Questionário – IEBBC
1. Como é possível conhecer as
complexas reações químicas que compõem o metabolismo celular, pois, duram
frações de tempos e envolvem moléculas virtualmente invisíveis ?
Resposta:
A ciência desenvolveu aparelhos e promoveu descobertas, tais como o uso
de isótopos radioativos e a espectrofotometria que permitiram a construção de
muitos conhecimentos. Mesmo enfrentando
obstáculos relacionados às limitações de nossos sentidos e dos aparelhos
disponíveis para a observação de coisas muito pequenas, a Bioquímica e a
Biologia Celular desenvolveram, e continuam desenvolvendo, métodos de estudo
que têm superado gradativamente estes obstáculos e permitido que estes campos
da ciência produzam novos conhecimentos quase diariamente.
2. Qual a importância dos modelos, da experimentação e do
conhecimento científico ?
Resposta: Graças a dados experimentais,
freqüentemente expressos sob a forma de números, como as absorvâncias obtidas
com o auxílio de um espectrofotômetro, pode-se construir modelos de moléculas,
macromoléculas e reações químicas. Através destas mesmas técnicas associadas
aos diferentes tipos de microscopia, podemos a compreender e elaborar modelos
de células e das estruturas que as compõem.
E quando falamos em modelos, estamos
construindo modelos teóricos e mentais das células e de seu funcionamento a
partir de dados experimentais de diversos tipos. A estrutura e o funcionamento
de diversos componentes celulares são explicados com o uso de modelos que se formam
através dos resultados experimentais obtidos e permitem fazer previsões que
podem ser testadas posteriormente. A Bioquímica e a Biologia Celular são campos
da ciência essencialmente experimentais. Assim, dependem da construção de
modelos baseados em resultados de experiências rigorosas.
Estes modelos não surgem a partir do nada
e raramente as estruturas (organelas) e processos (reações químicas) em que
eles ocorrem podem ser observados diretamente e em funcionamento. Podemos
observar uma mitocôndria graças ao microscópio eletrônico, mas não podemos ver
a respiração celular acontecendo, nem observar um gradiente de H+ . Nossa
imaginação e nosso raciocínio nos permitem elaborar modelos que explicam
fenômenos que escapam aos nossos sentidos. Este é o caso de muitos dos
processos que acontecem no interior das células e dos seres vivos.
As chamadas “caixa-pretas” têm sido muito utilizadas no ensino de
ciências para evidenciar passos do chamado método científico ou também chamado
de método hipotético dedutivo e para destacar a própria natureza experimental e
o uso de modelos do conhecimento científico. Para desenvolvimento do aluno
devemos desenvolver diversas atividades, diversas habilidades importantes para
o ensino de Biologia, como a formulação de hipóteses e o próprio raciocínio
abstrato. Ao elaborar seu modelo, o aluno adota também uma postura ativa diante
do aprendizado, não permanecendo como um ouvinte ou espectador da atividade do
professor. A importância da atividade
ser explicitada para o aluno, tem a função de estimulá-lo, torná-lo participativo ao longo de todo o curso. Desta
forma, é importante que as atividades seguintes desenvolvam as habilidades
utilizadas aqui e estimulem a ação dos alunos durante o aprendizado objetos que
os alunos podem explorar usando os sentidos (sacudindo e ouvindo os ruídos no
interior, por exemplo) visando a determinar os conteúdos da caixa.
3. Se a pesquisa enfrenta limitações no estudo
da célula, e se nossas propostas de ensino buscam uma aproximação com a pesquisa,
seria importante que nossos alunos compreendessem também a existência e a
importância dessas limitações para a construção do conhecimento científico?
Resposta:
- SIM, uma atividade pode ao mesmo tempo permitir que os alunos conheçam tanto
o potencial quanto as limitações dos recursos utilizados no estudo das células.
Com isso, eles perceberão também a importância da multiplicidade de recursos e
abordagens necessárias no estudo experimental de qualquer problema. Com isso,
estaremos retomando ao tema: os modelos e sua importância para a estruturação
do conhecimento científico. E no caso das células, esse tema merece uma atenção
especial.
4. Poderíamos desenvolver uma
atividade em que os alunos pudessem investigar ativamente onde evidenciem quais
são as principais moléculas que compõem os seres vivos, bem como algumas de
suas propriedades e utilidades para os organismos e para as células que os
compõem?
