OBSTETRÍCIA EM RESUMO
Um resumo dos principais componentes obstétricos!
01. Quais são aos ossos da Bacia ?
Resp. : A bacia óssea ou pelve é o canal ósseo constituído pelos seguintes osso:
a. Sacro mediano e posterior;
b. Dois ossos ilíacos laterais e adiante:
- reunidos pelas articulações sacro-ilíacos atrás e a sínfise pubiana à frente.
Assim temos:
. Anteriormente - 02 púbis
. Lateralmente - 02 ilíacos
. Posteriormente – 01 sacro, 01 cóccige e 02 ísqueos.
Localização de cada osso
01. Ilíaco - se situa na face posterior-superior da pélvis. É o maior osso da pélvis e o
principal suporte das vísceras.
02. Púbis - se localiza na face frontal d pélvis.
03. Ísqueo - se situa na face postero-inferior da pélvis.
04. Sacro - localiza-se na face posterior.
05. Cóccige - localiza-se na face posterior.
02. Quais são as partes da bacia Óssea ?
Resp. : A bacia óssea compreende duas partes:
a. A Grande Bacia - localizada acima, entre as cristas ilíacas, esta parte, larga,
apresenta pouco interesse obstétrico;
b. A Pequena Bacia - localizada embaixo, situada sob as linhas inominadas. Esta
parte, estreita, é de grande importância para o Parto: é a
escavação pélvica, também chamada Bacia Óssea obstétrica.
Estas dias partes da Bacia Óssea são separadas por um anel rígido,
O Estreito Superior, de Grande Interesse Obstétrico.
03. Descreva a forma da Pequena Bacia .
Resp. : A pequena bacia, tem a forma de um Cone com:
a. um orifício de entrada - o estreito superior.
b. uma cavidade – a escavação pélvica.
c. Um orifício de saída: o estreito inferior.
04. Quais são os principais Estreitos?
Resp.: São 03 ( treis ) estreitos a saber:
a. Estreito superior.
b. Estreito Médio.
c. Estreito Inferior
Vejamos uma simples descrição de cada um :
01. Estreito superior
Vai do promontório à borda superior da sínfise-púbica.
A importância do Estreito Superior é fundamental, sua passagem pela apresentação
Define o encaixe. Tem a forma oval, cujo círculo ideal teria um diâmetro de cerca de 12 cm.
02. Estreito Médio
Constitui o plano de menor dimensão da escavação, e passa ao nível das espinhas-isquiáticas
Ou ciáticas.
03. Estreito Inferior
Vai da borda inferior da sínfise-púbica a ponta do cóccige ( articulação sacrococcígea, depois da
Repulsão do cóccige no parto ).
O estreito Inferior tem a forma de um losango, com grande eixo antero-posterior; na verdade,grosseiramente arredondado. Suas dimensões, são sensivelmente iguais a 11 cm em todos os sentidos.
05. Descreva os Principais Diâmetros de cada Estreito.
Resp.:
I- Com Relação a Grande Bacia :
a. Diâmetro Bicrista-ilíaca (BC):
- Vai da parte mais saliente, de uma crista ilíaca, à do lado oposto, e mede aproximadamente 28 cm.
b. Diâmetro Biespinha-ilíaca (BE):
- Vai de uma espinha ilíaca anterosuperior, à do lado oposto, e mede aproximadamente 24 cm.
c. Diâmetro Anteroposterior (Diâmetro de Boudelocque):
- Vai da fosseta situada abaixo da apófise espinhosa da última vértebra lombar, à borda superior da sínfise
púbica, e mede aproximadamente 20 cm.
II- Com Relação a Pequena Bacia
A. Diâmetro de Estreito Superior:
a. Antero-posterior ou promontorretropubiano:
- Vai do promontório a borda superior da sínfise-púbica, chamada conjugata VERA ANATÔMICA, mede
Aproximadamente 11 cm.
b. Transverso Máximo ou Mediano:
- vai do ponto mais afastado da linha inominada ao lado oposto. Situado habitualmente na junção 1/3 posterior
com os 2/3 anteriores do diâmetro Antero-posterior, mede aproximadamente de 13 a 13,5 cm. Está situado muito para trás para ser utilizado pela apresentação.
c. Diâmetro Oblíquos:
- Vai de um ponto correspondente à articulação sacroilíaca a eminência ileopectínea do lado oposto,
e mede aproximadamente de 12 a 12,75 cm.
É o diâmetro oblíquo E, muito útil, Istoé partindo da eminência ileopectínea E, o mais comumente utilizado.
