01. Vacina Prevenar - para que serve ?
Prevenar é o nome comercial de uma vacina que protege contra 7 serótipos de uma bactéria vulgarmente conhecida por pneumococo. Esta bactéria tem, contudo, mais de 20 sorotipos. Alguns dos serotipos que infectam as crianças em Portugal estão incluídos na vacina, outros não.
Um pormenor técnico – esta vacina é dita“conjugadas” (por oposição à vacina “polissacarida”) e pode ser dada a crianças de idade inferior a 2 anos (ao contrário da polissacarida), daí ter suscitado tanto interesse por parte de pais e pediatras.
02. Esta vacina faz parte do Programa Nacional de Vacinação (PNV) ?
Não e não é previsível que venha a fazer proximamente.
03. A vacina Prevnar é prioritária para crianças nos 2 primeiros anos de vida ?
A prioridade de vacinação para estas crianças são as vacinas do PNV (BCG, Hepatite B, Sabin, Tetravalente, Rotavírus, Tríplice-víral (MMR), Tríplicebacteriana (DPT).
Estas são gratuitas e tornam as crianças imunes a agentes infecciosos muito perigosos, a maioria dos quais circula no mundo: hepatite B, haemophilus (tambem causador de meningite), difteria, tétano, rubéola, tosse convulsa e outros.
04. Está portanto a desaconselhar a Prevnar ?
Não. A Prevnar é uma vacina eficaz contra os serótipos acima referidos do pneumococo.
A Comissão Técnica de Vacinação (CTV), nomeadamente, não tem nada contra a administração desta vacina, apenas recomenda que seja dada de forma a não interferir com o calendário das vacinas do PNV.
05. Vale a pena gastar tempo e dinheiro para dar esta vacina às minhas crianças ?
Lamento mas não existe uma resposta inequívoca a esta pergunta. A resposta depende da percepção do risco de contração de infecção (pelo pneumococo) que cada pessoa tem. Por outras palavras, da probabilidade de uma criança ser infectada e desenvolver doença. Só lhe posso dizer sobre isto que a probabilidade é muito muito baixa, mas não é zero.
A percepção do risco na população é muito influenciada pelas informações dadas pelos meios de comunicação social e estes não avaliam objectivamente o risco antes de emitirem notícias. Mas há outros factores a ter em conta. Para o/a ajudar a decidir, vou tentar resumir-lhe vantagens e desvantagens da Prevnar na pergunta a seguir.
06. Quais as vantagens e desvantagens desta vacina ?
Principal vantagem
Vacina muito eficaz contra os agentes a que se dirige, mesmo em crianças com menos de 2 anos. Confere protecção duradoura em mais de 90% dos vacinados. Além disso, não têm reacções adversas dignas de nota.
Desvantagens e limitações:
- Esta vacina é cara. Informe-se do preço antes de comprar.
- Esta vacina não confere protecção contra TODOS os agentes causadores de doença pneumocócica. A Prevenar protege contra 7 serótipos do pneumococo, mas esta bactéria tem mais de 20 serótipos. Não deve portanto ter a ilusão de que a criança fica 100% protegida.
- Existe o perigo de perturbar a administração das vacinas do PNV. Este perigo, contudo, pode ser reduzido, se se cumprirem as recomendações emanadas pela CTV sobre o assunto (veja pergunta a seguir).
07. A Comissão Técnica de Vacinação (CTV) tem recomendações sobre esta vacina ?
A CTV deixa a administração destas vacina ao critério do pediatra e dos pais. É uma decisão difícil. O risco médio de uma criança vir a ser infectada pelo pneumococo e desenvolver doença e' muito baixo ... mas não e' zero.
A compatibilização da administração da Prevenar com as outras vacinas do PNV pode ser vista a seguir :
O clínico prescritor da vacina Prevenar tem liberdade de escolher as idades em que recomenda a sua administração. Várias são as soluções possíveis, não sendo sequer obrigatório que a vacina seja dada no primeiro ano de vida.
Se optar por administração no 1º ano de vida, a Prevenar não está contra-indicada em simultâneo nem com a tetravalente, nem com a Meningo-C (3, 5 meses). De momento, contudo, nenhuma destas simultaneidades é totalmente destituída de dúvidas. Estas dúvidas são referidos nas “Orientações Técnicas” do novo PNV (Circ. Normativa nº 08/DT de 2005, DGS), tal como transcrevo em seguida:
Simultaneidade com a tetravalente (2, 4, 6 meses)
<<>> (cit. das “Orientações Técnicas”).
Note-se que se a Prevenar for dada em simultâneo com a Sabin, tetravalente, o bebé recebe 3 injecções aos 2 e aos 6 meses, ficando, contudo, protegido desde mais cedo (2 meses).
