sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Momento Obstétrico

OBSTETRÍCIA EM RESUMO

Um resumo dos principais componentes obstétricos!

01. Quais são aos ossos da Bacia ?

Resp. : A bacia óssea ou pelve é o canal ósseo constituído pelos seguintes osso:

a. Sacro mediano e posterior;

b. Dois ossos ilíacos laterais e adiante:

- reunidos pelas articulações sacro-ilíacos atrás e a sínfise pubiana à frente.

Assim temos:

. Anteriormente - 02 púbis

. Lateralmente - 02 ilíacos

. Posteriormente – 01 sacro, 01 cóccige e 02 ísqueos.

Localização de cada osso

01. Ilíaco - se situa na face posterior-superior da pélvis. É o maior osso da pélvis e o

principal suporte das vísceras.

02. Púbis - se localiza na face frontal d pélvis.

03. Ísqueo - se situa na face postero-inferior da pélvis.

04. Sacro - localiza-se na face posterior.

05. Cóccige - localiza-se na face posterior.


02. Quais são as partes da bacia Óssea ?

Resp. : A bacia óssea compreende duas partes:

a. A Grande Bacia - localizada acima, entre as cristas ilíacas, esta parte, larga,

apresenta pouco interesse obstétrico;

b. A Pequena Bacia - localizada embaixo, situada sob as linhas inominadas. Esta

parte, estreita, é de grande importância para o Parto: é a

escavação pélvica, também chamada Bacia Óssea obstétrica.

Estas dias partes da Bacia Óssea são separadas por um anel rígido,

O Estreito Superior, de Grande Interesse Obstétrico.


03. Descreva a forma da Pequena Bacia .


Resp. : A pequena bacia, tem a forma de um Cone com:

a. um orifício de entrada - o estreito superior.

b. uma cavidade – a escavação pélvica.

c. Um orifício de saída: o estreito inferior.


04. Quais são os principais Estreitos?

Resp.: São 03 ( treis ) estreitos a saber:

a. Estreito superior.

b. Estreito Médio.

c. Estreito Inferior

Vejamos uma simples descrição de cada um :

01. Estreito superior

Vai do promontório à borda superior da sínfise-púbica.

A importância do Estreito Superior é fundamental, sua passagem pela apresentação

Define o encaixe. Tem a forma oval, cujo círculo ideal teria um diâmetro de cerca de 12 cm.

02. Estreito Médio

Constitui o plano de menor dimensão da escavação, e passa ao nível das espinhas-isquiáticas

Ou ciáticas.


03. Estreito Inferior



Vai da borda inferior da sínfise-púbica a ponta do cóccige ( articulação sacrococcígea, depois da

Repulsão do cóccige no parto ).




O estreito Inferior tem a forma de um losango, com grande eixo antero-posterior; na verdade,grosseiramente arredondado. Suas dimensões, são sensivelmente iguais a 11 cm em todos os sentidos.


05. Descreva os Principais Diâmetros de cada Estreito.

Resp.:

I- Com Relação a Grande Bacia :

a. Diâmetro Bicrista-ilíaca (BC):

- Vai da parte mais saliente, de uma crista ilíaca, à do lado oposto, e mede aproximadamente 28 cm.

b. Diâmetro Biespinha-ilíaca (BE):

- Vai de uma espinha ilíaca anterosuperior, à do lado oposto, e mede aproximadamente 24 cm.

c. Diâmetro Anteroposterior (Diâmetro de Boudelocque):

- Vai da fosseta situada abaixo da apófise espinhosa da última vértebra lombar, à borda superior da sínfise

púbica, e mede aproximadamente 20 cm.

II- Com Relação a Pequena Bacia

A. Diâmetro de Estreito Superior:

a. Antero-posterior ou promontorretropubiano:

- Vai do promontório a borda superior da sínfise-púbica, chamada conjugata VERA ANATÔMICA, mede

Aproximadamente 11 cm.

b. Transverso Máximo ou Mediano:

- vai do ponto mais afastado da linha inominada ao lado oposto. Situado habitualmente na junção 1/3 posterior

com os 2/3 anteriores do diâmetro Antero-posterior, mede aproximadamente de 13 a 13,5 cm. Está situado muito para trás para ser utilizado pela apresentação.

c. Diâmetro Oblíquos:

- Vai de um ponto correspondente à articulação sacroilíaca a eminência ileopectínea do lado oposto,

e mede aproximadamente de 12 a 12,75 cm.

É o diâmetro oblíquo E, muito útil, Istoé partindo da eminência ileopectínea E, o mais comumente utilizado.