B. Diâmetro do rstreito Médio:
a. Antero-Posterior
- Vai do subsacro ao subpúbico, e mede aproximadamente 12 cm.
b. Transverso Biespinha-Ciática
- Vai de uma espinha ciática a outra, e mede aproximadamente 10,5 cm.
C. Diâmetro do Estreito Inferior
a. Antero-Posterior (subcóccix – subpúbico ):
- Vai da ponta do cóccix até a borda inferior da sínfise púbica, e mede aproximadamente 9,5 cm, mais pode atingir
de 11 a 12 cm quando o cóccix está retrovertido.
b. Transverso ou Bi-isquiático:
- Vai do ponto de maior espessura da tuberosidade Isquiática ao lado oposto, e mede aproximadamente 11 cm.
06. Quais são as Membranas Fetais ?
Resp.: Âmnio e Córion
07. O que vem a ser Anexos Fetais?
Resp.: Anexos fetais é tudo que envolve diretamente o embrião e o feto. Compreende, portanto, as membranas,
córion e âmnio, que contém o líquido amniótico, o cordão umbilical e, sobretudo, a placenta.
08. Descreva e dê a função de cada Membrana Fetal.
Resp.: Como foi dito as membranas fetais são : Âmnio e Córion.
Vejamos cada uma :
A. Âmnio
- É a membrana mais interna, começa a se desenvolver por volta de 2ª semana. Envolve o embrião em um saco membranoso antes do corpo tomar forma. Esse saco recai sobre o cordão umbilical formando, assim, a sua
Cobertura externa. Primeiro há um espaço entre o âmnio e o cório, com a progressão da gravidez estes se fundem.
O âminio é composto de um epitélio e da camada de tecido subjacente.
Funções do Âmnio
a. Proteção contra choques;
b. Proteção contra desidratação do embrião;
c. Proteção contra infecções.
B. Córion
- É a membrana mais externa. Forma-se a medida que a implantação do embrião ocorre.
No início as vilosidades coriônicas são distribuídas pelo cório, essas vilosidades aumentam à absorção de nutrientes. A medida que a decídua capsular vai sendo empurrada para fora, as vilosidades em contato com a decídua capsular, tendem à atrofiar e desaparecer: cório liso, mas, no local onde o cório está em contato com a decídua basal, as vilosidades tornam-se abundantes.
A placenta se desenvolve nesse local ----------- Córion frondoso.
Funções do Córion
a. Proteção contra choques;
b. Proteção contra desidratação;
c. Proteção contra infecções.
09. Descreva sobre o Cordão Umbilical.
Resp.: O Cordão umbilical desenvolve-se com o feto, no termo, mede aproximadamente 55cm e pode variar
de 30 a 100 cm, o seu diâmetro varia de 01 a 02 cm.
É úmido, branco, leitoso, e freqüentemente apresenta tem aspecto torcido ou espiralado. Ele é formado
De tecido conjuntivo mucoide ou indiferenciado, e este tecido é composto por uma substância gelatinosa, a
Geléia de WHARTON, que envolve os vasos e forma o restante do interior do cordão.
Nesta geléia correm os vasos umbilicais remanescentes das vesículas alantóide e vitelínea. O cordão
possui 02 (duas) artérias e 01 (uma) veia. As artérias carream sangue venoso e a veia sangue arterial.
Logo, flui do feto, das 02 (duas) artérias umbilicais para a placenta o sangue impuro, e da placenta
através da veia flui o sangue oxigenado e com nutrientes para o feto.
Eventualmente o cordão umbilical pode apresentar apenas 01 (uma) artéria e 01 (uma) veia, fato associado
Com anomalias congênitos do feto.
10. Qual a função do Cordão Umbilical ?
Resp.: Funções do Cordão Umbilical
a. Suprir o feto de Nutrientes e de Oxigênio, e retirar dele as substâncias que forem excedentes.
b. Carrear sangue para fazer as trocas necessárias ao feto.
11. Descreva sobe o Líquido Amniótico .
Resp. : O líquido amniótico circunda todo o embrião. No início da gravidez o líquido é semelhante ao plasma materno, mas, com o decorrer da gravidez o feto tende a modificar a composição do mesmo. O feto ingere o líquido e elimina a sua urina hipotônica, tornando-o hipotônico.
Não se dá acúmulo estático de líquido ao redor do feto. Ele é substituído em 500 ml por hora e 01 vez a cada 03 horas. A sua quantidade é aumentada conforme o embrião se desenvolve, sendo que no final da gravidez pode atingir um volume de + ou – 850 ml.
