sábado, 21 de dezembro de 2019

BOTÂNICA - EXERCÍCIO

 QUESTÕES DE BOTÂNICA -  EXERCÍCIO 1



Questão 1:
     Os organismos que obtiveram maior sucesso foram os que desenvolveram um sistema capaz de usar a luz solar, gerando a próprio alimento. Que organismos são esses? E como, quimicamente, eles geram o próprio alimento?

Resposta:    Os organismos que desenvolveram um sistema capaz de usar a luz solar e gerar a sua própria alimentação, foram os organismos autotróficos e isto se deu pela presença de clorofila. 
  Os organismos autotróficos geram seu próprio alimento a partir da fixação do dióxido de carbono ( CO2 ) do ar, utilizando a luz solar ou a energia da oxidação de substâncias orgânicas, tais como: ácidos graxos e carboidratos. 
  São ditos fotoautotróficos, quando utilizam a energia da  luz solar e quimioautotróficos, quando utilizam a oxidação de substâncias orgânicas.

 ( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 8 e 9 )

Questão 2:
     Explique a capacidade de dispersão de um organismo fotossintetizante no ambiente marinho. E como evolutivamente essa dispersão se deu no ambiente terrestre.

Resposta: No ambiente marinho, a capacidade de dispersão de um organismo fotossintetizante, tais como: “ grama marinha “ e algas, está diretamente ligado a fatores ambientais, como: 
a.                  temperatura;
b.                  nutrientes;
c.                  luz;
d.                 substrato;
e.                  movimento das águas ( marés, correntes e ondas), etc.
  Neste contexto esta incluído também as características inerentes de cada espécie.
    Já no ambiente terrestre, a dispersão surgiu com o aparecimento dos vasos condutores nos vegetais, outro avanço no processo de dispersão terrestre foi a produção de sementes pelas plantas superiores. A proteção das sementes através fruto foi mais um passo importante para a evolução, fato que tornou os Angiospermas o vegetal mais bem-sucedido na face da terra.
  ( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 12 )


Questão 3:
       Os fungos fazem parte de importantes processos industriais como a fermentação de carboidratos, fundamental para a elaboração de pães, vinhos, cervejas. Também participam da produção industrial de ácidos orgânicos e vitaminas. A partir de um fungo, o Penicillus chrysogenum, que o pesquisador Fleming descobriu a penicilina. Diante de toda essa diversidade qual a diferença entre comer um alimento embolorado ou um cogumelo tóxico?

Resposta:   Os fungos podem apresentar substâncias tóxicas, às chamadas Micotoxinas. As intoxicações podem se apresentar em dois tipos de períodos de incubação:
a.                  de longo período;
b.                  de curto período.
  As de longo períodos, são graves e muitas vezes fatais, isto se deve a problemas hepáticos e renais. Já as de curto período, onde os sintomas aparecem poucas horas depois da contaminação, são problemas digestivos, nervosos e vasculares.
     Distingue-se dois tipos de Intoxicação:
a.                  Micotoxicose;
b.                  Micetismo.
     As Micotoxicoses, são intoxicações causadas pela ingestão de alimentos que foram anteriormente invadidos por fungos ou seja: foram embolorados. Neste caso a causa da intoxicação está na toxina liberada pelo fungo, que está localizada no substrato que usamos como alimento. No caso do Micetismo, que são envenenamentos ou intoxicações causadas pela ingestão de fungos do tipo macroscópico, como os cogumelos ( cogumelos tóxicos ), utilizados isoladamente ou misturados com outros alimentos.
( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 47 e 48 )


Questão 4:  
     Quais são os compostos responsáveis pela rigidez da parede celular de células vegetais? Diferencie parede primária e secundária.

Resposta:   A parede celular, é um envoltório encontrado externamente à membrana plasmática de uma célula vegetal. Ela aparece logo no início de desenvolvimento da célula. É formada basicamente por celulose, um polissacarídeo. Nela também encontramos proteínas, lipídios, enzimas, silício, etc.
    A parede celular é rígida, constituída por moléculas de polissacarídeos unidos entre-sí, que fica inserida em uma matriz de polissacarídeos não celulósicos; hemicelulose e pectina. 
    Nas paredes celulares também são encontradas outras substâncias, entre elas, LIGNINA, proteínas e lipídios. Sendo a EXTENSINA, uma das mais importantes proteínas na estrutura da parede celular, é ela a responsável pela rigidez da parede celular. 

PAREDE CELULAR PRIMÁRIA → Células vegetais jovens apresentam uma parede celulósica fina e flexível, denominada parede primária. Ela é elástica, de modo a permitir o crescimento celular. Apresenta  uma grande quantidade de água e muitos polissacarídeos. Essa parede é geralmente disposta de forma homogênea, mas possui algumas regiões mais espessas que outras. Os locais onde ocorre menor disposição dos componentes primários são chamados de campos de pontuação. 
      Como dito acima, a parede celular primária é homogênea, sendo sua primeira camada composta por acomodações  de microfibrilas por arranjo entrelaçado. As próximas camadas são dispostas por arranjos desordenados, delimitando pela mudança de orientação das microfibrilas de celulose. A organização cortical dos microtúbulos pode determinar a orientação das microfibrilas de celulose recém-depositadas, e por sua vez, definir como a célula vai se expandir.