B. Diâmetro do rstreito Médio:

a. Antero-Posterior

- Vai do subsacro ao subpúbico, e mede aproximadamente 12 cm.

b. Transverso Biespinha-Ciática

- Vai de uma espinha ciática a outra, e mede aproximadamente 10,5 cm.

C. Diâmetro do Estreito Inferior

a. Antero-Posterior (subcóccix – subpúbico ):

- Vai da ponta do cóccix até a borda inferior da sínfise púbica, e mede aproximadamente 9,5 cm, mais pode atingir

de 11 a 12 cm quando o cóccix está retrovertido.

b. Transverso ou Bi-isquiático:

- Vai do ponto de maior espessura da tuberosidade Isquiática ao lado oposto, e mede aproximadamente 11 cm.


06. Quais são as Membranas Fetais ?

Resp.: Âmnio e Córion


07. O que vem a ser Anexos Fetais?

Resp.: Anexos fetais é tudo que envolve diretamente o embrião e o feto. Compreende, portanto, as membranas,

córion e âmnio, que contém o líquido amniótico, o cordão umbilical e, sobretudo, a placenta.


08. Descreva e dê a função de cada Membrana Fetal.

Resp.: Como foi dito as membranas fetais são : Âmnio e Córion.

Vejamos cada uma :

A. Âmnio

- É a membrana mais interna, começa a se desenvolver por volta de 2ª semana. Envolve o embrião em um saco membranoso antes do corpo tomar forma. Esse saco recai sobre o cordão umbilical formando, assim, a sua

Cobertura externa. Primeiro há um espaço entre o âmnio e o cório, com a progressão da gravidez estes se fundem.

O âminio é composto de um epitélio e da camada de tecido subjacente.

Funções do Âmnio

a. Proteção contra choques;

b. Proteção contra desidratação do embrião;

c. Proteção contra infecções.

B. Córion

- É a membrana mais externa. Forma-se a medida que a implantação do embrião ocorre.

No início as vilosidades coriônicas são distribuídas pelo cório, essas vilosidades aumentam à absorção de nutrientes. A medida que a decídua capsular vai sendo empurrada para fora, as vilosidades em contato com a decídua capsular, tendem à atrofiar e desaparecer: cório liso, mas, no local onde o cório está em contato com a decídua basal, as vilosidades tornam-se abundantes.

A placenta se desenvolve nesse local ----------- Córion frondoso.

Funções do Córion

a. Proteção contra choques;

b. Proteção contra desidratação;

c. Proteção contra infecções.


09. Descreva sobre o Cordão Umbilical.

Resp.: O Cordão umbilical desenvolve-se com o feto, no termo, mede aproximadamente 55cm e pode variar

de 30 a 100 cm, o seu diâmetro varia de 01 a 02 cm.

É úmido, branco, leitoso, e freqüentemente apresenta tem aspecto torcido ou espiralado. Ele é formado

De tecido conjuntivo mucoide ou indiferenciado, e este tecido é composto por uma substância gelatinosa, a

Geléia de WHARTON, que envolve os vasos e forma o restante do interior do cordão.

Nesta geléia correm os vasos umbilicais remanescentes das vesículas alantóide e vitelínea. O cordão

possui 02 (duas) artérias e 01 (uma) veia. As artérias carream sangue venoso e a veia sangue arterial.

Logo, flui do feto, das 02 (duas) artérias umbilicais para a placenta o sangue impuro, e da placenta

através da veia flui o sangue oxigenado e com nutrientes para o feto.

Eventualmente o cordão umbilical pode apresentar apenas 01 (uma) artéria e 01 (uma) veia, fato associado

Com anomalias congênitos do feto.


10. Qual a função do Cordão Umbilical ?

Resp.: Funções do Cordão Umbilical

a. Suprir o feto de Nutrientes e de Oxigênio, e retirar dele as substâncias que forem excedentes.

b. Carrear sangue para fazer as trocas necessárias ao feto.


11. Descreva sobe o Líquido Amniótico .

Resp. : O líquido amniótico circunda todo o embrião. No início da gravidez o líquido é semelhante ao plasma materno, mas, com o decorrer da gravidez o feto tende a modificar a composição do mesmo. O feto ingere o líquido e elimina a sua urina hipotônica, tornando-o hipotônico.

Não se dá acúmulo estático de líquido ao redor do feto. Ele é substituído em 500 ml por hora e 01 vez a cada 03 horas. A sua quantidade é aumentada conforme o embrião se desenvolve, sendo que no final da gravidez pode atingir um volume de + ou – 850 ml.