Composição do Líquido Amniótico
a. 98% de água;
b. 01% a 02% de sódio orgânico e inorgânico;
c. Líquido;
d. Glicose;
e. Eletrólitos;
f. Hormônios;
g. Enzimas;
h. Proteínas;
i. Uréia, Creatinína e ácido úrico;
j. Células fetais descamadas;
k. Células epiteliais.
Assim,
O líquido amniótico é totalmente puro e cristalino. Nenhuma classe de micróbios pode chegar até ele enquanto as diversas membranas que o envolvem permanecem intactas.
Mantém intacta toda a sua pureza, apesar de lhe chegar urina, suor e outras substâncias residuais da criança, visto que em cada momento se renova totalmente.
12. Quais são as funções do Líquido Âminiótico ?
Resp.: O líquido amniótico serve a uma variedade de efeitos, todos, possibilitam um ambiente favorável ao desenvolvimento fetal intra-uterina:
a. Auxilia a eliminação de excreção do tubo respiratório e dos rins;
b. Permite o feto se mover com facilidade;
c. Protege contra possíveis lesões;
d. Mantém a temperatura uniforme (protege contra o frio e contra o calor);
e. Assegura a hidratação dos tecidos do feto;
f. Impede que o saco amniótico adira a criança originando deformações;
g. Isola o feto de exterior;
h. Atua como amortecedor, permitindo que o feto mova-se comodamente para ele e sua progenitora.
13. Cite 04 causas do Abortamento Espontâneo.
Resp.: As causas do abortamento espontâneo pode ser:
a. Causas ovulares;
b. Causas maternas;
c. Causas paternas.
Vejamos cada uma :
I. Causas Ovulares
a. Anomalias incompatíveis com o prosseguimento da gestação;
b. Alterações da implantação ovular;
c. Pólihidrâmnio;
d. Defeito intrínseco de grau variado no ovo (mola hidatiforme).
OBSERVAÇÃO :
Alteração da implantação ovular, causada por:
a. Inserção baixa da placenta;
b. Deslocamento prematuro da placenta;
c. Infecções, por exemplo: Sífilis.
II. Causas Maternas
a. Insuficiência da Progesterona produzida pelo corpo Lúteo;
b. Apoplasia uterina ou útero infantil;
c. Mioma uterino;
d. Retroversão uterina (fundo de útero par frente e o colo para trás);
e. Incompetência do Orifício Ístimo-cervical.
f. Fatores Psíquicos.
III. Causas Paternas
É difícil documentar, e não são conhecidos por todos os autores. Seriam anomalias do Espermatozóide (SPTZ).
14. Discutir a conduta terapêutica do Abortamento Evitável.
Deve-se utilizar as seguintes condutas:
a. Solicitar repouso relativo, de acordo com a gravidade;
b. Proibição absoluta do coito;
c. Procurar tranqüilizar a gestante;
d. Nas gestantes com cólicas: deve-se administrar substâncias anti-espasmódicas e analgésicas;
e. Administrar Medicações prescritas.
Observação :
Geralmente administra-se : Alupent / Aerolin / Bricanyl.
Possologia do Alupent para Obstetrícia
a. 10 ampolas em 500 ml de S.G. à 5% ou S.F à 0,9%, indica-se com 20 gotas por minutos;
É comum fazer 03 ampolas em 500ml de S.G à 5%, com 20 gotas por minutos. Se necessário aumentar o gotejamento, de acordo com a resposta pélvica.
b. Em urgência Extrema:
- administrar 01 ampola EV, diluída em 5 ml de S.F à 0,9% ( Inibe as contrações após 01 ou 02 minutos).
c. Em Abortamento Evitável :
- Administrar 01 ampola IM, 03 a 04 vezes ao dia, nos primeiros dias.
d. Manutenção : No Abortamento Evitável.
- Administrar 01 comprimido, 03 vezes ao dia.
15. Quais são os principais Sinais e Sintomas do Abortamento Inevitável?
Resp.: São os mesmos sintomas do abortamento evitável, porém em um grau mais intenso. Assim:
a. O sangramento vem em coágulos e de cor viva;
b. A dor é mais intensa;
c. A contração é mais intensa;
d. Há dilatação cervical.
16. Faça um Plano Assistencial de Enfermagem para o Abortamento Inevitável.
Assistência de Enfermagem no Abortamento Inevitável
a. Controlar Sinais Vitais;
b. Observar e anotar quantidade,aspecto e intensidade do sangramento;
c. Observar e prevenir o estado de choque;
d. Colher amostra de sangue para exames;
e. Caso seja prescrito administração de sangue, observar e prevenir as reações adversas: rubor, formigamento, comichão, etc...;
f. Auxiliar durante os exames;
g. Administrar medicações prescritas e controlar gotejamento, observar as sintomatologias;
h. Auxiliar durante a curetagem quando ocorrer;
i. Se após a curetagem for prescrito Meterghin, observar o valor da Pressão Aterial (PA) antes de administrrar;
j. Dar apoio emocional.