Resposta:
- No mínimo, os alunos terão visto ou ouvido menções às biomoléculas em
comerciais de produtos alimentícios, que costumam enfatizar a presença de
nutrientes como vitaminas e proteínas entre os componentes dos produtos. Mas é
também provável que eles tenham noções vagas, incompletas ou mesmo incorretas a
respeito das biomoléculas e suas funções.
5. Qual a importância de elaborar uma prposta de atividade
investigativa?
Resposta: - A idéia é que você prepare uma tabela das
freqüências com que cada biomolécula apareceu na composição dos alimentos.
Escolha em casa 10 alimentos industrializados que tenham em suas embalagens as
tabelas com seus valores nutricionais e construa uma tabela que apresente a
freqüência (em valores absolutos) com que cada componente listado nas tabelas
nutricionais aparece nos 10 alimentos. A razão de a proposta ser apresentada
aos seus alunos poderia ser algo como “vamos conhecer melhor aquilo que comemos
e, naturalmente, aquilo de que somos feitos?” Em outras palavras, estamos
tentando mostrar que o professor terá muitas vezes de lidar com a difícil
tarefa de compatibilizar os conteúdos que deseja ensinar com o interesse e a
realidade dos alunos. Neste caso específico, estamos assumindo que temos de
estudar as biomoléculas, e, por isso, seria interessante fazê-lo estabelecendo
relações entre a nossa proposta e a realidade, procurando atender ao interesse
dos alunos. Estamos sugerindo que isso poderia ser feito ao propormos que o
aluno conhecesse melhor a composição e as características daquilo que ele mesmo
come, portanto, daquilo que ele próprio é composto. Outra opção, frequentemente
usada, seria começar o estudo das biomoléculas informando esse objetivo aos
alunos. Seria algo como dizer: “agora vamos conhecer melhor as moléculas que
compõem os seres vivos, inclusive nós mesmos”. E em seguida passara explicação
sobre estas moléculas. No nosso caso, estamos propondo realizar algumas
atividades que permitiriam aos alunos, até certo ponto, descobrir quais são as
biomoléculas e algumas das funções que elas exercem em nosso organismo.
6. A tabela de freqüências deve ser organizada para determinar quais
são os componentes (moléculas) mais freqüentes nos alimentos. Ao fazer isto, os
alunos estarão utilizando sua capacidade de síntese, pois os dados de inúmeros
rótulos estarão sendo organizados em uma única tabela.
Resposta: - O valor energético
dos nutrientes é determinado pela medida da quantidade de calor produzida pela
completa oxidação (queima) de uma quantidade conhecida de alimento em uma bomba
calorimétrica. O aparelho é completamente isolado para que não haja perda de
calor, e a quantidade de calor produzida é medida pela alteração na temperatura
de uma quantidade conhecida de água. 1Kcal é a quantidade de calor necessária
para elevar em 1ºC a temperatura de 1 Kg de água.
7. O que são Brancos ou melhor,
controles e “brancos” ?
Resposta: - Os
“brancos” são aquelas condições experimentais em que não deve ocorrer reação,
daí serem chamadas brancos, já que não seria detectada a cor resultante da
reação. São estas condições que nos asseguram a especificidade das reações que
utilizamos. Neste
tipo de trabalho, espera-se que os
alunos aprendam quais são as biomoléculas predominantes no diferentes tipos de
alimentos, outra bem diferente (mas não antagônica) é esperar que além disso
eles desenvolvam habilidade de argumentação, de sistematização, análise e
discussão de protocolos e dados experimentais. Da mesma forma, levar os alunos
a entender os princípios das técnicas utilizadas na detecção de biomoléculas em
misturas é uma informação a mais, que pode ser aprendida através da transmissão
ou de experiências.
8. Pode haver diversas interações para um mesmo
fenômeno?
Resposta:
Neste sentido, a pesquisa em educação em Ciências não é diferente das outras
áreas. Apresentamos resultados experimentais ao longo desta aula para discutir
a complexidade e a importância da tarefa de investigar o que os alunos sabem
sobre um assunto que temos de abordar durante o ensino formal. De modo algum se
podem extrapolar os dados mostrados aqui para outros contextos educacionais,
sem fazer um mínimo de avaliações a respeito. Tais resultados retrataram uma
situação detectada em um momento específico, através de uma metodologia.