PAREDE CELULAR SECUNDÁRIA → Após o crescimento dá célula, quando ela  atingiu o tamanho e a forma definitiva, forma-se a parede secundária, mais espessa e rígida. A celulose que constitui a parede secundária é secretada através da membrana plasmática, e se deposita entre esta e a superfície interna da parede primária, na qual adere fortemente. A quantidade de água é inferior à da parede primária e a celulose constitui o maior componente. Às vezes também é possível encontrar LIGNINA, uma molécula que garante a rigidez à célula. Diferentemente da parede primária, a parede secundária pode apresentar-se de forma descontínua. Normalmente no local onde existe um campo de pontuação, a parede secundária não é  depositada, surgindo às pontuações.
    A parede secundária inviabiliza qualquer possibilidade de expansão ou crescimento da célula. Seu teor de água reduzido se deve à deposição de LIGNINA, que é um polímero hidrofóbico.

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 60, 61,  62 e 63 )


Questão 5:
   Com relação ao módulo do CEDERJ, responda as seguintes questões sobre os Meristemas.

a)      Quais os principais tipos de meristemas encontrados no corpo vegetal?

Resposta:- Nas plantas são encontrados diferentes tipos de Meristemas, sendo considerados como principais, em relação à sua origem, dois tipos:
a.                  meristemas primários;
b.                  meristemas secundários.
  Os Meristemas primários se originam de células embrionárias e os meristemas secundários, se originam de células já diferenciadas. 
  Os meristemas também podem ser divididos quanto a sua localização, em meristemas:
a.                  apicais;
b.                  laterais;
c.                  intercalar;
d.                 de abscisão;
e.                  de cicatrização.
 Observação:
     Os meristemas primários são encontrados no ápice da caule (meristema apical caulinar) e da raíz ( meristema subapical radicular ). Já os meristemas secundários se desenvolvem a partir do aumento dos tecidos vasculares, os quais se originam dos meristemas primários.  

b)     Os meristemas vão originar tecidos para determinadas funções. Explique pelo menos as funções de dois tecidos de acordo com a sua localização e o meristema que o originou.

Resposta:  - A organização das plantas se dá em sistemas de tecidos e estes estão presentes em todos os órgãos vegetais, tais como: raiz, caule, folhas, flores e frutos. Fato que revela a similaridade básica dos órgãos e a continuidade do corpo vegetal. Existem  três tipos de tecidos a saber:
a.                  Sistema de Revestimento ( epiderme e periderme );
b.                  Sistema Fundamental ( parênquima, colênquima e esclerênquima);
c.                  Sistema Vascular ( xilema e floema primário e secundário ).
   Os dois tecidos escolhidos para descrição são os tecidos: de Revestimento e Vascular.
  1.  Tecido de Revestimento:  - representa o limite entre o ambiente e o ser vivo. As suas células tem como principais funções:
a.                  interrupção do movimento apoplástico;
b.                  proteção contra a intensa radiação;
c.                  proteção contra ataque de patógenos.
    As células da epiderme originam-se da camada mais externa dos ápices vegetativos, denominadas protoderme. Já a periderme é o tecido de revestimento, onde a origem secundária  substitui a epiderme em caules e raízes com crescimento secundário ou em superfícies expostas por necrose ou ferimento.

2)  Tecidos vasculares ( de condução ): - é constituído por dois tipos básicos de tecidos condutores:
a.                  O Xilema ( condutor de água e sais minerais );
b.                  O Floema ( condutor de produtos elaborados a partir da fotossíntese ).
    O Xilema é responsável pelo transporte de água e sais minerais, da raiz para as folhas, onde corre a fotossíntese. É um tecido complexo e está dividido em Xilema primário e secundário.  
   O Xilema primário origina-se no procâmbio e o Xilema secundário surge a partir do Câmbio Vascular. O Xilema é constituído por Traqueídes (Gmnspermas), elementos de vasos (Angiospermas), fibras e células parenquimáticas. 
  O Xilema secundário distingue-se do primário por estar organizado em sistema Axial e Radial.
   O Floema ( ou Líber ) tem a função de conduzir a seiva elaborada ( água e carboidratos ) e é constituída por células vivas, alongadas, com paredes transversais dotadas de poros, anucleadas. Esses tecidos percorrem a planta em todas as direções, incluindo todas as ramificações do caule levando a seiva elaborada após a fotossíntese.
   
  ( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 88,89,96 e 130 )

    
Questão 6:
   Como visto no Capítulo 13 do módulo CEDERJ a transição das algas aquáticas para os organismos fotossintetizantes de vida terrestre com grandes modificações adaptativas foi um grande progresso nas formas de organização do corpo vegetal. Assim:

a) Descreva de forma sucinta os padrões morfológicos e anatomia das algas unicelulares:

Resposta:  Algas -  organismos eucariontes, fotossintetizantes, com organização corporal simples, que vivem no mar, em lagos, em rios ou em superfícies úmidas. 
   Organismos Unicelulares: - sua morfologia é representada por uma célula ( unicelular ). Estão organizados de diversas formas. Sendo que algumas formas são imóveis e outras possuem flagelos (fitoflagelados), e apresentam certa mobilidade, não sendo capaz, de  vencer o movimento da água. Na região da extremidade anterior localiza-se os flagelos, o estigma ( organela fotorreceptora ) e o vacúolo.
     As algas unicelulares fitoplanctônicas variam morfologicamente  pelo tamanho, ausência ou presença de flagelos, arredondamento ou achatamento, etc.

