quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Informação - Sindical


Sindenfrj cobra PCCS estadual na Justiça
O governo do estado ainda não enquadrou os servidores da área da saúde no plano de carreira, cargos e salários (PCCS), como prevê a lei 3.948/02. Em razão disso, o Sindicato dos Enfermeiros (Sindenfrj) decidiu entrar com ações coletivas a fim de exigir o cumprimento da lei.

Para ingressar nas ações, basta se dirigir ao departamento jurídico do Sindicato com cópia do CPF, do RG, do comprovante de residência, do contracheque e do comprovante de posse (se tiver). Procurar a dra. Patrícia às terças e quintas-feiras, das 14h às 17h.

Servidor federal terá que brigar por mudanças nos PCCS

Já o funcionalismo federal não deve esperar grandes mudanças nos planos de cargos e salários este ano, apesar de o Orçamento prever mais de R$ 2 bilhões para isso. Segundo especialistas, os sindicatos terão de intensificar a pressão sobre os líderes do governo. Além da resistência da base governista, o funcionalismo terá de enfrentar a escalada de ajustes fiscais.

O Sindicato dos Enfermeiros está acompanhando as ações do novo governo e se articula com outras entidades de classe da saúde para cobrar o cumprimento das reivindicações da categoria.

SINDICATO DOS ENFERMEIROS

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Síndrome de Down ou Mongolismo

Síndrome de Down


Você já ouviu falar em Síndrome de Down? E em "Mongolismo"?



Síndrome de Down e "Mongolismo" são a mesma coisa. Como o termo "Mongolismo" é pejorativo, e por isso inadequado, passou-se a usar Síndrome de Down ou Trissomia.
Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com Síndrome de Down, independente da raça ou condição sócio-econômica. No Brasil, acredita-se que ocorra um caso em cada 600 nascimentos, isso quer dizer que nascem cerca de 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano.
Diferente do que muitas pessoas pensam, a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê, no início da gravidez.


Aspectos Gerais da Síndrome de Down
Diferente do que muitas pessoas pensam, a síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê, no início da gravidez.


A denominação síndrome de Down é resultado da descrição de Langdon Down, médico inglês que, pela primeira vez, identificou, em 1866, as características de uma criança com a síndrome. Em cada célula do indivíduo existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A pessoa com síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo o cromossomo extra ligado ao par 21.


Para desenvolver todo seu potencial, a pessoa com síndrome de Down necessita de um trabalho de estimulação desde seu nascimento. Ela faz parte do universo da diversidade humana e tem muito a contribuir com sua forma de ser e sentir para o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva.

A Sindrome de Down ou trissomia do 21, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum e a mais comum forma de deficiência mental congênita. Geralmente pode ser diagnosticada ao nascimento ou logo depois por suas características dismórficas, que variam entre os pacientes, mas produzem um fenótipo distintivo.
Os pacientes apresentam baixa estatura e o crânio apresenta braquicefalia, com o occipital achatado. O pavilhão das orelhas é pequeno e dismórfico. A face é achatada e arredondada, os olhos mostram fendas palpebrais e exibem manchas de Brushfield ao redor da margem da íris. A boca é aberta, muitas vezes mostrando a língua sulcada e saliente.
As mãos são curtas e largas, frequentemente com uma única prega palmar transversa ("prega simiesca").

Os pés mostram um amplo espaço entre o primeiro e o segundo dedos.

Síndrome de Down e "Mongolismo" são a mesma coisa. Como o termo "Mongolismo" é pejorativo, e por isso inadequado, passou-se a usar Síndrome de Down ou Trissomia. Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com Síndrome de Down, independente da raça ou condição sócio-econômica. No Brasil, acredita-se que ocorra um caso em cada 600 nascimentos, isso quer dizer que nascem cerca de 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano. Diferente do que muitas pessoas pensam, a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê.
Todos os seres humanos são formados por células. Essas células possuem em sua parte central um conjunto de pequeninas estruturas que determinam as características de cada um, como: cor de cabelo, cor da pele, altura etc.