17. Cite e descreva as 03 (três) fases Clínicas do Parto.
São 03 as fases clínicas do Parto: dilatação, expulsão e delivramento ou secundamento.
Vejamos cada uma das fases :
a) Dilatação :
- é todo mecanismo até chegar a expulsão e posteriormente ao delivramento. Inicia-se com as contrações dolorosas, que começam de modificar ativamente a cérvice, e termina quando a sua ampliação está completa (10 cm).
Durante o 1º período abre-se o diafrágma cérvico-segmentário e se forma o canal do parto, isto é, continuidade do trajeto útero-vaginal. Para haver o parto há uma dilatação de 01 a 10 cem.
b) Expulsão:
- é a fase do nascimento, é a fase de transição, onde há o ápice das contrações.
Se inicia quando a dilatação está completa e encerra com a saída do feto. Caracteriza-se, pela sincronia das metrosistoles, da força contrátil do diafragma e da parede abdominal.
b) Delivramento ou Secundamento ou Alumbramento :
- é o deslocamento, descida e expulsão da placenta.
Se processa após o desprendimento do feto, e se caracteriza pelo deslocamento, dequitção, pela descida e pela expulsão da placenta e de suas páreas para fora das vias genitais.
18. Fazer um Plano Assistencial para a 1ª fase Clínica do Parto.
Assistência de Enfermagem na 1ª Fase do Parto
a. Verificr Sinais vitais;
b. Fazer higienização caso seja necessário;
c. Medir o fundo de útero;
d. Fazer exame de Enfermagem;
e. Observar e anotar as perdas:
- tampão mucoso,
- líquido amniótico,
- sangramento (anotar aspecto, cor, intensidade, etc...),
f. Auscutar e anotar os Batimentos Cárdio-Fetais (BCF);
g. Observar se a gestante está urinando, caso não esteja, fazer as manobras
para induzir a micção, caso não consiga, fazer cateterismo de alívio;
h. Observar e anotar as metrosistoles, anotando a intensidade, freqüência e
duração das contrações em 10 minutos;
i. Orientar quanto a importância da respiração durante as contrações;
j. Orientar quanto a importância da posição em D.L.E., que evita a compressão
da VCI, facilitando a circulação;
k. Administrara medicação prescrita, observando e controlando o gotejamento, e as reações;
l. Colher material para exame caso a parturiente não tenha feito pré-natal ( fator Rh, Grupo
Sanguíneo, VDRL, HIV, etc...);
m. Observar e anotar Sinais e Sintomas que caracterizam o inínio da 2ª fase do parto:
a. Sensação de evacuar;
b. Aumento da intensidade das contrações;
c. Abaulamento do períneo ( a vulva se entreabre, anus se dilata).
19. Fazer um Plano Assistencial para a 3ª Fase Clínica do parto.
Vejamos:
a. Verificar Sinais vitais;
b. Colher material para análise de sangue placentário;
c. Inspecionar placenta;
d. Medir e anota a mensuração do cordão umbilical;
e. Pesar a placenta;
f. Auxiliar durante a epísiotomia;
g. Administrar medicações indicadas, sempre após a verificação da PA (geralmente há indicação de Meterghin);
h. Fazer higiene da parturiente e inspecionar e anotar alterações na vulva;
i. Aquecer a parturiente e encaminhar para a unidade (enfermaria);
j. Anotar os fatos ocorridos durante o parto.
20. Faça um plano Assistencial para a Parturiente do Puerpério.
a. Verificar Sinais Vitais ( TPR e PA);
b. Observar e anotar a cor, aspecto ea presença dos lóquios;
c. Atentar para anormalidades com: aumento de temperatura, hemoragias, etc... ;
d. Fazer e anotar o exame físico de Enfermagem;
e. Verificar posição, consistência e involução uterina;
f. Verificar e anotar peso, perímetro abdominal;
g. Orientar quanto a prisão de ventre, e estimular a ingesta de alimentos ricos em fibras a partir do 3º dia do puerpério;
h. Administrar analgésico se prescrito, para amenizar as “dores pós-parto”;
i. No 1º dia pós-parto, fazer lavagem extrerna asséptica;
j. Orientar quanto a importância do esvaziamento dos seios;
k. Orientar quanto a importância da higiene dos seios;
l. Orientar a importância do uso de Sutiã;
m. Dar apoio emocional;
n. Orientar quanto da necessidade e a importância de uma Puerpério bem feito;
o. Orientar quanto a existência dos métodos contraceptivos.
