O que é AIDS ( HIV)?
A AIDS, Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (sigla do inglês: Acquired Immune Deficiency Syndrome) se manifesta após a infecção do organismo humano pelo Vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV ( Human Immunodeficiency Vírus).
O vírus da imunodeficiência humana (HIV) é o agente causador da SIDA (síndrome da imunodeficiência adquirida) sendo um vírus linfotrópico com afinidade preferencial para os linfócitos T CD4+ (responsáveis, em parte, pelo controle do sistema imunológico).
De maneira análoga a outras viroses, o HIV é um parasita que se replica dentro das células hospedeiras, sendo que o tipo mais comum do vírus é conhecido como HIV-1 existindo outro tipo, o chamado HIV-2 que é, geralmente, menos virulento, produzindo, no entanto os mesmo efeitos registados para o HIV-1.
Síndrome
Grupo de sinais e sintomas que, uma vez considerados em conjunto, caracterizam uma doença.
Imunodeficiência
Inabilidade do sistema de defesa do organismo humano para se proteger contra microorganismos invasores, tais como: vírus, bactérias, protozoários, etc.
Adquirida
Não é congênita como no caso de outras imunodeficiências. A aids não é causada espontaneamente, mas por um fator externo (a infecção pelo HIV).
Este vírus tem período de incubação prolongado antes do surgimento dos sintomas da doença, infecção das células do sangue e do sistema nervoso e supressão do sistema imune.
A aids é uma doença complexa, uma síndrome, que não se caracteriza por um só sintoma. Na realidade, o vírus HIV destrói os linfócitos - células responsáveis pela defesa do organismo -, tornando a pessoa vulnerável a outras infecções e doenças oportunistas, chamadas assim por surgirem nos momentos em que o sistema imunológico do indivíduo está enfraquecido.
Há alguns anos, receber o diagnóstico de aids era quase uma sentença de morte. Atualmente, porém, a aids pode ser considerada uma doença de perfil crônico. Isto significa que é uma doença que não tem cura, mas tem tratamento e uma pessoa infectada pelo HIV pode viver com o vírus por um longo período, sem apresentar nenhum sintoma ou sinal.
Isso tem sido possível graças aos avanços tecnológicos e às pesquisas, que propiciam o desenvolvimento de medicamentos cada vez mais eficazes. Deve-se, também, à experiência obtida ao longo dos anos por profissionais de saúde. Todos estes fatores possibilitam aos portadores do vírus ter uma sobrevida cada vez maior e de melhor qualidade.
SIDA – a imunodeficiência
O sindroma da imunodeficiência adquirida (SIDA) traduz-se numa desordem clínica que representa a fase final de uma série de mudanças imunossupressivas. Estas resultam de um complexo conjunto de fenómenos aos quais o organismo é sujeito, resultantes da infecção pelo HIV.
Os primeiros casos de SIDA foram descritos inicialmente nos anos de 1981 nos EUA e de 1982 no Brasil.
Uma pessoa infectada pode sentir-se bem e demonstrar saúde até dez anos ou mais antes de surgirem os sintomas. Porém, quando a doença começa a manifestar-se, os primeiros sinais mais frequêntes são:
- Suor intenso, frequentemente à noite
- Febre diária que pode não ser muito alta
- Sensação constante de cançaso, mesmo estando em repouso
- Diarreia que não passa com medicamentos, podendo durar muito tempo
- Ínguas nas axilas, pescoço e virilhas que podem permanecer durante muito tempo
Na verdade, existem grande número de indivíduos que albergam o vírus e não o sabem.
A infecção pode dar-se por contacto sexual ou transfusão de sangue, estando este contaminado. Pode, ainda, transmitir-se no contacto com seringas infectadas no caso dos toxicodependentes .
Como se contrai o HIV?
O sêmen, o fluido vaginal e o sangue de uma pessoa com HIV podem contaminar outras pessoas. Manter relações sexuais sem o uso de preservativos e compartilhar agulhas e seringas não esterilizadas são consideradas atitudes de risco.
O bebê de uma mãe infectada pelo HIV pode adquirir o vírus durante a gestação e na hora do parto. O leite materno também pode transmitir o HIV, por isso recomenda-se às mães soropositivas não amamentar.
No passado, muitas pessoas contraíram o HIV ao receber sangue contaminado através de transfusão. Felizmente, atualmente todo o sangue a ser doado é examinado cuidadosamente.
Existem outras formas de se contrair o HIV?
O HIV não é transmitido pela saliva, suor ou lágrimas. Beijar e abraçar uma pessoa com HIV e compartilhar copos, pratos, talheres, roupas, toalhas e banheiro não oferecem risco. Também não se contrai o HIV através de picada de mosquito, ou com a tosse ou espirro de uma pessoa infectada.
O HIV não é transmitido através das relações sociais.
Tenho o HIV. E agora?
Se você fez o teste anti-HIV e descobriu que tem o vírus, o primeiro passo é procurar por atendimento médico específico. Provavelmente, você terá que fazer exames de sangue para detectar como está seu sistema imunológico e sua saúde
A importância dos exames laboratoriais:
Um dos itens mais importantes para avaliar como está seu sistema imunológico é o exame que detecta o nível de células CD4 (que coordenam a resposta do organismo às infecções) no sangue. O nível ideal varia muito de pessoa para pessoa, mas se houver menos de 200 células por miligrama de sangue, há o risco de ocorrerem infecções. Outro item importante a ser avaliado é a quantidade de HIV presente no sangue, detectada através de exame de carga viral. Quanto maior a quantidade de vírus, maior será o prejuízo para o sistema imunológico.
Tratamento
Infelizmente a medicina ainda não encontrou a cura para a Aids. O que temos hoje são medicamentos que fazem o controle do vírus na pessoa com a doença. Estes medicamentos melhoram a qualidade de vida do paciente, aumentando a sobrevida. O medicamento mais utilizado atualmente é o AZT ( zidovudina ) que é um bloqueador de transcriptase reversa. A principal função do AZT é impedir a reprodução do vírus da Aids ainda em sua fase inicial. Outros medicamentos usados no tratamento da Aids são : DDI ( didanosina ), DDC ( zalcitabina ), 3TC ( lamividina ) e D4T ( estavudina ). Embora eficientes no controle do vírus, estes medicamentos provocam efeitos colaterais significativos nos rins, fígado e sistema imunológico dos pacientes.
Cientistas do mundo todo estão trabalhando no desenvolvimento de uma vacina contra a Aids. Porém, existe uma grande dificuldade, pois o HIV possui uma capacidade de mutação muito grande, dificultando o trabalho dos cientistas no desenvolvimento de vacinas.
Você sabia?
- Dia 1 de dezembro comemora-se o Dia Mundial de Luta contra a Aids.