Essas estruturas são denominadas cromossomos.



O número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), e estes se dispõem em pares, formando 23 pares. No caso da Síndrome de Down, ocorre um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos. O elemento extra fica unido ao par número 21. Daí também, o nome de Trissomia do 21.

Ela foi identificada pela primeira vez pelo geneticista francês Jérôme Lejeune em 1958.

O Dr. Lejeune dedicou a sua vida à pesquisa genética visando melhorar a qualidade de vida dos portadores da Trissomia do 21.

Existem 3 tipos de trissomia 21, detectadas por um exame chamado cariótipo.


São eles:
01. Trissomia 21 simples (ou padrão): a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células (ocorre em 95% dos casos de Síndrome de Down).
02. Mosaico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos (2% dos casos de Síndrome de Down).
03. Translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo. Nesse caso embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down).

Ainda não se conhece a causa dessa alteração genética, sabe-se que não existe responsabilidade do pai ou da mãe para que ela ocorra. Sabe-se também que problemas ocorridos durante a gravidez como fortes emoções, quedas, uso de medicamentos ou drogas não são causadores da Síndrome de Down, pois esta já está presente logo na união do espermatozóide (célula do pai) com o óvulo (célula da mãe).
Os indivíduos com Síndrome de Down apresentam certos traços típicos, como: cabelo liso e fino, olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos (semelhantes aos orientais), nariz pequeno e um pouco "achatado", rosto redondo, orelhas pequenas, baixa estatura, pescoço curto e grosso, flacidez muscular, mãos pequenas com dedos curtos, prega palmar única.
A partir destas características é que o médico levanta a hipótese de que o bebê tenha Síndrome de Down, e pede o exame do cariótipo (estudo de cromossomos) que confirma ou não a Síndrome. A criança com Síndrome de Down tem desenvolvimento mais lento do que as outras crianças. Isto não pode ser determinado ao nascimento. Precisa de um trabalho de estimulação desde que nasce para poder desenvolver todo seu potencial.

Características dos Portadores

O portador da Síndrome pode apresentar várias:


01• A cabeça é um pouco que o normal. A parte posterior da cabeça é levemente achatada (braquicefalia) na maioria das crianças, o que dá uma aparência arredondada à cabeça. As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se fechar. Na linha média onde os ossos do crânio se encontram (linha de sutura), há muitas vezes, uma moleira adicional (fontanela falsa). Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).

02. Rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno. Osso nasal geralmente afundado. Em muitas crianças, passagens nasais estreitadas.

03. Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na qual a pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais. Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.


ANALISE A IMAGEM ABAIXO :






04. Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha ( hélix ) é muitas vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada. Os canais do ouvido são estreitos.

05. A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se um pouco. À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua pode ficar com estrias. No inverno, os lábios tornam-se rachados. O céu da boca (palato) é mais estreito do que na criança "normal". A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada. Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um formato um pouco diferente. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a sobreposição dos dentes. A cárie dentária é observada com menor comparada com crianças “normais”.

06. Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca No bebê, dobras soltas de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do pescoço, os quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.

07. O abdômen costuma ser saliente e o tecido adiposo é abundante. Tórax com formato estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode estar projetado (peito de pomba). Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca congênita, o peito pode parecer mais globoso do lado do coração. Em conseqüência das anomalias cardíacas e de uma baixa resistência às infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.

08. As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos e o quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo mínimo. Prega única nas palmas (prega simiesca). Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé, enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.



09. Genitália desenvolvida; nos homens o órgão genital masculino é pequeno e há criptorquidismo, nas mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares.




É preciso enfatizar que nem toda criança com síndrome de Down exibe todas as características anteriormente citadas. Além disso, algumas características são mais acentuadas em algumas crianças do que em outras.

