FATOR
EDUCACIONAL
Hoje em dia, convive-se com a pluralidade e complexidade dos
diferentes perfis apresentados pelos alunos. Estes apresentam diferentes
estilos de aprendizagem e diferentes estilos cognitivos.
A partir desta realidade é de vital
importância saber selecionar material pedagógico adequada para as diferentes
faixas etárias dos alunos, ao perfil social e cultural e as demandas
educacionais atualizadas e de boa qualidade.
O professor tem como principal desafio, a
busca de fontes de motivação para cada tipo de exploração temática a ser
apresentada. Tudo isso, com a finalidade de estimular os diferentes tipos de
alunos para atingirem os objetivos educacionais propostos.
Para tal processo ocorrer, é de grande
importância o diagnóstico, que é fruto do relacionamento entre docentes e
discentes, que tem como função a elaboração e escolha de temas mais
significativos e métodos mais estratégicos para os processos de ensino e
aprendizagem.
Para tal processo se concretizar, é
necessário que os professores variem o máximo possível seus métodos, suas
atividades e instrumentos, como a finalidade de não manter a repetição de um
método.
Devemos nos lembrar que utilizamos os
cinco sentidos, que são oriundos da disposição genética.
Assim, uma pessoa não tem a mesma
percepção que um animal, como um cão que habita o mesmo ambiente que ela , ou
um outra pessoa que convive com ela .
É importante observar que: “Os estilos de
aprendizagem são utilizados como filtros construídos pelas pessoas e que são
utilizados para orientar suas relações com o mundo (O CANNOR , 1997) “.
Os fatores que influenciam estes filtros
são: idade, maturidade, experiências vividas, eles podem mudar com o tempo a
partir das futuras experiências adquiridas pelos discentes.
Um fato importante, é que, todos
professores devem estar atentos, é que, as informações mais lembradas pelos
alunos são aquelas recebidas nos primeiros 15min de uma aula ou mesmo palestra.
Outro fato a ser observado é que a diferença individual entre as pessoas
aumenta com a idade.
O professor deve estar atento para
elaborar uma aula que facilite a aprendizagem do grupo por um todo e que
proporcione uma avaliação equilibrada.
O papel do professor na sala de
aula deve ser de facilitador da aprendizagem, gerando ambiente e situações que
favoreçam a construção do conhecimento pelo aluno.
De acordo com Gardner, a escola
deve atentar-se aos seguintes fatores:
A) Nem todas as pessoas
possuem os mesmo interesses e habilidades, nem aprendem da mesma maneira;
B) Ninguém pode
aprender tudo o que há para ser aprendido
C) A tarefa dos
docentes seria a de tentar compreender as capacidades e interesse dos alunos de
uma escola;
D) Um novo conjunto de
papéis para os educadores deveria ser construído para transformar essas visões
em realidade.
Após a explanação acima, podemos
observar que a complexidade da aprendizagem pode ser transformada num fracasso
educacional para o aluno, quando não olhados os pontos fundamentos citados
acima. Para uma avaliação, ser bem sucedida e, ser tornar um ponto de sucesso é
necessário proporcionar um conjunto de valores e pré-requisito fundamentais
para se evitar fracasso e proporcionar o sucesso educacional. A avaliação bem
sucedida não depende só do aluno, mas, também da maneira como o docente
conduziu a aprendizagem educacional.
Dessa forma podemos verificar que cada
pessoa tem suas capacidade e habilidades próprias, cada um faz coisas
naturalmente muito bem. Mais quando é forçado a fazer coisas que não é do seu
domínio, vem o sentimento de frustração, de falta de coragem e até mesmo culpa
e a derrota pode ser total.
Texto - Uma Fábula
Certa vez os animais resolveram preparar seus filhos para enfrentar as dificuldades
do mundo atual e, para isso, organizaram uma escola. Adotaram um
currículo prático, que constava de: corrida, escalagem, natação e
vôo. Pra facilitar o ensino, todos os alunos deveriam aprender todas as
matérias.