b) Descreva a organização (habitat e forma de vida) das algas unicelulares:
Resposta: - É a organização mais simples dentro dos organismos fotossintetizantes. Embora muito simples, eles estão organizados em diversas formas. Na sua maioria vivem em habitat aquáticos, como: mar, lagos, lagoas, e rios, ou em superfícies úmidas. Por apresentarem uma forma diversificada, os fitoplânctons  possuem um habitat dulcícola e marinho.
     A presença da luz solar, é importante para o desenvolvimento, pois, as algas são autotróficas, isto é, são capazes de realizar a fotossíntese e sintetizar moléculas orgânicas (alimentos) a partir de substâncias inorgânicas e da energia da luz solar.
      
c) Cite um exemplo de espécie tóxica e qual fenômeno ela pode gerar ao meio ambiente.
Resposta:-   Pirrófitas ( Dinoflagelados - Algas Vermelhas ) 
      A sua proliferação excessiva provoca o fenômeno chamado Maré Vermelha, que ocorre naturalmente  ou por lançamento de esgotos na água do mar. Essas algas liberam substâncias tóxicas que podem afetar os seres vivos que habitam a água e até mesmo os banhistas nas praias.
       Na água as Pirrófitas quando encontram as condições favoráveis para a sua reprodução (dejetos de produtos químicos de indústrias, esgotos não tratados, etc.). As algas se reproduzem de tal forma na superfície da água que podem impedir a passagem da luz para as camadas mais profundas, dessa forma as algas que vivem nas profundidades não podem fazer a fotossíntese e acabam morrendo, apodrecendo, acumulando no fundo e liberando substâncias tóxicas. Com isso, acaba matando animais como os peixes, e os corpos ficam boiando na superfície.
( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 163 )

Questão 7:
     Os alunos do curso de Biologia da UENF na aula prática 2, fizeram uma saída de campo e coletaram diferentes representantes das briófitas e das plantas vasculares sem sementes:
1 - musgos
2 - licopódios
3 - samambaias
No laboratório, os alunos tiveram de classificar esses vegetais pelas características avasculares, vasculares sem sementes e vasculares com sementes. Assinale a alternativa CORRETA dessa classificação.

A (  X   ). 1 avasculares; 2 e 3 vasculares sem semente;
B (     ). 1, 2 e 3 avasculares;
C (     ). 1 e 3 avasculares; 2 vasculares sem semente;
D.(     ). 1 e 2 avasculares; 3 vasculares sem semente;

RESPOSTA :   LETRA  ( A ) : 1 avasculares; 2 e 3 vasculares sem semente;


Questão 8 (1,0):
      Quais são os tecidos que constituem o sistema fundamental? Como eles surgem durante o desenvolvimento do vegetal? E quais funções são atribuídas a eles?

Resposta:    O sistema fundamental é composto principalmente de três tecidos:
a.                  Parênquima;
b.                  Colênquima;
c.                  Esclerênquima.
1. Parênquima: -  Surge a partir do crescimento e da diferenciação das células do Meristema Primário e Secundário. Está presente em todas as regiões da planta. É um tecido pouco especializado que forma a parte interior e muitos órgãos das plantas vasculares. Apresenta propriedades Plásticas. O parênquima está relacionado com a fotossíntese, à reserva de várias substâncias, à cicatrização e a origem de estruturas adventícias.
   Funções do Parênquima:  
a.                  Preenchimento;
b.                  Armazenamento;
c.                  Reserva.
2. Colênquima: - Surge a partir do crescimento e da diferenciação das células do Meristema Primário. É o tecido especializado na sustentação dos vegetais, ricos em celulose. Localiza-se na região periférica, apresenta parede celular espessa, irregular. Apresenta propriedades plásticas.
   Função do Colênquima:
a.                  Sustentação;
b.                  Proteção.
3. Esclerênquima: - Surge a partir do crescimento e da diferenciação das células do Meristema Primário e Secundário. A localização é de larga distribuição e é formado por protoplasma morto. Apresenta parede celular espessa, secundária e lignificada. Tem propriedade elástica.
   Função do Esclerênquima:
a.                  Sustentação;
b.                  Proteção.
( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 113 e 114 ).


Questão 9:
  Quais são os tipos celulares do colênquima? E explique como são classificados?

Resposta: -  Os tipos celulares de colênquima encontrado nos vegetais, são classificados quanto à forma de deposição do espaçamento na parede celular, em:
a.                 Colênquima  Angular;
b.                 Colênquima  Lacunar;
c.                 Colênquima  Lamelar;
d.                Colênquima Anular ou Anelar.
   Observação:
  • Alguns autores  incluem também nesta classificação o Colênquima Radial.
  • Devido sua flexibilidade e a capacidade de alongar-se o Colênquima se adapta a sustentação das folhas e caules que estão em fase de crescimento.
  1. Colênquima Angular - apresenta espessamento por todos os ângulos da célula. É o mais comum, suas paredes celulares apresentam maior espaçamento no encontro das três ou mais células. Longitudinalmente observa-se os espaçamentos irregulares. Exemplos: - espaçamento do pecíolo de Begônia, no caule de Figueira e de Abóbora.
  2. Colênquima Lacunar - espessamento nas parede próximas  ao espaço intercelular. O espessamento parietal é mais pronunciado na porção voltada para o espaço intercelular. Exemplo: - comum no caule de Asteraceae. 
  3. Colênquima Lamelar -  nas bordas das células há maiores espessamentos tangenciais. É identificado nas paredes periclinais internas e externas das células. Exemplo: - caule de Sambucus nigra.
  4. Colênquima Anular ou Anelar -  por toda a borda da célula apresenta um espessamento parietal uniforme. Num corte transversal, observa-se espessamento envolvendo toda célula. Exemplo: - no pecíolo de Datura insiguínis e no bordo de Psychotria velloziana.

