Nomes alternativos:
síndrome de pré-excitação
Definição:
Síndrome envolvendo episódios de freqüência cardíaca acelerada (taquicardia) causados por caminhos elétricos anormais (circuitos) no coração.
A síndrome de Wolff-Parkinson-White (WPW) é uma arritmia cardíaca que faz com que os impulsos elétricos sejam conduzidos ao longo da via acessória dos átrios até os ventrículos, denominada feixe de Kent, é também uma forma de taquicardia, formada por uma condução atrioventricular adicional que impede condução normal do estímulo do átrio que vai até o nódulo atrioventricular, causando o que chamamos de taquicardia supraventricular.
Devido os avanços da Medicina, o caminho extra formado por esta síndrome é fácilmente localizado. A síndrome de Wolff-Parkinson-White é a causa mais comum de taquiarritmia em bebês e crianças (distúrbio da freqüência cardíaca acelerada) e atinge em média 4 a cada 100.000 pessoas. A Wolff-Parkinson-White pode levar à morte súbita em alguns casos vinculados ao excesso de exercícios ou esporte, se não for devidamente tratada e acompanhada.
A síndrome de WPW é geralmente diagnosticada com o exame do eletrocardiograma (ECG) de uma pessoa assintomática. Neste exame é manifestada uma onda delta, que é uma onda no complexo QRS em formato da letra grega Delta, associada com um intervalo PR diminuído.
Seu tratamento pode ser medicamentoso ou através da destruição da via acessória por ablação com cateter.
Causas, incidência e fatores de risco:
Normalmente, o estímulo elétrico do coração viaja pelos átrios e então pelo nódulo atrioventricular, onde é retardado até continuar para o interior dos ventrículos.
A síndrome de Wolff-Parkinson-White é uma forma de taquicardia (freqüência cardíaca acelerada) onde há um caminho de condução atrioventricular adicional. O caminho extra contorna o retardamento normal da condução do estímulo do átrio até o nódulo atrioventricular, e causa uma forma de taquicardia supraventricular (freqüência cardíaca acelerada que se inicia acima dos ventrículos) chamada de reentrada. O caminho extra nessa síndrome pode, freqüentemente, ser localizado com precisão.
A síndrome de Wolff-Parkinson-White ocorre em cerca de 4 em cada 100.000 pessoas, e é uma das causas mais comuns de taquiarritmia (distúrbio da freqüência cardíaca acelerada) nos bebês.
Diagnóstico
A principal característica eletrocardiográfica do WPW é a pré-excitação ventricular, que torna o intervalo PR curto (<>onda delta (uma onda com formato da letra grega Delta). Antes do término da ativação ventricular, o restante das fibras do sistema His-Purkinje são ativadas, tornando portanto a parte final do QRS estreita. Frequentemente verificam-se alterações da repolarização do segmento ST-T secundárias. O Estudo Eletro-Fisiológico (EEF) é um exame invasivo que precede a ablação, localiza o feixe anômalo para direcionar a aplicação da radiofrequência, complementa o diagnóstico e ainda é usado para induzir a taquicardia associada à síndrome. Existe ainda uma variante, o chamado "Wolff oculto", em que a pré-excitação ventricular não se evidencia no ECG de superfície e somente é demonstrada no EEF.
Tratamento
Seu tratamento pode ser medicamentoso ou através da destruição da via acessória por ablação com cateter. A ablação é eficaz em 95% dos casos, e os riscos de morte são menos de 1 para cada 1000. Entretanto, algumas pessoas não conseguem eliminar a via acessória na primeira vez em que se submetem a ablação. A ablação é feita por cateterismo e radiofreqüência.
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