Simultaneidade com a Meningo-C (3, 5 meses)
<
Neste caso, o bebé recebe 2 injecções em cada visita, ficando protegido pela Prevenar desde os 3 meses. A 3ª dose da Prevenar pode ser dada, por exemplo, aos 7 meses ou na visita dos 15 meses.
A Comissão Técnica de Vacinação não recomendou (nem desaconselhou) qualquer destas ou outras opções possíveis, considerando que o clínico deve ter a liberdade de recomendar a que julgar mais apropriada.
08. Quantas doses da vacina devem ser dadas ?
Depende da idade da criança quando inicia a vacinação. Os números de doses indicados no quadro seguinte baseiam-se nas recomendações dadas pelo fabricante :
Idade de início
Prevenar
2 ou 3 meses
4 a 6 meses
7 a 11 meses
(segunda dose dada no 2º ano de vida, por explo aos 15 meses com a VASPR)
12 a 23 meses
24 a 59 meses
(*) Criancas saudaveis com 24-59 meses de idade, não vacinadas anteriormente, devem receber 1 só dose da vacina.
Criancas com 24-59 meses, com anemia das celulas falsiformes, asplenia, HIV, doenca cronica ou de alguma forma imunocomprometidas, devem receber 2 doses separadas por um minimo de 8 semanas.
A vacina não está recomendada para criancas com idade superior a 59 meses.
O intervalo de tempo recomendado entre doses é de 2 meses. Não devem ser dadas doses intervaladas de menos de 1 mês. Veja contudo a pergunta seguinte.
09. Uma recomendação final IMPORTANTE
A literatura científica recente (finais de 2004), sugere que a idade em que é dada a última dose de vacinas conjugadas(*) é muito importante para garantir que a protecção conferida pela vacina seja duradoura. É mesmo mais importante do que o número de doses de vacina dadas. Recomenda-se que a última dose de qualquer destas vacinas seja dada, de preferência, no segundo ano de vida (isto é, depois dos 12 meses) e não antes dos 9 meses de idade.
(*) Exemplos de vacinas conjugadas são a vacina contra o meningococo, a Prevnar e a vacina contra o Hib (esta última está no PNV).
Observação :
Hoje em dias, esta vacina já esta sendo administradas pelas unidades de saúde ( Postos de Saúde e Centros de Saúde ) – basta que haja indicação médica – para tal o responsável pelo paciente (criança ou adulta) deve procurar o serviço de Epidemiologia das unidades acima citadas, que os responsáveis por este setor tomarão as devidas providências para administração das vacinas indicadas pelo médico.
RESUMO DE ALGUMAS VACINAS
Atenção :
Algumas destas vacinas não se encontram normalmente nas Unidades de de Saúde dos órgãos públicos, geralmente necessitam de indicação médica e não fazem parte do calendário de vacinação preconizado pelo Ministério da saúde.
Vacina contra o vírus influenza (vacina anti-gripal)
É uma vacina inativada. Por ser um vírus que muda muito (mutante), a cada ano, uma nova vacina é desenvolvida, pois são levados em consideração os tipos de vírus que estão circulando no momento. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda, a cada ano, quais tipos de vírus que devem ser utilizados para fazer a vacina.
Proteção contra a influenza ou gripe, doença caracterizada por febre alta, calafrios, dor-de-cabeça, mal-estar, tosse seca e dor muscular, e que pode gerar complicações como infecções respiratórias agudas. Estudos recentes indicam que a vacina também protege contra infarto e derrame.A vacina contra gripe não protege contra resfriados comuns, que são causados por outros tipos de vírus e normalmente se caracterizam por sintomas mais leves, sem febre. Deve ser administrada uma vez ao ano de preferência em abril ou maio por que é a época de maior incidência da doença, porém crianças que nunca tomaram a vacina e possuem menos de nove anos de idade, devem tomar uma segunda dose, com intervalo de 30 dias na primeira aplicação.
Vacina contra a tuberculose (BCG)
É uma vacina de bactéria viva atenuada contra tuberculose, que previne suas formas mais graves como: tuberculose miliar e meningoencefalite. Deve ser administrada uma dose ao nascer, preferencialmente no primeiro mês de vida. Porém é contra-indicada em recém-nascidos com peso inferior a 2kg, imunodeprimidos e gestantes.
Crianças que há ausência de cicatriz após 6 meses do ato vacinal, é indicado uma nova dose, porém não existe a necessidade do reforço aos 6 anos.
Vacina contra a difteria, tétano e a coqueluche acelular (DPT-acelular ou Tríplice bacteriana)
As vacinas mais modernas denominadas vacinas acelulares contra a difteria, o tétano e a coqueluche apresentam menor ocorrência de reações tais como: dor no local da administração, febre elevada, irritabilidade e choro prolongado. Nos países desenvolvidos estas vacinas acelulares constituem a vacina de preferência do calendário de vacinação. O esquema vacinal da DTP acelular é idêntico ao da DTP.