Observação: 
. Colênquima Radial - células alongadas e paralelas, alongadas radialmente.
( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 108 ).

Questão 10:
       O esclerênquima é composto por dois tipos celulares: esclereides e fibras. Com relação aos esclereides cite os tipos e explique como são classificados:

Resposta: - O esclerênquima apresenta uma grande variedade de formas e tamanhos celulares, mas dois tipos gerais podem ser reconhecidos:
a.                  as esclereídes ou esclereídeo;
b.                  as fibras.
     Tipos de células as esclereídes ou esclereídeo:
a.                   Braquiesclerídes ou Células Pétreas; 
b.                  Astroesclereídes;
c.                  Osteoesclereídes;
d.                 Macroesclereídes;
e.                  Tricoesclereídes;
f.                   Esclereídes Difuso;
g.                  Esclereídes Terminais.
Para a sua classificação, utiliza-se a forma apresentada pelas esclereídes. Estas formas são variadas e têm sido de grande utilidade no contexto da sua classificação. São elas:
1.      Braquiesclerídes ou Células Pétreas - são isodiamétricas e aparecem agregadas, ocorrendo por exemplo: na polpa da Pêra e no Marmelo, onde aparecem em grupos entre as células parenquimáticas;
2.      Astroesclereídes - células ramificadas, com a forma de uma estrela, e as ramificações partindo de um ponto mais ou menos central, como se vê nas folhas de Nymphaea sp (lírio d'água);
3.      Osteoesclereídes - apresenta-se em forma de osso, são esclereídes alongadas, com as extremidades alargadas, lembrando a forma de um osso. Como exemplo temos as esclereídes da epiderme da semente das leguminosas;
4.      Macroesclereídes - células alongadas em forma de coluna que podem ser ramificadas ou não. Com exemplos, temos as esclereídes presentes no envoltório externo das sementes das leguminosas, por exemplo, em ervilha e feijão;
5.      Tricoesclereídes - esclereídes alongadas, semelhante a tricomas, ramificados ou não, quando ramificado, as ramificações estende-se ao interior de espaços intercelulares, como vistas nas folhas de Musa sp (bananeira); 
6.      Esclereídes Difuso - aparecem dispersos no mesofilo foliar;
7.      Esclereídes Terminais - surgem confinados no final de pequenas veias.

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 110 e 111 )


Bibliografia:
HENRIQUE, A.B. (org.). Botânica I. 3. ed. atual. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005. 243 p. v. 1.
CUTTER, E.G. 1986. Anatomia Vegetal. Parte I - Células e Tecidos. 2ª ed. Roca. São Paulo.
APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & Carmello-Guerreiro, S.M. 2003. Anatomia vegetal. UFV. Viçosa. 438p.


QUESTÕES DE BOTÂNICA - EXERCÍCIO 2



Questão 1:
Quais são os órgãos vegetativos da planta? Qual a origem e função de cada um deles?

Resposta:
 Nos níveis de organização da parte vegetativa das plantas vasculares com sementes ( Gimnospermas e Angiospermas), a morfologia vegetal está dividida em duas partes:
a.                   Parte Vegetativa: Raiz, Caule e Folhas;
b.                   Parte Reprodutiva: Fruto, Flores e Sementes.
    Com relação ao questionamento, devemos focar na parte vegetativa, que é composta por: Raiz, Caule e Folhas.
I)  Raiz:   
a.                  Origem: as raízes consideradas normais organizam-se da radícula do embrião durante a germinação da semente-raiz primária. Já as raízes secundárias, terciárias, quaternárias, etc., provém de origem endógena ou interna.
      As raízes que não surgem da radícula do embrião ou da radícula primária são denominadas adventícias e se formam a partir do caule.
b.      Função: a principal função da raiz é extrair a água e nutrientes do solo para manter a vegetação viva. Estes nutrientes são levados até as folhas através do Xilema, localizados no caule. As funções da raiz, são basicamente:
1.      - Fixação ao substrato;
2.      -  Absorver e transportar água;
3.      - Armazenar Nutrientes;
4.      - Nutrição da Planta.
II)  Caule:
a.                  Origem:  o caule dos Fanerógamos (espermatófitas) tem sua origem inicial na gêmula do caulículo do embrião e, posteriormente, sua formação ocorre pela atividade do meristema apical caulinar. É uma origem exógena, proveniente das gemas que auxiliam o caule.
b.                   Função:  o caule é responsável junto com as folhas por realizar a fotossíntese eficientemente. Além disso, tem a função de:
1.     - sustentar e conectar as raízes à parte superior da planta;
2.     - armazenar e reservar substâncias e energia para nutrir a planta;
3.     - dispor as folhas em posição favorável à iluminação;
4.     - servir de meio de transporte para a seiva;
5.     - reserva de amido e açúcar;
6.     - fornecer matéria para o uso industrial. 
 III) Folha:
a.                  Origem: inicialmente origina-se na gêmula do embrião da semente, uma origem endógena, posteriormente, ocorre nas gemas do caule, caracterizando uma origem exógena.
b.                  Função:  possui nervuras, que são responsáveis pelo transporte da seiva. Tem ainda as seguintes funções:
1.      - fotossíntese;
2.      - distribuição de alimentos;
3.      - respiração e transpiração;
4.      - sudação;
5.      - absorção da luz;
6.      - trocas gasosas;
7.      - prevenir a perda de água; 
8.      - produção de Carboidratos;
9.      - captação de CO2 e de O2.
Observação: 

 - O orvalho nada mais é que, a transpiração da folha, que libera água que ficou acumulada durante o dia e que é evaporada, formando gotículas à noite.