21. Descreva sobre a estática Fetal, Atitude, Situação, Apresentação e Posição.
A. ESTÁTICA FETAL:
É as relações do produto conceptual com a bacia e com o útero. É o estudo que permite o conhecimento da nomenclatura obstétrica.
B. ATITUDE OU HÁBITO FETAL:
É a relação das diversas partes do feto entre si. Graças a flexibilidade da coluna vertebral e à articulação occípto-vertebral, o feto se aloja na cavidade uterina em atitude de flexão generalizada, isto é, a coluna vertebral encurvada no seu todo e a cabeça com o mento aproximado da face anterior do tórax, o que dá ao concepto a forma ovóide, o ovóide fetal, que apresenta então dois pólos: cefálico e pélvico.
C. RELAÇÃO ENTRE AS PARTES FETAL E A DA MÃE:
A. Situação :
É a relação entre os eixos longitudinais fetal e uterino, e pode ser:
a. longitudinal,
b. transverso,
c. oblíquo ou inclinado.
B. Apresentação :
É a relação fetal ou parte fetal que se coloca no estreito superior. E pode ser:
a. Cefálica ou Pélvica: se numa situação longitudinal;
b. Acromial ou Ombrinho: se numa situação oblóqua, se for de cabeça para baixo, na posição trocanteana.
C. Posição:
É a relação do dorso fetal com o lado direito (D) ou esquerdo (E) da mãe. Para tal análise usa-se a linha imaginária de Ribmont.
ULTRASONOGRAFIA (US) ou ULTRA-SOM
A ultra-sonografia é um exame que necessita de dados complementares para a sua interpretação próxima da realidade. Ela utiliza tabelas, que normalmente nõ está a semelhança do biótipo do homem brasileiro, assim a sua interpretação deve levar em consideração as características dos pais. Podemos observar, que o nordestino normalmente apresenta cabeça grande, que a mulher brasileira normalmente, dependendo da região apresenta uma pequena estatura, tudo isso mostra distorção dos dados obtidos quando comparado com a tabela. Assim o examinador deve levar em conta todas estas diferenças durante o exame para, dar um diagnóstico próximo da realidade.
Em caso para determinar possíveis gravidez, o examinador deve ter dados complementares para fornecer um diagnóstico próximo da verdade.
Deve obter:
a. Resultado do TIG,
b. Consistência do colo uterino,
c. Data da última menstruação;
d. E através destes dados associados a imagem da US, chega-se a um diagnóstico de gravidez ou não.
O que se observa, é que as pessoas solicitam a US sem fornecer os dados básicos necessários, para que associados a imagem, o examinador obtenha um diagnóstico próximo da realidade.
Ultra-Som
O uso do ultra-som na prática obstétrica classifica-se em duas categorias gerais:
A . Avaliação do feto em Risco;
B . A triagem rotineira de todos os fetos.
A triagem da avaliação do feto em risco inclui a (o):
a. determinação de anomalias fetais pela visualização da anatomia do feto;
b. localização de depósitos de líquido amniótico a aminiocentese;
c. determinação da idade gestacional;
d. diagnóstico de apresentações fetais anormais;
e. implantes anormais da placenta;
f. identificação do retardo de crescimento intra-uterino.
Vários autores recomendam que todos os fetos sejam examinados durante a primeira metade da gravidez como um meio para avaliar a idade gestacional, detectar as gestações gemelares e múltiplas, descobrir abortos retidos, molas hidatiformes e outras gestações não viáveis, e detectar anomalias fetais.
Avaliação da Idade Gestacional
Mede-se o comprimento cabeça-nádega; posteriormente mede-se o diâmetro bi-parietal (DBO) da cabeça do feto. Essas medidas são comparadas em um normograma para determinar a idade gestacional.
Retardamento do Crescimento Intra-Uterino (RCIU)
Estão sendo estudadas várias dimensões fetais. Entre essas estão o cote transverso do abdome como medida do tamanho do fígado, um dos órgãos mais diminuídos de tamanho pelo RCIU, comprimento femoral e várias associações de medidas destinadas à avaliar o peso fetal.
Anomalias Fetais
a. Movimentos respiratórios;
b. Atividade cardíaca;
c. Fluxo sangüíneo pelos grandes vasos;
d. Esvaziamento e enchimento da bexiga.
Podem detectar-se anomalias estruturais como:
a. Espinha bífida;
b. Membros anormais;
c. Tumores.
A ultra-som quando bem utilizada é um instrumento valiosíssimo para a saúde e bem estar da gestação.
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