O pato era exímio em natação (melhor que o seu professor) e conseguiu notas
regulares em vôo - mas era aluno muito fraco em corrida e
escalagem. Para compensar esta fraqueza ficava retido na escola todo dia,
fazendo exercícios extras. De tanto treinar a corrida, ficou com os pés
terrivelmente esfolados e, não conseguia mais nadar como antes.
Entretanto, como o sistema de promoção era a média aritmética das notas nos
vários cursos, ele conseguiu ser um aluno sofrível e ninguém se preocupou com o
fato, exceto, naturalmente, o pobre
pato.
O coelho era o melhor aluno do curso de corrida, mas sofreu tremendamente e
acabou com um esgotamento nervoso, de tanto tentar a natação.
O esquilo subia admiravelmente, conseguindo belas notas no curso de
escalagem. Mas foi frustrado no de vôo, pois o professor obrigava a voar
de baixo para cima, e ele insistia em usar os seus métodos, isto é, em trepar
na árvore e voar de lá para o chão.
O esquilo teve que
se esforçar tanto em natação, que acabou por passar com notas mínimas em
escalagem. A águia foi uma criança problema, severamente castigada desde
o primeiro dia do curso, porque usava métodos exclusivos dela para atravessar o
rio e trepar nas árvores. No fim do ano a enguia anormal, que tinha
nadadeiras, conseguiu a melhor nota em todos os cursos, e foi a oradora da
turma. Os ratos e cães de caça não entraram na escola porque a
administração se recusou a incluir duas matérias que eles julgavam
importantes: como escavar tocas e como escolher esconderijos.
Acabaram por abrir uma escola particular, junto com as marmotas, e, desde o
princípio, conseguiram grande sucesso.
REFLETINDO SOBRE O TEXTO
Com relação ao texto apresentado: um pato é um pato e nada mais que um pato.
Ele foi feito para nadar, não parar correr e com certeza também não foi feito
para subir em árvores. Já um esquilo é um esquilo, e nada mais do que um
esquilo. Se for afastado daquilo que eles faz muito bem, como subir em árvore,
se tentarmos transformar-lo em um bom nadador ou mesmo um bom corredor, o
esquilo vai se sentir deslocado ou mesmo frustrado.
A águia e maravilhosa no céu, ela tem um vôo exuberante, mais se torna ridícula
numa corrida a pé. Salvo se estiver com muita fome!
O que dizer dos outros animais que habitam a floresta e, se não dizer o mesmo
para todos nós humanos.
O divino não nos produziu iguais, todos nós somos diferentes. Foi o divino que
planejou e projetou as nossas diferenças, e nos deu capacidades especiais!
Desta forma, um educador deve ter em mente que todos os discípulos apresentam
características diferentes e a avaliação não pode tomar uma única forma, ela
deve ser abrangente e diferenciar e respeitar as características e o tempo de
cada indivíduo, ela deve se adequar e se diversificar para não levar
frustrações educacionais.
Referências:
MORO, Maria Lucia Faria. Do fracasso para o sucesso escolar. Sobre a efetiva presença da psicologia da educação na escola*. Educar em Revista, Curitiba, p. Educ. rev. no.10, jan. 1994. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/0104-4060.134. Acesso em: 18 abr. 2019.
FREIRE, Paulo. Professora sim
tia não: cartas a quem ousa ensinar. 2. ed. São Paulo: Olho d’Água, 1993.
QUADROS, MARIA MÁRCIA XAVIER DE; QUADROS, ELEITE
XAVIER DE; SANTANA, EDINEIA ELAINE CARDOSO. A PSICOPEDAGOGIA FRENTE AO FRACASSO
ESCOLAR. WEB ARTIGOS, [S. l.], p. Unica, 6 nov. 2015. Disponível em:
https://www.webartigos.com/artigos/a-psicopedagogia-frente-ao-fracasso-escolar/137409.
Acesso em: 18 abr. 2019.
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