Composição do Líquido Amniótico

a. 98% de água;

b. 01% a 02% de sódio orgânico e inorgânico;

c. Líquido;

d. Glicose;

e. Eletrólitos;

f. Hormônios;

g. Enzimas;

h. Proteínas;

i. Uréia, Creatinína e ácido úrico;

j. Células fetais descamadas;

k. Células epiteliais.

Assim,

O líquido amniótico é totalmente puro e cristalino. Nenhuma classe de micróbios pode chegar até ele enquanto as diversas membranas que o envolvem permanecem intactas.

Mantém intacta toda a sua pureza, apesar de lhe chegar urina, suor e outras substâncias residuais da criança, visto que em cada momento se renova totalmente.


12. Quais são as funções do Líquido Âminiótico ?

Resp.: O líquido amniótico serve a uma variedade de efeitos, todos, possibilitam um ambiente favorável ao desenvolvimento fetal intra-uterina:

a. Auxilia a eliminação de excreção do tubo respiratório e dos rins;

b. Permite o feto se mover com facilidade;

c. Protege contra possíveis lesões;

d. Mantém a temperatura uniforme (protege contra o frio e contra o calor);

e. Assegura a hidratação dos tecidos do feto;

f. Impede que o saco amniótico adira a criança originando deformações;

g. Isola o feto de exterior;

h. Atua como amortecedor, permitindo que o feto mova-se comodamente para ele e sua progenitora.


13. Cite 04 causas do Abortamento Espontâneo.

Resp.: As causas do abortamento espontâneo pode ser:

a. Causas ovulares;

b. Causas maternas;

c. Causas paternas.

Vejamos cada uma :

I. Causas Ovulares

a. Anomalias incompatíveis com o prosseguimento da gestação;

b. Alterações da implantação ovular;

c. Pólihidrâmnio;

d. Defeito intrínseco de grau variado no ovo (mola hidatiforme).

OBSERVAÇÃO :

Alteração da implantação ovular, causada por:

a. Inserção baixa da placenta;

b. Deslocamento prematuro da placenta;

c. Infecções, por exemplo: Sífilis.

II. Causas Maternas

a. Insuficiência da Progesterona produzida pelo corpo Lúteo;

b. Apoplasia uterina ou útero infantil;

c. Mioma uterino;

d. Retroversão uterina (fundo de útero par frente e o colo para trás);

e. Incompetência do Orifício Ístimo-cervical.

f. Fatores Psíquicos.

III. Causas Paternas

É difícil documentar, e não são conhecidos por todos os autores. Seriam anomalias do Espermatozóide (SPTZ).


14. Discutir a conduta terapêutica do Abortamento Evitável.

Deve-se utilizar as seguintes condutas:

a. Solicitar repouso relativo, de acordo com a gravidade;

b. Proibição absoluta do coito;

c. Procurar tranqüilizar a gestante;

d. Nas gestantes com cólicas: deve-se administrar substâncias anti-espasmódicas e analgésicas;

e. Administrar Medicações prescritas.

Observação :

Geralmente administra-se : Alupent / Aerolin / Bricanyl.

Possologia do Alupent para Obstetrícia

a. 10 ampolas em 500 ml de S.G. à 5% ou S.F à 0,9%, indica-se com 20 gotas por minutos;

É comum fazer 03 ampolas em 500ml de S.G à 5%, com 20 gotas por minutos. Se necessário aumentar o gotejamento, de acordo com a resposta pélvica.

b. Em urgência Extrema:

- administrar 01 ampola EV, diluída em 5 ml de S.F à 0,9% ( Inibe as contrações após 01 ou 02 minutos).

c. Em Abortamento Evitável :

- Administrar 01 ampola IM, 03 a 04 vezes ao dia, nos primeiros dias.

d. Manutenção : No Abortamento Evitável.

- Administrar 01 comprimido, 03 vezes ao dia.


15. Quais são os principais Sinais e Sintomas do Abortamento Inevitável?

Resp.: São os mesmos sintomas do abortamento evitável, porém em um grau mais intenso. Assim:

a. O sangramento vem em coágulos e de cor viva;

b. A dor é mais intensa;

c. A contração é mais intensa;

d. Há dilatação cervical.


16. Faça um Plano Assistencial de Enfermagem para o Abortamento Inevitável.

Assistência de Enfermagem no Abortamento Inevitável

a. Controlar Sinais Vitais;

b. Observar e anotar quantidade,aspecto e intensidade do sangramento;

c. Observar e prevenir o estado de choque;

d. Colher amostra de sangue para exames;

e. Caso seja prescrito administração de sangue, observar e prevenir as reações adversas: rubor, formigamento, comichão, etc...;

f. Auxiliar durante os exames;

g. Administrar medicações prescritas e controlar gotejamento, observar as sintomatologias;

h. Auxiliar durante a curetagem quando ocorrer;

i. Se após a curetagem for prescrito Meterghin, observar o valor da Pressão Aterial (PA) antes de administrrar;

j. Dar apoio emocional.