A difteria é uma infecção aguda muito grave causada pela bactéria Corynebacterium diphteriae. O único hospedeiro conhecido é o homem, e é geralmente transmitida de pessoa para pessoa através de gotículas respiratórias liberadas no ar por tosse ou espirro.
É normalmente mais séria, quando afeta o trato respiratório superior de crianças, podendo causar obstrução respiratória, com conseqüências devastadoras, podendo levar a morte.
A doença também pode afetar adultos que não estejam imunizados, ou que a imunidade tenha diminuído com o passar dos anos. Este fato é muito comum em países que não possuem a prática de vacinar os adultos, pois acreditam que por terem sido vacinados quando crianças, ainda estão imunizados.
O tétano é causado pela Clostridium tetani, uma bactéria anaeróbia, Gram positivo. A Clostridium tetani normalmente habita o trato intestinal de gado bovino, ovino e outros animais de sangue quente, incluindo o homem. Seus esporos são liberados nas fezes e podem sobreviver em estado inativo por vários anos na poeira, sujeira, solo e água. Se os esporos penetram em uma ferida, eles podem germinar e formar bacilos. Estes produzem uma toxina poderosa, uma das mais virulentas, que invade o sistema nervoso e causa sinais e sintomas de tétano.
Diferente da maioria das outras doenças causadas por bactérias, o tétano não pode disseminar-se de uma pessoa infectada para uma outra
A coqueluche é uma doença altamente infecciosa do trato respiratório que tipicamente causa sintomas característicos de tosse paroxística e emetizante. É causada pela Bordetella pertussis, uma bactéria Gram negativa que pode espalhar-se de pessoa para pessoa por perdigotos (gotículas respiratórias transportadas no ar).
Importante!!! Também existe a vacina de tétano sem as demais composições.
Haemophilus influenzae
A vacina conjugada inativada contra Haemophilus influenzae tipo B é indicada para crianças de dois meses a cinco anos em três doses (0,2,4 meses) e requer reforço aos 15 meses de vida. Caso a primeira dose tenha sido tomada após doze meses de vida o esquema não requer novas doses sendo a criança considerada adequadamente protegida segundo resultados obtidos no Chile e Grã-Bretanha. Pode ser indicada para paraimunodeprimidos, gestantes e HIV+.
Vacina contra a hepatite A
É uma vacina inativada que protege contra o vírus da hepatite A. Nas crianças, a infecção causada pela hepatite A, tende a ser leve ou assintomática; a gravidade do quadro clínico é maior quanto maior for a idade do paciente. A hepatite fulminante é a complicação mais temida desta infecção. É uma doença muito comum em qualquer idade devido a sua fácil forma de contágio. Ela pode ser adquirida através do contato pessoal ou pela ingestão de água e alimentos contaminados.
Essa vacina deve ser administrada a partir de 1 ano de vida em 2 doses, em que a segunda só deve ser administrada após 6 meses passada a primeira dose.
Importante!!! Caso não tenha se vacinado contra a hepatite B, pode-se administrar a vacina combinada contra hepatite A e B, assim sendo somente uma vacina com o mesmo esquema de vacinação da vacina contra hepatite B ( 0,1 e 6 meses), evitando assim mais de uma aplicação.
Vacina contra a hepatite B
É uma vacina inativada, que protege contra o vírus da hepatite B. Com surgimento de doenças correlatas à hepatite B, como a cirrose e o câncer de fígado, viu-se a necessidade imediata da vacinação contra a hepatite B.
Deve ser administra logo ao nascer (ainda na maternidade); pois o quanto mais rápida administração pode evitar o contágio do bebê, caso a mãe tenha a doença; com 1 mês de vida e um reforço aos 6 meses de vida. Caso isso não tenha sido feito, deve ser administrada em 3 doses no esquema 0,1e 6 meses (ou seja, administra-se a primeira dose, 1 mês após a primeira dose administra-se a segunda dose e 6 meses após a primeira dose administra-se a terceira dose).
Vacina contra a hepatite A e B
Caso não tenha se vacinado contra a hepatite A e B, pode-se administrar a vacina combinada contra hepatite A e B, assim sendo somente uma vacina com o mesmo esquema de vacinação da vacina contra hepatite B ( 0,1 e 6 meses), evitando assim mais de uma aplicação.
Vacina contra meningite meningocócica tipo A e tipo C
É uma vacina combinada, que protege contra a bactéria do meningococo do grupo A e C.
A Meningite do tipo A e C provoca dor de àbeça e vômito em jato, entre outros sintomas. É grave, porque pode causar seqüelas cerebrais com complicações que podem levar a morte.
Pode ser administrada a partir de 2 anos de idade e deve ser administrada uma dose de reforço a cada 2 anos.