Causas

Um dado que levanta a suspeita é a idade materna, 60% dos casos são originados de mulheres com mais de 30 anos. Casos com mulheres de menos de 30 anos é de aproximadamente 1:3000; em mulheres entre 30 e 35 anos o risco aumenta para 1:600, em mulheres com mais de 45 anos, até 1:50.

Uma explicação do efeito da idade ocorre na ovogênese: na época do nascimento de uma criança, os ovócitos encontram-se na prófase I e, logo após o nascimento, interrompem a meiose por um período que dura de 12 a 50 anos (da menarca à menopausa). Quanto mais longo for esse período, por mais tempo permanecem interrompidas as meioses dos ovócitos e mais influências ambientais (radiações, medicamentos, infecções) podem alterar a segregação dos cromossomos originando, em conseqüência, maior número de óvulos aneuplóides

Um fator independente da idade e que possivelmente aumenta a ocorrência de zigotos aneuplóides é que, ao ser lançado na tuba, o ovócito encontra um meio diferente daquele em que permaneceu vários anos; desse modo, ele fica exposto à ação de fatores ambientais, tornando-se mais vulnerável à ocorrência de não-segregações.

Dados revelam que 20% dos casos de trissomia do 21 derivada falta de segregação ocorrida na gametogênese paterna. Nesse casos, o aumento da idade paterna também acarreta aumento na ocorrência das aneuploidias, porém esse efeito só é constatado claramente em pais com idade superior a 55 anos; como a paternidade nessa idade é relativamente rara, esse fato não foi percebido com a mesma facilidade como nas mulheres com mais de 35 anos.


Métodos de Diagnose


O diagnóstico é feito através do cariótopo, que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue periférico. Somente este exame é que realmente comprova o cromossoma extra com um número total de 47, como resultante de uma trissomia do cromossomo 21.

Também é possível realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida intra-uterina, utilizando-se tecido fetal.

No entanto as características fenotípicas, citadas anteriormente podem apresentar um forte indicio da doença ,sem o uso do teste.


Rastreio pré-natal


01. Amniocentese

É o método mais usado na detecção de trissomia 21 nas gravidezes de “alto risco”. É feito retirando-se uma pequena quantidade de líquido que envolve o bebê no útero, durante a gravidez.


02. Amostra de vilosidades coriônicas

Trata-se duma biópsia transvaginal às 10-12 semanas de gestação Relativamente à amniocentese, tem como vantagem a detecção mais precoce das anomalias cromossómicas , mas está associada a uma taxa maior de abortos (2-5%). Pensa-se que esteja associada a defeitos nos membros e das mandíbulas do feto, embora os estudos não sejam muito conclusivos.


03. Ecografia

Algumas características fetais podem ser indicadores de T21, como, por exemplo, o tamanho da fossa posterior, a espessura das pregas cutâneas da nuca, as posturas da mão e o comprimento dos ossos. Embora esta técnica seja promissora, ainda não oferece garantias.

04. Cariótipo das células fetais na circulação materna. Outra técnica que promete ter futuro.




Você já ouviu falar em Síndrome de Down? E em "Mongolismo"?

Síndrome de Down e "Mongolismo" são a mesma coisa. Como o termo "Mongolismo" é pejorativo, e por isso inadequado, passou-se a usar Síndrome de Down ou Trissomia.
Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com Síndrome de Down, independente da raça ou condição sócio-econômica. No Brasil, acredita-se que ocorra um caso em cada 600 nascimentos, isso quer dizer que nascem cerca de 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano.
Diferente do que muitas pessoas pensam, a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê, no início da gravidez.


Aspectos Gerais da Síndrome de Down

Diferente do que muitas pessoas pensam, a síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê, no início da gravidez.


