírus (Resposta Viral Sustentada). Utiliza-se uma combinação de interferon (“convencional” ou peguilado) e ribavirima, por prazos que variam de 6 a 12 meses (24 a 48 semanas). O sucesso do tratamento varia principalmente conforme o genótipo do vírus, a carga viral e o estágio da doença determinado pela biópsia hepática.

Pacientes mais jovens, com infecção há menos tempo, sem cirrose, com infecção pelos genótipos 2 e 3 e com menor carga viral (abaixo de 800.000 Unidades/mL) tem as melhores chances de sucesso. O novo tipo de interferon, chamado interferon peguilado ou “peg-interferon” é uma alternativa que vem alcançando resultados algo superiores aos do interferon convencional especialmente para portadores do genótipo 1 e pacientes com estágios mais avançados de fibrose na biópsia.

Os efeitos indesejáveis (colaterais) dos remédios utilizados em geral são toleráveis e contornáveis, porém, raramente, são uma limitação à continuidade do tratamento. A decisão de tratar ou não, quando tratar, por quanto tempo e com que esquema tratar são difíceis e exigem uma avaliação individualizada, além de bom entendimento entre o paciente e seu especialista.

Novas alternativas terapêuticas vêm surgindo rapidamente na literatura médica. Além de novas medicações, a adequação do tempo do tratamento a grupos de pacientes com características diferentes poderá melhorar ainda mais os resultados alcançados com as medicações atualmente disponíveis. Estudos vêm mostrando que, para alguns pacientes, com características favoráveis, tempos mais curtos de tratamento possam ser suficientes, enquanto que pacientes com menor chance de resposta e, possivelmente, aqueles que não responderam a tratamentos anteriores, possam se beneficiar com tempos maiores de tratamento.







06. Como se previne?

A prevenção da hepatite C é feita pelo rigoroso controle de qualidade dos bancos de sangue, o que no Brasil, já ocorre, tornando pequeno o risco de adquirir a doença em transfusões. Seringas e agulhas para injeção de drogas não podem ser compartilhadas. Profissionais da área da saúde devem utilizar todas as medidas conhecidas de proteção contra acidentes com sangue e secreções de pacientes, como o uso de luvas, máscara e de óculos de proteção. O uso de preservativo nas relações sexuais com parceiro fixo não é indicado para prevenção da transmissão da hepatite C.



FONTE DE PESQUISA :

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?230

http://www.multiculturalhivhepc.net.au/index.php?option=com_content&view=article&id=509&Itemid=1757&lang=en

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