( Base para Resposta: - Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 202, 203, 207 e 2015. Mód.1 )

Questão 2:
O meristema que dará origem à coifa recebe o nome de caliptrogênio. Qual a relação da coifa com a região meristemática e com o crescimento da raiz?

Resposta:
·         A Coifa ou Caliptra apresenta uma forma de cone, que se encontra no fim da raiz.  A sua relação com a região meristemática é a de proteção. A coifa protege o meristema apical de eventuais danos durante a penetração no solo.
      A coifa se desenvolve continuamente, suas células são vivas na maturidade e portadoras de inúmeros grãos de amido. As células periféricas da coifa secretam um mucopolissacarídeo que auxilia  a penetração da raiz no solo durante seu crescimento. Ela também é a responsável pelo crescimento geotrópico positivo das raízes subterrâneas. Fato que se dá devido aos grandes e numerosos grãos de amido existentes (os estatolitos), que transmitem estímulos gravitacionais à membrana plasmática das células que os possuem. Estas  células se localizam na região central da coifa, e em algumas plantas recebe o nome de Columela.
       O meristema apical da raiz é uma região de intensa proliferação de células, sendo que o meristema que é responsável pelo crescimento em comprimento da raiz não é terminal, mas está como foi dito, protegido sob um capuz  celular, que se chama coifa e por isto é denominado de meristema subapical radicular.

( Base para Resposta:
       Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 79 – do Mód. 1 )


Questão 3:
Como ocorre a transição anatômica da estrutura primária de uma raiz para sua estrutura secundária?

Resposta:
·        O crescimento tem inicia com uma ruptura em seu corpo primário, quando feixes ligados ao floema primário são separados do xilema também primário, através da formação de elementos vasculares secundários por meio do câmbio vascular. O crescimento secundário da raiz e do caule consiste na formação de tecidos vasculares, a partir do câmbio vascular e da periderme, que é composta predominantemente de SUBER. Em raízes que apresentam crescimento secundário, o câmbio vascular se inicia por uma divisão das células do procâmbio que permanecem meristemáticas e estão localizadas  entre o xilema e o floema primário nas regiões de atividades cambial. Em seguida, as células do periciclo, opostas aos pólos do protoxilema, também se dividem e as células-irmãs internas, provenientes da divisão, contribuem para a formação do Câmbio vascular, que envolve totalmente a massa central de xilema. O Câmbio da raiz produz elementos do xilema para o interior e elementos do floema para o exterior. Através de uma atividade acentuada nas regiões situadas entre os raios de xilema, tais atividades são preenchidas  com elementos de parênquima radial. 
·         Na parte mais externa da raiz, o felogênio começa a dar origem à periderme. O felogênio irá formar o SUBER para o lado de fora e a feloderme para o lado de dentro, dando origem a epiderme.
           Observação;
                 A formação das raízes laterais é endógena, iniciando-se no periciclo. Durante o crescimento das raízes existe o incremento também em largura, quando ocorre diferenciação secundária da raiz. 

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág.  16 e 19. Mód.2 )



Questão 4:
Cite duas adaptações estruturais nas raízes das orquídeas que permitiram o seu desenvolvimento, indicando as suas respectivas funções. (Lembrando que as orquídeas podem sobreviver sem ter o contato direto com o solo).

Resposta:
 As orquídeas apresentam raízes aéreas, uma característica das plantas epífitas, ou seja: elas vivem sobre outras plantas, sem parasitá-las. São raízes assimiladoras, que apresentam as seguintes adaptações:
1.      - Clorofila:  o que proporciona a realização da Fotossíntese quando expostas a luz solar.
2.      -   Velame:  uma camada de células mortas que pode ter espessura variada dependendo do habitat em que vive, variando também de espécie para espécie, sua função é além de proteção a captação da água e nutrientes de forma positiva funcionando como uma “esponja” e também evitando que essa raiz exposta resseque facilmente. Atua também na adesão de raízes ao substrato.

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 25 – Módulo 2 )

Questão 5:  
Cite e explique a função dos principais macro e micronutrientes para o desenvolvimento e manutenção da planta.