A denominação síndrome de Down é resultado da descrição de Langdon Down, médico inglês que, pela primeira vez, identificou, em 1866, as características de uma criança com a síndrome. Em cada célula do indivíduo existe um total de 46 cromossomos, divididos em 23 pares. A pessoa com síndrome de Down possui 47 cromossomos, sendo o cromossomo extra ligado ao par 21.


Para desenvolver todo seu potencial, a pessoa com síndrome de Down necessita de um trabalho de estimulação desde seu nascimento. Ela faz parte do universo da diversidade humana e tem muito a contribuir com sua forma de ser e sentir para o desenvolvimento de uma sociedade inclusiva.

A Sindrome de Down ou trissomia do 21, é sem dúvida o distúrbio cromossômico mais comum e a mais comum forma de deficiência mental congênita. Geralmente pode ser diagnosticada ao nascimento ou logo depois por suas características dismórficas, que variam entre os pacientes, mas produzem um fenótipo distintivo.
Os pacientes apresentam baixa estatura e o crânio apresenta braquicefalia, com o occipital achatado. O pavilhão das orelhas é pequeno e dismórfico. A face é achatada e arredondada, os olhos mostram fendas palpebrais e exibem manchas de Brushfield ao redor da margem da íris. A boca é aberta, muitas vezes mostrando a língua sulcada e saliente.
As mãos são curtas e largas, frequentemente com uma única prega palmar transversa ("prega simiesca").

Os pés mostram um amplo espaço entre o primeiro e o segundo dedos.

Síndrome de Down e "Mongolismo" são a mesma coisa. Como o termo "Mongolismo" é pejorativo, e por isso inadequado, passou-se a usar Síndrome de Down ou Trissomia. Todas as pessoas estão sujeitas a ter um filho com Síndrome de Down, independente da raça ou condição sócio-econômica. No Brasil, acredita-se que ocorra um caso em cada 600 nascimentos, isso quer dizer que nascem cerca de 8 mil bebês com Síndrome de Down por ano. Diferente do que muitas pessoas pensam, a Síndrome de Down não é uma doença, mas sim uma alteração genética que ocorre por ocasião da formação do bebê.
Todos os seres humanos são formados por células. Essas células possuem em sua parte central um conjunto de pequeninas estruturas que determinam as características de cada um, como: cor de cabelo, cor da pele, altura etc.


Essas estruturas são denominadas cromossomos.

O número de cromossomos presente nas células de uma pessoa é 46 (23 do pai e 23 da mãe), e estes se dispõem em pares, formando 23 pares. No caso da Síndrome de Down, ocorre um erro na distribuição e, ao invés de 46, as células recebem 47 cromossomos. O elemento extra fica unido ao par número 21. Daí também, o nome de Trissomia do 21.

Ela foi identificada pela primeira vez pelo geneticista francês Jérôme Lejeune em 1958.

O Dr. Lejeune dedicou a sua vida à pesquisa genética visando melhorar a qualidade de vida dos portadores da Trissomia do 21.

Existem 3 tipos de trissomia 21, detectadas por um exame chamado cariótipo.


São eles:
01. Trissomia 21 simples (ou padrão): a pessoa possui 47 cromossomos em todas as células (ocorre em 95% dos casos de Síndrome de Down).
02. Mosaico: a alteração genética compromete apenas parte das células, ou seja, algumas células têm 47 e outras 46 cromossomos (2% dos casos de Síndrome de Down).
03. Translocação: o cromossomo extra do par 21 fica "grudado" em outro cromossomo. Nesse caso embora indivíduo tenha 46 cromossomos, ele é portador da Síndrome de Down (cerca de 3% dos casos de Síndrome de Down).