Vacina contra meningite meningocócica tipo B e tipo C Vacina contra meningite meningocócica tipo C
É uma vacina conjugada, que protege contra a bactéria do meningococo do grupo C.
A Meningite do tipo C provoca dor de àbeça e vômito em jato, entre outros sintomas. É grave, porque pode causar seqüelas cerebrais com complicações que podem levar a morte.
Pode ser administrada em crianças a partir de 2 meses de vida, adolescentes e adultos; sendo que até 1 ano de vida devem ser administradas 3 doses com intervalo de 30 dias e a partir de 1 ano de vida não se recomenda reforço.
É uma vacina combinada, que protege contra a bactéria do meningococo do grupo B e C.
A Meningite do tipo B e C provoca dor de àbeça e vômito em jato, entre outros sintomas. É grave, porque pode causar seqüelas cerebrais com complicações que podem levar a morte.
Pode ser administrada a partir de 2 anos de idade e devem ser administradas duas doses com intervalo de 2 meses e uma dose de reforço a cada 2 anos.
Vacina contra meningite meningocócica tipo C
É uma vacina conjugada, que protege contra a bactéria do meningococo do grupo C.
A Meningite do tipo C provoca dor de àbeça e vômito em jato, entre outros sintomas. É grave, porque pode causar seqüelas cerebrais com complicações que podem levar a morte.
Pode ser administrada em crianças a partir de 2 meses de vida, adolescentes e adultos; sendo que até 1 ano de vida devem ser administradas 3 doses com intervalo de 30 dias e a partir de 1 ano de vida não se recomenda reforço.
Vacina contra pneumonia (Pneumo-23)
É uma vacina obtida a partir de substância purificada da bactéria causadora da pneumonia, protege contra a pneumonia causada pelo pneumococo. A pneumonia é uma infecção respiratória grave, que se caracteriza por febre, tosse com catarro, e, em muitos casos, precisa de internação, podendo levar a pessoa à morte, se não tratada adequadamente.
É indicada para crianças a partir de 6 anos de idade, adolescentes e adultos; e o reforço deve ser administrado a cada 5 anos.
Vacina contra infecção pneumocócica 7-valente (Prevenar)
A Prevenar é uma vacina antipneumocócica conjugada, com antígeno para 7 sorotipos de Streptococcus pneumoniae, que são responsáveis por casos graves de meningite, pneumonia, sinusite e otite média em todo o mundo. Pode ser administrada a partir dos 2 meses de vida, sendo nesse caso 3 doses com intervalo de 2 meses e um reforço quando o bebê completar 1 ano e 5 meses; entre 7 meses e 11 meses de vida, deve-se administrar 2 doses como intervalo de 2 meses e completar 1 ano e 5 meses; entre 1 ano e 2 anos de vida, deve ser administrada 2 doses com intervalo de 2 meses; após 2 anos de vida, deve-se administrar somente 1 dose. Porém só pode ser administradas em crianças até 9 anos de idade. Recomenda-se a vacinação rotineira de todas as crianças com menos de dois anos.
Vacina contra Rotavírus
O Rotavírus é um vírus que casa diarréia. Este vírus é considerado os mais importante causador da diarréia grave, em todo o mundo, principalmente em crianças menores de cinco anos. Crianças prematuras, de baixo nível sócio-econômico ou com deficiência imunológica estão sujeitas à manifestação da doença de maior gravidade. Adultos também podem ser infectados, mas a doença tende a ser bastante moderada.
O intervalo entre a contaminação e o aparecimento da doença varia de um a dois dias.
A 1ª dose deverá ser aplicada entre o primeiro mês e 15 dias de vida a três meses e uma semana. A 2ª dose deverá ser aplicada do terceiro mês e uma semana até cinco meses e meio, com intervalo mínimo de um mês entre as duas doses.
Vacina contra o sarampo, caxumba e a rubéola (Tríplice Viral ou MMR)
O sarampo é uma doença aguda e altamente contagiosa; pode causar pneumonia, laringite, conjuntivite, otite e problemas cerebrais graves. A caxumba pode causar meningoencefalite, otite e pancreatite. A rubéola congênita é a complicação mais temida da rubéola. A vacina contra o sarampo, caxumba e a rubéola é altamente eficaz. Esta vacina deve ser administrada aos 12 meses de idade; reforço entre 4-6 anos.
Vacina contra a catapora (varicela)
É uma vacina obtida a partir do vírus atenuado, que protege contra a varicela que é uma doença altamente contagiosa. Na criança saudável é geralmente benigna, entretanto, por vezes ocorrem complicações infecciosas primárias da pele e formas graves da doença com alastramento para o cérebro(meningoencefalite).
É indicada para crianças a partir de 1 ano de vida e demais idades que nunca tenham tido a doença e é administrada em dose única.
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