17. Cite e descreva as 03 (três) fases Clínicas do Parto.

São 03 as fases clínicas do Parto: dilatação, expulsão e delivramento ou secundamento.

Vejamos cada uma das fases :

a) Dilatação :

- é todo mecanismo até chegar a expulsão e posteriormente ao delivramento. Inicia-se com as contrações dolorosas, que começam de modificar ativamente a cérvice, e termina quando a sua ampliação está completa (10 cm).

Durante o 1º período abre-se o diafrágma cérvico-segmentário e se forma o canal do parto, isto é, continuidade do trajeto útero-vaginal. Para haver o parto há uma dilatação de 01 a 10 cem.

b) Expulsão:

- é a fase do nascimento, é a fase de transição, onde há o ápice das contrações.

Se inicia quando a dilatação está completa e encerra com a saída do feto. Caracteriza-se, pela sincronia das metrosistoles, da força contrátil do diafragma e da parede abdominal.

b) Delivramento ou Secundamento ou Alumbramento :

- é o deslocamento, descida e expulsão da placenta.

Se processa após o desprendimento do feto, e se caracteriza pelo deslocamento, dequitção, pela descida e pela expulsão da placenta e de suas páreas para fora das vias genitais.


18. Fazer um Plano Assistencial para a 1ª fase Clínica do Parto.

Assistência de Enfermagem na 1ª Fase do Parto

a. Verificr Sinais vitais;

b. Fazer higienização caso seja necessário;

c. Medir o fundo de útero;

d. Fazer exame de Enfermagem;

e. Observar e anotar as perdas:

- tampão mucoso,

- líquido amniótico,

- sangramento (anotar aspecto, cor, intensidade, etc...),

f. Auscutar e anotar os Batimentos Cárdio-Fetais (BCF);

g. Observar se a gestante está urinando, caso não esteja, fazer as manobras

para induzir a micção, caso não consiga, fazer cateterismo de alívio;

h. Observar e anotar as metrosistoles, anotando a intensidade, freqüência e

duração das contrações em 10 minutos;

i. Orientar quanto a importância da respiração durante as contrações;

j. Orientar quanto a importância da posição em D.L.E., que evita a compressão

da VCI, facilitando a circulação;

k. Administrara medicação prescrita, observando e controlando o gotejamento, e as reações;

l. Colher material para exame caso a parturiente não tenha feito pré-natal ( fator Rh, Grupo

Sanguíneo, VDRL, HIV, etc...);

m. Observar e anotar Sinais e Sintomas que caracterizam o inínio da 2ª fase do parto:

a. Sensação de evacuar;

b. Aumento da intensidade das contrações;

c. Abaulamento do períneo ( a vulva se entreabre, anus se dilata).


19. Fazer um Plano Assistencial para a 3ª Fase Clínica do parto.

Vejamos:

a. Verificar Sinais vitais;

b. Colher material para análise de sangue placentário;

c. Inspecionar placenta;

d. Medir e anota a mensuração do cordão umbilical;

e. Pesar a placenta;

f. Auxiliar durante a epísiotomia;

g. Administrar medicações indicadas, sempre após a verificação da PA (geralmente há indicação de Meterghin);

h. Fazer higiene da parturiente e inspecionar e anotar alterações na vulva;

i. Aquecer a parturiente e encaminhar para a unidade (enfermaria);

j. Anotar os fatos ocorridos durante o parto.


20. Faça um plano Assistencial para a Parturiente do Puerpério.

a. Verificar Sinais Vitais ( TPR e PA);

b. Observar e anotar a cor, aspecto ea presença dos lóquios;

c. Atentar para anormalidades com: aumento de temperatura, hemoragias, etc... ;

d. Fazer e anotar o exame físico de Enfermagem;

e. Verificar posição, consistência e involução uterina;

f. Verificar e anotar peso, perímetro abdominal;

g. Orientar quanto a prisão de ventre, e estimular a ingesta de alimentos ricos em fibras a partir do 3º dia do puerpério;

h. Administrar analgésico se prescrito, para amenizar as “dores pós-parto”;

i. No 1º dia pós-parto, fazer lavagem extrerna asséptica;

j. Orientar quanto a importância do esvaziamento dos seios;

k. Orientar quanto a importância da higiene dos seios;

l. Orientar a importância do uso de Sutiã;

m. Dar apoio emocional;

n. Orientar quanto da necessidade e a importância de uma Puerpério bem feito;

o. Orientar quanto a existência dos métodos contraceptivos.