É claro que não é razoável esperar que
você desenvolva um projeto de pesquisa completo antes de começar cada aula. Mas
seria (muito) interessante que tivesse em mente a idéia de que é essencial
levar em conta o que seus alunos sabem. Porque eles “não pensam saber”, mas
realmente sabem. Se você deseja que o conhecimento científico interaja com os
conhecimentos dele, e que em alguma medida se integre à cultura dele, é muito
provável que este terá de ser um processo muito negociado. Enfim, não há por
que desanimar, vendo as concepções dos alunos a respeito dos temas de Biologia
apenas como dificuldades para o ensino. Elas criarão muitas oportunidades para
que você se aventure e se arrisque a desenvolver maneiras diferentes de ensinar
Biologia. Esta reflexão sobre seu próprio trabalho, certamente, o tornará mais
motivador. Se, como temos enfatizado você se limitar a transmitir informações
se a exigir sua memorização (ou mesmo sua utilização na solução de exercícios)
em momentos de avaliações formais, há um risco bastante grande de que estas
informações se percam ou sejam negligenciadas em relação a outras. E estas
outras informações, embora cientificamente incorretas, podem ter mais
significado para os alunos, em suas vidas diárias (ou mesmo escolar), do que
aquelas que consideramos corretas. Talvez isso ocorra (essa é só mais uma
hipótese) porque tenham sido aprendidas e utilizadas de outros modos –
provavelmente mais significativos do que apenas em momentos de provas.
9. Qual a estratégia para enriquecer uma
discussão em uma sala de aula?
Resposta: Uma estratégia para enriquecer a discussão e permitir a formulação de um
maior número de hipóteses seria a divisão da turma em pequenos grupos que
trabalhariam separadamente. Em um segundo momento, cada grupo apresentaria suas
hipóteses para turma, que avaliaria coletivamente todas as hipóteses propostas,
ou seja, seria realizada mais uma “revisão por pares”.
NOÇÕES BÁSICAS SOBRE UM RÓTULO DE ALIMENTOS
Base
para se Montar uma tabela Nutricional
A Tabela Nutricional é obrigatória em todos
os alimentos industrializados no País.
Para se montar uma tabela é importante se
basear nas seguintes perguntas:
1) Quais os produtos que não precisam apresentar
as informações nutricionais?
Resposta:
Segundo ANVISA, são os seguintes:
a)
- Os produtos formados por ingredientes únicos.
Exemplo: arroz, açúcar, café, etc,...
b) - Os produtos fracionados na venda.
Exemplo: queijos, presuntos, etc,...
c)
- Frutas, legumes e vegetais comercializados in natura.
Exemplo: refrigerantes, congelados, etc,....
d)
- Produtos cuja superfície de embalagem tenha menos de
100 cm2.
e)
– Alimentos para consumo preparados e embalados em
restaurantes e estabelecimentos comerciais.
2. Quais os itens obrigatórios da tabela
Nutricional?
Resposta: - Primeiro é preciso apresentar a
proporção de consumo, em gramas oi ml, seguido da medida caseira
correspondente:
a) um copo;
b) uma colher de sopa;
c) ¾ de xícara;
d) 2 unidades de torrada, etc....
OBSERVAÇÃO:
Como a maioria das pessoas não tem balança em casa – seria difícil entender a tabela se os valores fossem baseados apenas no peso dos alimentos – ela mostra qual é a forma de medida normalmente utilizada pelo consumidor para calcular a quantidade daquele alimento. Exemplo: unidade, porção, fatia, colher, copo etc.
OBSERVAÇÃO:
Medidas Caseiras
Como a maioria das pessoas não tem balança em casa – seria difícil entender a tabela se os valores fossem baseados apenas no peso dos alimentos – ela mostra qual é a forma de medida normalmente utilizada pelo consumidor para calcular a quantidade daquele alimento. Exemplo: unidade, porção, fatia, colher, copo etc.
Esquema
de uma Tabela Nutricional
Atenção!
“Vitaminas”
e “outros Minerais“ farão parte do quadro obrigatoriamente quando for feita uma
declaração de propriedades nutricionais ou outra declaração que faça referência
a estes nutrientes, como: produtos vitaminados ou fontes de vitaminas.
