segunda-feira, 8 de agosto de 2011

FRATURA DE PENIS

01. O que é fratura de pênis?

R: Fratura de pênis é o rompimento dos corpos cavernosos conseqüente a um trauma durante a ereção. É um acidente raro.



02. Quando e como ocorre?

R: A fratura peniana ocorre quando uma força externa é aplicada sobre os corpos cavernosos durante a ereção. Nesse perí­odo, as camadas (túnica albugí­nea) que envolvem os corpos cavernosos perdem sua elasticidade e ficam mais finas. A grande pressão interna dos corpos cavernosos, quando encontra uma força externa, faz com que haja uma ruptura da túnica albugí­nea geralmente transversal.

Observação:

Apesar de não ter estrutura óssea, o pênis pode sofrer fratura dos corpos cavernosos devido a trauma durante a ereção. É um acidente bastante raro. Pode ocorrer quando o pênis escapa do interior da vagina, chocando-se contra o períneo ou contra osso púbico.

03. Quais os mecanismos que podem levar a fratura peniana?

R: Vários mecanismos causando a fratura peniana são citados na literatura, vejamos alguns:

a. O mais comum é no coito vaginal, quando o pênis escapa do interior da vagina, chocando-se contra o perí­neo ou contra a sí­nfise púbica (osso). Os corpos cavernosos tendem a se curvar de uma maneira extrema com consequente fratura.

b. Outro mecanismo descrito como causa de ocorrência de fratura, também durante relações sexuais, é quando a mulher fica na posição “por cima” e num dado momento com o aumento do atrito pode haver lesões nos corpos cavernosos devido ao traumatismo.

c. A tentativa de desfazer a ereção com a mão, curvando o pênis para baixo, já foi descrito como possível causa de fratura do pênis.

d. A interrupção rápida e inesperada do ato sexual (por exemplo, por presença inoportuna de criança no quarto), também já foi relatada como causa de fratura peniana.

Observação :

O rompimento dos corpos cavernosos pode ser mí­nimo, bem como pode envolver estruturas vizinhas, tais como o corpo esponjoso e a uretra.

04. Como se manifesta?

R: Quando ocorre a fratura, os pacientes relatam ouvir um “estalo” acompanhado de dor e perda da ereção. Há formação de hematoma com aumento e deformidade do pênis. Se a uretra foi atingida, dificuldade para urinar ou sangue na urina acompanham o quadro clí­nico.

05. Como se faz o Diagnóstico?

R: A história do paciente e os achados de exame físico fazem facilmente o diagnóstico. Em alguns casos mais complexos, há necessidade de outras informações, tais como: a extensão da ruptura, presença de envolvimento dos dois corpos cavernosos, se a uretra foi atingida.

Nesses casos, exames radiológicos ““ cavernosografia, uretrocistografia ““ podem ser solicitados.

06. Como se faz o Tratamento?

R: O tratamento da fratura peniana foi controverso durante muito tempo. Alguns autores propunham tratamento conservador e não cirúrgico através de analgesia, antiinflamatórios, antibióticos, supressão da ereção e curativos compressivos.

Entretanto, era alta a ocorrência de complicações, tais como fibrose deformante do pênis, formação de abscessos, placas de corpos cavernosos.

Atualmente, o tratamento cirúrgico é o mais utilizado, realizando-se drenagem do hematoma, controle da hemorragia sutura da ruptura dos corpos cavernosos e da uretra – quando esta ocorrer.

O tratamento conservador está indicado em fraturas pequenas com hematomas pequenos e rupturas mí­nimas de corpos cavernosos.

07. Qual é o prognóstico?

R: Bem, quando tratada precocemente, a fratura peniana tem bom prognóstico. O tratamento conservador e o cirúrgico, quando indicados corretamente, fazem com que o pênis volte ao seu estado natural. Há casos em que o paciente fica constrangido com a situação, não procurando o médico. Nessas situações, pode haver aumento da hemorragia com consequente formação de um hematoma ainda maior, deformidades importantes do pênis, formação de abscesso, coleção anormal de urina extravasada da uretra, piorando o prognóstico.

A fratura pode causar impotência sexual (disfunção erétil). Se o tratamento for mal conduzido, pode ocorrer fibrose de corpos cavernosos com formação de placas no seu interior.

O tecido erétil, portanto, é substituído por tecido não erétil, levando a uma incapacidade de se conseguir ereção.

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