21. Descreva sobre a estática Fetal, Atitude, Situação, Apresentação e Posição.

A. ESTÁTICA FETAL:

É as relações do produto conceptual com a bacia e com o útero. É o estudo que permite o conhecimento da nomenclatura obstétrica.

B. ATITUDE OU HÁBITO FETAL:

É a relação das diversas partes do feto entre si. Graças a flexibilidade da coluna vertebral e à articulação occípto-vertebral, o feto se aloja na cavidade uterina em atitude de flexão generalizada, isto é, a coluna vertebral encurvada no seu todo e a cabeça com o mento aproximado da face anterior do tórax, o que dá ao concepto a forma ovóide, o ovóide fetal, que apresenta então dois pólos: cefálico e pélvico.

C. RELAÇÃO ENTRE AS PARTES FETAL E A DA MÃE:

A. Situação :

É a relação entre os eixos longitudinais fetal e uterino, e pode ser:

a. longitudinal,

b. transverso,

c. oblíquo ou inclinado.

B. Apresentação :

É a relação fetal ou parte fetal que se coloca no estreito superior. E pode ser:

a. Cefálica ou Pélvica: se numa situação longitudinal;

b. Acromial ou Ombrinho: se numa situação oblóqua, se for de cabeça para baixo, na posição trocanteana.

C. Posição:

É a relação do dorso fetal com o lado direito (D) ou esquerdo (E) da mãe. Para tal análise usa-se a linha imaginária de Ribmont.


ULTRASONOGRAFIA (US) ou ULTRA-SOM

A ultra-sonografia é um exame que necessita de dados complementares para a sua interpretação próxima da realidade. Ela utiliza tabelas, que normalmente nõ está a semelhança do biótipo do homem brasileiro, assim a sua interpretação deve levar em consideração as características dos pais. Podemos observar, que o nordestino normalmente apresenta cabeça grande, que a mulher brasileira normalmente, dependendo da região apresenta uma pequena estatura, tudo isso mostra distorção dos dados obtidos quando comparado com a tabela. Assim o examinador deve levar em conta todas estas diferenças durante o exame para, dar um diagnóstico próximo da realidade.

Em caso para determinar possíveis gravidez, o examinador deve ter dados complementares para fornecer um diagnóstico próximo da verdade.

Deve obter:

a. Resultado do TIG,

b. Consistência do colo uterino,

c. Data da última menstruação;

d. E através destes dados associados a imagem da US, chega-se a um diagnóstico de gravidez ou não.

O que se observa, é que as pessoas solicitam a US sem fornecer os dados básicos necessários, para que associados a imagem, o examinador obtenha um diagnóstico próximo da realidade.

Ultra-Som

O uso do ultra-som na prática obstétrica classifica-se em duas categorias gerais:

A . Avaliação do feto em Risco;

B . A triagem rotineira de todos os fetos.

A triagem da avaliação do feto em risco inclui a (o):

a. determinação de anomalias fetais pela visualização da anatomia do feto;

b. localização de depósitos de líquido amniótico a aminiocentese;

c. determinação da idade gestacional;

d. diagnóstico de apresentações fetais anormais;

e. implantes anormais da placenta;

f. identificação do retardo de crescimento intra-uterino.

Vários autores recomendam que todos os fetos sejam examinados durante a primeira metade da gravidez como um meio para avaliar a idade gestacional, detectar as gestações gemelares e múltiplas, descobrir abortos retidos, molas hidatiformes e outras gestações não viáveis, e detectar anomalias fetais.

Avaliação da Idade Gestacional

Mede-se o comprimento cabeça-nádega; posteriormente mede-se o diâmetro bi-parietal (DBO) da cabeça do feto. Essas medidas são comparadas em um normograma para determinar a idade gestacional.

Retardamento do Crescimento Intra-Uterino (RCIU)

Estão sendo estudadas várias dimensões fetais. Entre essas estão o cote transverso do abdome como medida do tamanho do fígado, um dos órgãos mais diminuídos de tamanho pelo RCIU, comprimento femoral e várias associações de medidas destinadas à avaliar o peso fetal.

Anomalias Fetais

a. Movimentos respiratórios;

b. Atividade cardíaca;

c. Fluxo sangüíneo pelos grandes vasos;

d. Esvaziamento e enchimento da bexiga.

Podem detectar-se anomalias estruturais como:

a. Espinha bífida;

b. Membros anormais;

c. Tumores.

A ultra-som quando bem utilizada é um instrumento valiosíssimo para a saúde e bem estar da gestação.


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