Resposta:
      As plantas, necessitam de nutrientes para seu crescimento e desenvolvimento. Os componentes para o seu desenvolvimento são os mais variados  e foram divididos em dois grupos diferentes:
a.                  os Macronutrientes;
b.                  os Micronutrientes.
     Juntos, eles participam de todas as funções vitais da planta, auxiliando para que o vegetal perpetue com vigor e de forma saudável.
      São divididos em, macro e micronutrientes as substâncias que participam do metabolismo das plantas de algum modo. Essas substâncias são de caráter inorgânico. Elas encontram-se na maioria das vezes, no próprio solo, em quantidade variáveis.
A.                 Macronutrientes: possuem esse nome porque exigidos em maior quantidade pela planta. São eles: o Nitrogênio (N), o Potássio (K), o Cálcio (Ca), o Magnésio (Mg), o Fósforo (P) e o Enxofre (S), são elementos que se apresentam em maior concentração.
B.                     Micronutrientes: são necessários em menor número para as plantas, mais não deixam de ser tão importantes quanto os macronutrientes. São eles: o Cloro (CL), o Ferro (Fe), o Boro (B), o Manganês (Mn), o Zinco (Zn), o Cobre (Cu), o Níquel (Ni) e o Molibdênio (Mo).
     Cada nutriente age de uma forma específica na planta, de forma que o processo seja harmonioso e equilibrado.
FUNÇÕES DE CADA NUTRIENTE E SUA 
DEVIDA IMPORTÂNCIA  

I)  Funções dos Macronutrientes

  1.  Nitrogênio: indispensável para o desenvolvimento proteico, a sua falta acarreta a má formação celular, como exemplo podemos citar: o surgimento de frutas atrofiadas. São componentes:
a.                  de todos os aminoácidos ( bases nitrogenadas);
b.                  do metabolismo secundário ou especiais;
c.                  das proteínas ligadas ao DNA;
d.                 das proteínas ligadas ao lipídios;
e.                  das proteínas ligadas aos carboidratos;
f.                   das proteínas ligadas à flavina.
      Estão presentes em todas as proteínas e todas as enzimas, como:
a.                   no DNA e no RNA;
b.                   nos alcalóides;
c.                   nas Nucleoproteínas: regulam a expressão de genes;
d.                 nas Lipoproteínas: funcionamento e seletividade das membranas;
e.                   nos Carboidratos de reserva de sementes e órgãos de reserva;
f.                   nas Flavoproteínas ( grupos heme e citocromos ).

 2)   Potássio: auxilia na maturação dos níveis hídricos planta de acordo com a água disponível, em especial em períodos de seca. É um ativador enzimático em vegetais, atuando na:
a.                   reação de fosforilação;
b.                   síntese de ATP;
c.                  síntese de Carboidratos;
d.                 migração de fotoassimilados;
e.                  respiração;
f.                   síntese de proteínas;
g.                  regulação osmótica.
                    
3)  Cálcio (Ca):  auxilia no transporte de nutrientes e na síntese de enzimas. tem a função de:
a.                  estabilização celular;
b.                  garantir o funcionamento e seletividade celular;
c.                  sinalização em plantas, funcionando como um segundo mensageiro.
4) Magnésio (Mg ):  presente na composição da clorofila, auxilia na síntese de algumas enzimas. Tem uma função:
a.                  estrutural;
b.                  participação como co-fator enzimático;
c.                  auxilia na agregação e configuração dos ribossomos;
d.                 ativação dos aminoácidos, sendo primordial na síntese de proteínas.

5) Fósforo (P):  além da importância na formação da maioria das estruturas celulares da planta, como: crescimento, floração e formação das sementes, o fósforo tem a função vital de converter a energia solar em energia química, possibilitando assim, o processo de fotossíntese. Sua principal função é a transferência de energia.
   Observação:  
         O fósforo, funciona como moeda de troca de energia entre os compartimentos celulares, tanto na respiração com na fotossíntese.
6) Enxofre (S): é fundamental na composição celular dos cloroplastos. Tem a função de remover radicais livres, o que é muito importante para os animais como para os vegetais.

II) Funções dos Micronutrientes
1.      Cloro (CL): participa da fotossíntese e controle em meio hipotônico e hipertônico. É fundamental no mecanismo de regulação e do funcionamento dos Estômatos.

2.      Ferro (Fe): necessário na fotossíntese e funções associadas a enzimas. Tem a função de ativador:
a.                  de várias enzimas da síntese de proteínas;
b.                  do metabolismo de ácidos nucléicos;
c.                  da síntese de clorofila.
     
     3) Boro (B): auxilia na síntese de enzimas, transporte de
          glicose e divisão celular. Tem a importante função de:
            a)  auxiliar no formação de complexos orgânicos
                 estáveis;
           b) síntese de lignina na parede celular;
           c) metabolismo e transporte de açúcar;
           d)  metabolismo de ácidos nucléicos.
4)  Manganês (Mn): indispensável na produção das estruturas celulares responsáveis pela fotossíntese, os cloroplastos.
 Função de:
a.                  ativar enzimaticamente a síntese de proteínas;
b.                  ativar a fotossíntese;
c.                  formação de clorofila;
d.                 estruturação;
e.                  regulação.

5) Zinco (Zn): auxilia na síntese de diversas enzimas e transmissão do material genético. É ativador de várias enzimas de síntese, de:
a.                  triptofano, um precursor das auxinas ( hormônio vegetal);
b.                  remove radicais superóxidos (SOD);
c.                  RNAase e DNAase.

6) Cobre(Cu): indispensável na fotossíntese, produção de sementes e paredes celulares. É um ativador de várias enzimas de óxido-redução, atuando nos seguintes metabolismos:
a.                  do ácido ascórbico;
b.                  das oxidases do citocromo;
c.                  das enzimas da fotossíntese, como a plastocianina e a rubisco;
d.                 do superóxido des-mutase (SOD);
e.                  dos polifenóis;
f.                   do ácido abscísico ( hormônio vegetal ) - ABA.