De maneira optativa, podem ser declarados
vitaminas e minerais, quando estiverem presentes em quantidade igual ou maior a
5% da Ingestão Diária Recomendada por porca indicada no Rótulo.
Exemplo
de uma Tabela Nutricional, à Grosso Modo.
Componentes Básicos dos Rótulos de um Produto
Conheça o que significa cada informação do rótulo dos alimentos:
Valor energético – Energia necessária pelo corpo a partir dos carboidratos,
gorduras e proteínas. São as famosas calorias (kcal) que o alimento contém.
Carboidratos – Fornecem energia para as nossas células, porém, quando
não utilizado, é armazenada em forma de gordura. Portanto, devemos atentar para
a porcentagem do valor energético e para a quantidade de carboidratos presente
nos alimentos.
Gorduras Totais – Elas ajudam na absorção das vitaminas A, D, E e K. É a
soma de todos os tipos de gorduras presente no alimento.
Gordura Saturada – É a gordura de origem animal, portanto devemos evitar os
alimentos com grande quantidade.
Gordura Trans – Está presente em maior quantidade nos alimentos
industrializados e é uma gordura que o organismo não necessita. Não consta na
porcentagem de Valores Diários (%VD) porque não é preciso consumi-la na dieta.
Fibra – Ajuda a
diminuir o colesterol ruim e a glicemia, além de manter o bom funcionamento do
intestino e emagrecer. Preferir alimentos com alto teor de fibras.
Sódio – Devemos
evitar alimentos com alto teor de sódio. Ele está presente nos alimentos
industrializados e no sal de cozinha. Melhor preferir alimentos com baixo teor
de sódio.
Produtos Diet – São
feitos para pessoas com condições específicas, retirando algum ingrediente ou o
deixando em quantidades insignificantes. Por exemplo, comida sem açúcar para
diabético, alimentos restritos em lactose para quem tem intolerância à lactose
ou alimentos isentos de glúten para quem tem doença celíaca.
Produtos Ligth –
São aqueles produtos que apresentam algum nutriente ou valor energético em
quantidade reduzida quando comparado a um alimento convencional. Existem
valores definidos para poder considerar um alimento light. Por exemplo, o
iogurte tem que ter 30% a menos de gordura para ser considerado light.
Ferro, Cálcio e Colesterol – Apesar de não serem itens obrigatórios na tabela
nutricional, eles são importantes e quanto mais informação melhor.
OBSERVAÇÕES:
Valor Energético
- São as famosas calorias (kcal).
- Elas representam a energia que nosso corpo produz a partir do consumo daquela porção de alimento. Atenção: os valores energéticos também podem aparecer com outra unidade de medida, os quilojoules (kJ). Nesses casos, basta lembrar que 1 kcal corresponde a 4,2 kJ.
É bom se cuidar e saber da necessidade da ingestão diária para se ter uma vida saudável:
Necessidades diárias: 2.000 calorias (média para um adulto saudável)
%VD ( Valor Diário )
A sigla ( %VD ), significa Valor Diário. Ela indica qual a quantidade de energia (calorias) e de nutrientes que o alimento apresenta em relação a uma dieta média de 2.000 kcal. Atenção: se encontrar uma sopa desidratada com 90% do VD de sódio, por exemplo, é sinal de que só esse produto já fornece quase o total da quantidade recomendada desse nutriente para um dia.
A sigla ( %VD ), significa Valor Diário. Ela indica qual a quantidade de energia (calorias) e de nutrientes que o alimento apresenta em relação a uma dieta média de 2.000 kcal. Atenção: se encontrar uma sopa desidratada com 90% do VD de sódio, por exemplo, é sinal de que só esse produto já fornece quase o total da quantidade recomendada desse nutriente para um dia.
Valor Energético
- São as famosas calorias (kcal).
- Elas representam a energia que nosso corpo produz a partir do consumo daquela porção de alimento. Atenção: os valores energéticos também podem aparecer com outra unidade de medida, os quilojoules (kJ). Nesses casos, basta lembrar que 1 kcal corresponde a 4,2 kJ.
É bom se cuidar e saber da necessidade da ingestão diária para se ter uma vida saudável:
Necessidades diárias: 2.000 calorias (média para um adulto saudável)
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