A Enfermagem na era da Informática
INTRODUÇÃO
Desde
Hipócrates, a partir da institucionalização
da medicina científica, surge a necessidade de realizar registros sobre
os pacientes a fim de refletir o curso da doença e suas possíveis causas.
(
Costa, 2001)
No campo da
Enfermagem
Florence
Nightingale defendia a necessidade dos registros clínicos e os
apontava como fundamentais para o tratamento dos pacientes e, principalmente,
para a assistência de Enfermagem.
Antes e Depois dos Computadores
Mesmo antes da descoberta dos Computadores,
os Enfermeiros sempre estiveram voltados para processar a
informação em Saúde e em Enfermagem.
Registro Eletrônico em Saúde ( RES )
O RES é um repositório de
informação a respeito da Saúde de um ou mais indivíduos em uma forma
processável eletronicamente, e o seu maior benefício é a capacidade de ser compartilhado dentro da mesma instituição ou até fora dela.
Prontuário do Paciente
O prontuário, que tinha uma
função de documentar as informações da saúde e da doença do paciente, passou a
ter as seguintes funções:
a. Subsidiar
a manutenção da saúde do paciente;
b. Fornecer
o compartilhamento de informações entre diferentes profissionais;
c. Representar
base legal para as ações médicas e dos pacientes;
d. Auxiliar
em pesquisas clinicas de estudos
epidemiológicos;
e. Avaliação
da qualidade do custo e de vigilância a
reações adversas de drogas;
f. Favorecer
a educação e a reciclagem continuada dos profissionais da Saúde,
etc...........
Identifica-se Cinco Níveis de Prontuário
Que vão do registro em papel ao RES.
1. Nível 1 (Registro Médico Automático): é em
papel mais apresenta informações geradas
por computadores;
2. Nível 2 (Sistema de Registro Médico
Computadorizado):
a informação é
coletada pelos profissionais da saúde no
papel e a imagem dos documentos é
capturada via SCANNERS e armazenada de forma digitalizada;
3. Nível 3 ( Registro Médico Eletrônico): é seguro
e requer que o sistema esteja implantado em toda instituição;
4. Nível 4 ( Sistema de Registro Eletrônico do Paciente): é um
modelo interinstitucional de sistema de
informação e requer que a identificação do paciente seja ÚNICA e em nível Nacional.
5. Nível 5 ( Registro Eletrônico em saúde ): a responsabilidade de
manter o prontuário é dividida entre os profissionais da Saúde e o paciente. ( O
paciente é o centro da informação, e esta, é baseada na saúde e na doença do
indivíduo e da comunidade.)
Os Padrões e o Prontuário
Eletrônico do Paciente (PEP)
Os padrões representam
um canal comum de comunicação, um protocolo de troca de mensagem, isto é, uma
linguagem comum expressa por alfabeto,
palavras, frases e símbolos cujo o significado é entendido por todos.
Ex.: DATASUS, que padroniza a informação sobre
saúde no Brasil.
O
Projeto Cartão Nacional de Saúde
No Brasil, o principal marco referencial
de padrões na área de informatização em
saúde, e essencial para qualquer profissional de saúde, é a implantação do
Projeto Cartão Nacional de Saúde (CNS), instrumento que possibilita a vinculação dos procedimentos executados no
âmbito do sistema Único de Saúde ( SUS ) ao usuário, ao profissional que
realizou e também à unidade de saúde onde foram realizados esses procedimentos.
ENFERMAGEM E A INFORMÁTICA
Os
Sistemas de Informação em Enfermagem (SIE) referem-se àqueles que tratam os
dados que dizem respeito à equipe de enfermagem, modelados especificamente para
o uso deste profissional. Embora atualmente ainda constatamos resistência e
negligência dos enfermeiros frente ao uso de computadores em sua prática
diária, existe uma consciência a respeito de como será o futuro para aqueles
que não buscarem conhecimentos de informática: alienação, exclusão. Ficarão à
margem de todo este processo de desenvolvimento.
Os
sistemas de informação revolucionam o processo de comunicação na área da saúde
e, como conseqüência, provocam mudanças significativas, até mesmo no mercado de
trabalho da enfermagem.
Os
enfermeiros podem ser considerados os usuários primários dos sistemas de
informação hospitalar. São eles que digitam as informações, elaboram
relatórios, monitorizam o fluxo de cada paciente, desempenham processos de
documentação e comunicação nas atividades de trabalho.
Os SIE constituem um
conjunto de ferramentas que apóiam e orientam as ações de enfermagem.
Projeto Sistema de Informatização da
Assistência de Enfermagem
(SIAE)
(SIAE)
O SIAE estabelecerá a integração:
a. Dos dados dos diagnósticos de Enfermagem;
b. Das intervenções de Enfermagem;
c. Dos resultados de Enfermagem;
Tudo integrado com
as respectivas associações e adaptação do vocabulário à realidade
institucional.
Desenvolvimento do Projeto SIAE
A metodologia de desenvolvimento do projeto SIAE compreende 4
fases interativas e cíclicas de criação
e avaliação do produto:
e avaliação do produto:
a. Conceituação;
b. Detalhamento;
c. Elaboração de Protótipo;
d. Avaliação.
Os dados avaliados são
coletados por meio de um formulário.
Veja a seguir:
A arquitetura de
entrada do SIAE, deverá possibilitar o registro das informações clínicas de
enfermagem em tempo real, na beira do leito, a partir de um terminal ou de
estações de trabalho sem os periféricos.
Isso se dará
através de um computador interligado sem disco rígido, projetado numa
arquitetura cliente/servidor na qual o computador cliente é totalmente
dependente do servidor, apresentando as vantagens de ser pequeno e ter custo
reduzido.
CONCLUSÃO
O SIAE é um sistema
complexo que trará grandes benefícios à comunidade de Enfermagem no Brasil e no
Mundo !
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