7) Níquel (Ni): metaboliza o nitrogênio e estabiliza os níveis de uréia na planta.
Funções:
a.                  na atividade enzimática de ureases;
b.                  no metabolismo de nitrogênio (N) de enzimas ligantes de enxofre (S).

8) Molibdênio (Mo): auxilia na produção de aminoácidos.
   Função:  atua especificamente no metabolismo do nitrogênio (N).

( Base para Resposta:
Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 63 até 72. Mód.2 )

Questão 6:
Com relação a translocação de solutos orgânicos. Explique o que ocorreria, ao longo do tempo, se fosse retirado um anel completo da casca do tronco principal da árvore de eucalipto?

Resposta:
     Ao ser retirado um anel completo da casca do tronco principal da árvore de eucalipto, boa parte do floema é removido, e o xilema permanece praticamente intacto. Desta forma, a seiva elaborada ( açúcares ) produzida na fotossíntese não consegue chegar às raízes, que se localizam abaixo da região do corte e se acumulam acima dessa região. Desta forma, a água continua a entrar na planta, os açúcares continuam a ser produzidos, ou melhor, as folhas continuam a fazer fotossíntese e a transpiração, mais a raiz  passa a não receber mais a energia necessária ( alimento ) e, obviamente, começa a morrer e como conseqüência toda planta também começa a morrer. 

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 53. Mód.2 )

Questão 7:
Quais tecidos e órgãos que se comportam como drenos na planta? Justifique a sua resposta.

Resposta:
    Os tecidos e órgãos que se comportam como drenos nas plantas, são aqueles onde a taxa de crescimento é, ou está, muito alta, como os tecidos meristemáticos, que formam todo o corpo da planta com  crescimento indefinido, tal como os meristemas apicais de caules e raízes ou meristemas laterais, câmbio vascular e felogênio em plantas com crescimento secundário. Outros tipos de meristemas possuem crescimento determinado, como os florais e aqueles presentes nos frutos.
   Observação: 
1.      Dreno: órgãos vegetativos em crescimento como ápice das raízes e folhas jovens. Órgãos de reprodução e dispersão como frutos e sementes.
2.       Em uma folha que for atacada por uma praga, ela era fonte (produzia   elementos elaborados pela fotossíntese), porém depois do ataque se torna dreno, para recuperar-se  desse do ataque.

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 55. Mó.2 )

Questão 8:
Qual o elemento mineral essencial prioritário para as plantas? Cite duas de suas funções.

Resposta:
O elemento é:  NITROGÊNIO (N).
   O nitrogênio é um dos nutrientes mais exigidos quantitativamente pela maioria das plantas. Atua em todas as fases:
a.                  - crescimento;
b.                  - floração;
c.                  - frutificação.
          As plantas absorvem o Nitrogênio em suas formas iônicas. Entra principalmente na Constituição de compostos orgânicos, é um nutriente móvel. Em excesso provoca um crescimento vegetal acelerado, originando folhas de cor verde-escura, ocorre uma diminuição da resistência a doenças, um retardamento da floração e o ciclo de vida pode  ser reduzido.
        A carência de nitrogênio reduz o crescimento foliar, aumento do sistema radicular, provoca Clorose foliar, amarelecimento e queda das folhas, os ramos caulinares ficam avermelhados, os sintomas aparecem nas partes velhas da planta.
     Funções Marcantes:
   Componentes Estruturais:
1.       de Aminoácidos;
2.       de todas as Proteínas;
3.       de Aminoácidos.


( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 228 – Mód.2)

Questão 9:
Com relação às características anatômicas do caule, responda:

a) Cite quais são os meristemas presentes na estrutura primária e na estrutura secundária do caule, mencionando, respectivamente, quais tecidos eles originam.

Resposta:
 A estrutura interna do caule está organizada em três sistemas de tecidos:
a) revestimento;
b) fundamental;
c) vascular.
     Um caule em estrutura primária, quando observado em estrutura transversal, proporciona o reconhecimento de quatro regiões:
a.                  - Epiderme - sistema de revestimento;
b.                  - Córtex - sistema fundamental;
c.                  - Cilindro vascular - sistema vascular;
d.                 - Medula - sistema fundamental ( nem sempre presente nas Monocotiledôneas ).
             O crescimento secundário do caule, é proveniente do Câmbio e do Felogênio que, respectivamente, darão origem aos tecidos vasculares secundários ( sistema vascular ) e o novo tecido de revestimento, a periderme ( sistema de revestimento ).
      Através da retomada das divisões celulares no câmbio fascicular e no câmbio interfascicular. O câmbio passa a produzir cilindros de tecidos vasculares secundários, sendo o floema secundário para a periferia e xilema secundário para o interior, o que promove o isolamento da medula e do xilema primário no centro do caule. A adição de novos tecidos vasculares e o aumento diâmetro do caule geram grande tensão nos tecidos localizados externamente ao câmbio vascular. A epiderme e os tecidos do c´rtex tendem a romper, surgindo, nessas regiões, sucessivas peridermes para substituir o antigo tecido de revestimento. O floema primário também sofre as ações desse crescimento que ocorre de dentro para fora e vai sendo deslocado progressivamente, até ser esmagado, desativado e descartado pela instalação de uma nova periderme. 

(Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I- pág. 86, 93e 94.- Mod.2)

b) Cite no mínimo 3 características anatômicas (disposição e origem dos tecidos vegetais) que diferenciam caules de Dicotiledôneas e Monocotiledôneas.

