RELAÇÃO ENTRE AS CULTURAS
1. Destacar os pontos que distinguem a diferença
entre cultura Patente e Cultura Latente.
Resposta:
- A cultura se
divide em dois aspectos: a patente e a latente. Respectivamente,
uma corresponde a artefatos observáveis e questões declaradas na própria
organização, como móveis, vestimenta, descrição de cargos, jargões,
organograma, princípios e missões organizacionais, este representa um
nível mais objetivo e superficial. Já o outro implica aos pressupostos,
referentes a questões informais, subliminares e ocultos, ou seja, as crenças,
tanto as ditas quanto as não ditas, os valores da organização, caracterizando
um nível mais abstrato e profundo. A cultura patente é aquela estabelecida segundo os padrões
vigentes numa coletividade, num determinado momento. Ela está instituída por
normas, idéias, valores e práticas que vigoram, dando à ordem social uma
dimensão de atualidade e realidade concretamente palpável. Além disso, ela
funciona do jeito que “deve ser” considerado adequado em um determinado
contexto social. Já a cultura latente é aquela que existe incompleta e
precariamente, institucionalizando outras formas de ser da sociedade. Nesse
caso, ela está por se fazer, inovando e construindo outras normas, idéias e
valores, que existem como possibilidades no âmbito das relações sociais. Assim,
ela cria, transforma e renova a realidade existente. Na realidade, a cultura patente representa aquilo que a
escola tem sido, enquanto a cultura latente, o que ela pode vir a ser a sua
reinvenção.
2. As autoras Thomaz e Bittencourt trazem
reflexões sobre o papel da cultura no processo de ensino-aprendizagem (Thomaz;
Bittencourt, Educação superior a distância: a cultura organizadora do real,
p.2). Após leitura dos artigos, explicar sobre as diferenças e proximidades
entre cultura patente e cultura latente.
Resposta:
- Para
análise devemos considerar 3 forma de culturas existentes: a parente, a latente
e a emergente. A “cultura patente” representa o instituído, o
estabelecido que são as normas, as leis, os regulamentos. Corresponde ao “nível
racional de funcionamento do grupo ou o pólo técnico das interações grupais,
regido, portanto, pelos perceptos e pelas funções conscienciais
pragmático-refexivas”. A “cultura latente” “é o nível afetivo, ou
afetual de estruturação do grupo, regido pelo dispositivo do inconsciente em
suas características analíticas e neuro-psicológicos”. São nas vivências que se
dão as emoções, o imaginário e que permitem compreender a grupalidade, a
afetividade e a dimensão simbólica do grupo. “A cultura emergente” ou
enativa “é captada no trajeto entre a ‘cultura patente’ e a ‘cultura latente”.
Cultura latente, é a cultura que não se manifestou, permanece oculta,
adormecido, deve ser trabalhada. A
cultura patente é um instrumento
competitivo, que tem uma importância para a informação cultural e tecnológica. A cultura patente e a cultura
latente caminham lado a lado, pois, a sociedade é diversificada e depende muito
das condições e estruturas educacionais de cada sociedade, mais as mudanças em
cada contexto pode acontecer desde que haja estímulos e orientações adequadas
para o crescimento e o aprendizado do indivíduo do indivíduo, utilizado as
condições sociais e vivencias do dia-dia
de cada indivíduo. A integração entre a escola, a sociedade e o aluno, é
o grande marco para o sucesso da cultura e da educação.
3. Como definir a diversidade cultural no Brasil
e sua influência sobre a educação?
Resposta:
A diversidade
cultural diz respeito aos diferentes costumes de uma sociedade, desta forma
podemos citar: a culinária, as manifestações religiosas, as vestimentas, as
tradições, etc. O Brasil por apresentar um extenso território, apresenta
diferenças econômicas, climáticas, sociais e culturais entre as suas diferentes
regiões. Os colonizadores europeus, os indígenas e os escravos africanos são os
principais representantes da diversificação da cultura brasileira. Depois, os
imigrantes alemães, árabes, poloneses, japoneses, italianos e outros, vieram
abrilhantar a popularidade cultural brasileira. Fatores como as etnias, o
processo de mestiçagem contribuiu para a diversidade da cultura brasileira no
que diz respeito aos costumes, práticas, valores, entre outros aspectos que
poderiam compor o caráter nacional. A
educação escolar não se limita a fazer uma seleção entre os saberes e os
materiais culturais disponíveis num dado momento, ela deve também, para
torná-los efetivamente assimiláveis às jovens gerações, entregar-se a um imenso
trabalho de reorganização, de reestruturação, ou de “transposição didática“. Todos
os conceitos educacionais são renovados a cada geração, visto que em cada momento
e época histórica os indivíduos têm uma determinada visão de mundo, bem como um
conjunto de conhecimentos e de valores. Essa renovação não quer dizer que se
esqueça o velho conceito, mas que esteja considerando as novas maneiras de
viver que caracteriza um grupo ou sociedade. A escola é uma orientadora de tudo que constitui a
experiência coletiva, isto é a cultura viva de uma sociedade.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Pluralidade Cultural - Portal MEC. portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/pluralidade.pdf
CANDAU, Vera Maria( Org.). Sociedade,
Educação e Cultura(s): questões e propostas. Petrópolis, RJ: Vozes,
2002.
Reinventar a Escola. Petrópolis,
RJ: Vozes, 2000.
FORQUIN, Jean Claude. Escola e Cultura: as
bases sociais e epistemológicas do conhecimento escolar. Porto Alegre:
Artes Medicas Sul, 1993.
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