Resposta:
1.      O caule das espécies vegetais Dicotiledôneas possuem crescimento quanto a espessura  e diversas plantas apresentam caule lenhoso ( que contém Lignina); 
2.       Os feixes vasculares dos caules das Dicotiledôneas estão dispostos de forma circular ou cilíndrica;
3.       O caule das Dicotiledôneas geralmente é ramificado;
4.       O caule das espécies vegetais Monocotiledôneas normalmente não cresce com relação a sua espessura, são herbáceos ( sem presença de Lignina - substância que concede ao caule estrutura lenhosa) e em formato de bulbos e rizomas ( caules subterrâneos que acumulam nutrientes para o desenvolvimento das plantas. 
5.      Os feixes vasculares dos caules das plantas  Monocotiledôneas aparecem dispostos de maneira irregular;
6.      O crescimento de galhos no caule das Monocotiledôneas é raro;
7.       Os feixes libero-lenhoso na Monocotiledôneas são espalhados.
Caule das Dicotiledôneas ( Eudicotiledôneas ) e Monocotiledôneas 

I)  Características que permitem a identificação de um caule de Dicotiledôneas: 

a.                  Feixes condutores dispostos num único anel;
b.                  Feixes condutores colaterais, ou seja o Xilema está junto do Floema;
c.                  Junto dos feixes condutores existem tecidos de suporte;

II) Características que permitem identificação  de um caule de Monocotiledôneas:
a.                   Feixes condutores dispersos  por todo o cilindro central;
b.                   Junto dos feixes condutores existem tecidos de suporte,  que pode ser:  
 i) esclerênquima;
ii)  colênquima;
  1.  Os feixes condutores são fechados, a sua diferenciação é centrífuga.

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 229. Mód.2 )

Questão 10:
Marque com um X apenas as afirmativas CORRETAS sobre a estrutura e adaptações do caule e identifique o erro das demais.

   A) Caules que apresentam apenas crescimento primário são normalmente denominados lenhosos, enquanto os que apresentam crescimento  primário e secundário são denominados herbáceos.
  Resposta: A =  ERRADO
      
Observação:
    O CORRETO É: 
 -  Caules que apresentam apenas crescimento primário são normalmente denominados  HERBÁCEOS, enquanto os que apresentam crescimento primário e secundário são denominados LENHSOS.   

( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 85 – Mod.2 )

B) Um caule em estrutura primária, quando examinado em seção transversal, permite o reconhecimento de quatro regiões distintas: epiderme (sistema de revestimento); córtex (sistema fundamental); cilindro vascular (sistema vascular) e medula (sistema fundamental).
          Resposta: B =  CORRETA
   
Observação:
( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 86 – Mod.2 )


C) O crescimento secundário do caule em Dicotiledôneas e Gimnospermas é
     proveniente da atividade do câmbio vascular e do felogênio que, respectivamente, 
     darão origem ao xilema e floema secundário, e ao novo tecido de revestimento,
     a periderme.
         Resposta:  C = CORRETA
  
 Observação:
   ( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 93 – Mod. 2 )


D) Os caules aquáticos possuem parênquima aquífero que auxiliam a planta
     no armazenamento de ar, tornando assim as trocas gasosas mais eficientes.
   Resposta: D = ERRADA
  
  Observação:
    O CORRETO É: 
         Parênquima aqüífero – é o tecido encontrado em plantas de ambiente seco. Ele ajuda a planta a ter mais resistência à falta água. Geralmente com raízes longas, essas plantas buscam água na parte mais profunda do solo e armazenam no parênquima aqüífero.  Já os caules aquáticos apresentam grandes espaços intercelulares, chamados aerênquima ( no córtex), que são espaços que se formam devido a destruição das paredes celulares e funcionam como reservatório de ar.
     ( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 104 – Mod.2 )


E) Os xilopódios são encontrados em plantas que vivem em regiões sujeitas a
     secas prolongadas e queimadas naturais, como a Caatinga e os Cerrados, e têm
     como principais funções o armazenamento de água e alimento, além de ser
     capaz de regenerar completamente as partes aéreas da planta.
         Resposta:  E = CORRETA
  
   Observação:
      ( Base para Resposta: Livro Texto da disciplina Botânica I – pág. 108 – Mod.2 )


Bibliografia:

HENRIQUE, A.B. (org.). Botânica I. 3. ed. atual. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005. 243 p. v. 1.

APEZZATO-DA-GLÓRIA, B. & CARMELLO-GUERREIRO, S.M. 2003. Anatomia Vegetal. Ed. UFV - Universidade Federal de Viçosa. Viçosa.
ESAU, K. 1960. Anatomia das Plantas com Sementes. Trad. 1973. Berta Lange de Morretes. Ed. Blucher, São Paulo.
SOUZA, L.A. 2003.  Morfologia e anatomia vegetal: células, tecidos órgãos e plântulas.UEPG.  Paraná. 258p.

HENRIQUES, Anaize Borges. Botânica I. Rio de Janeiro: Fundação CECIERJ, 2005. 240 p. v.2.

BRASIL, Educa. Tecidos Vegetais - Os Meristemas: Origem dos Tecidos. 2019. Disponível em: < http://www.anatomiavegetal.ib.ufu.br/exercicios-html/Default.htm>. Acesso em: 12 out. 2019.