Ainda não se conhece a causa dessa alteração genética, sabe-se que não existe responsabilidade do pai ou da mãe para que ela ocorra. Sabe-se também que problemas ocorridos durante a gravidez como fortes emoções, quedas, uso de medicamentos ou drogas não são causadores da Síndrome de Down, pois esta já está presente logo na união do espermatozóide (célula do pai) com o óvulo (célula da mãe).
Os indivíduos com Síndrome de Down apresentam certos traços típicos, como: cabelo liso e fino, olhos com linha ascendente e dobras da pele nos cantos internos (semelhantes aos orientais), nariz pequeno e um pouco "achatado", rosto redondo, orelhas pequenas, baixa estatura, pescoço curto e grosso, flacidez muscular, mãos pequenas com dedos curtos, prega palmar única.
A partir destas características é que o médico levanta a hipótese de que o bebê tenha Síndrome de Down, e pede o exame do cariótipo (estudo de cromossomos) que confirma ou não a Síndrome. A criança com Síndrome de Down tem desenvolvimento mais lento do que as outras crianças. Isto não pode ser determinado ao nascimento. Precisa de um trabalho de estimulação desde que nasce para poder desenvolver todo seu potencial.

Características dos Portadores

O portador da Síndrome pode apresentar várias:

01• A cabeça é um pouco que o normal. A parte posterior da cabeça é levemente achatada (braquicefalia) na maioria das crianças, o que dá uma aparência arredondada à cabeça. As moleiras (fontanela) são, muitas vezes, maiores e demoram mais para se fechar. Na linha média onde os ossos do crânio se encontram (linha de sutura), há muitas vezes, uma moleira adicional (fontanela falsa). Cabelo liso e fino, em algumas crianças, pode haver áreas com falhas de cabelo (alopecia parcial), ou, em casos raros, todo o cabelo pode ter caído (alopecia total).

02. Rosto tem um contorno achatado, devido, principalmente, aos ossos faciais pouco desenvolvidos e nariz pequeno. Osso nasal geralmente afundado. Em muitas crianças, passagens nasais estreitadas.

03. Olhos tem uma inclinação lateral para cima e a prega epicântica (uma prega na qual a pálpebra superior é deslocada para o canto interno), semelhante aos orientais. Pálpebras estreitas e levemente oblíquas.



04. Orelhas pequenas e de implantação baixa, a borda superior da orelha ( hélix ) é muitas vezes dobrada. A estrutura da orelha é ocasionalmente, alterada. Os canais do ouvido são estreitos.

05. A boca é pequena. Algumas crianças mantêm a boca aberta e a língua pode projetar-se um pouco. À medida que a criança com síndrome de Down fica mais velha, a língua pode ficar com estrias. No inverno, os lábios tornam-se rachados. O céu da boca (palato) é mais estreito do que na criança "normal". A erupção dos dentes de leite é geralmente atrasada. Às vezes um ou mais dentes estão ausentes e alguns dentes podem ter um formato um pouco diferente. Mandíbulas pequenas, o que leva, muitas vezes, a sobreposição dos dentes. A cárie dentária é observada com menor comparada com crianças “normais”.

06. Pescoço de aparência larga e grossa com pele redundante na nuca No bebê, dobras soltas de pele são observadas, muitas vezes, em ambos os lados da parte posterior do pescoço, os quais se tornam menos evidentes, podendo desaparecer, à medida que a criança cresce.

07. O abdômen costuma ser saliente e o tecido adiposo é abundante. Tórax com formato estranho, sendo que a criança pode apresentar um osso peitoral afundado (tórax afunilado) ou o osso peitoral pode estar projetado (peito de pomba). Na criança cujo coração é aumentado devido à doença cardíaca congênita, o peito pode parecer mais globoso do lado do coração. Em conseqüência das anomalias cardíacas e de uma baixa resistência às infecções, a longevidade dos mongolóides costuma ser reduzida.

08. As mãos e os pés tendem a ser pequenos e grossos, dedos dos pés geralmente curtos e o quinto dedo muitas vezes levemente curvado para dentro, falta de uma falange no dedo mínimo. Prega única nas palmas (prega simiesca). Na maioria das crianças, há um espaço grande entre o dedão e o segundo dedo, com uma dobra entre eles na sola do pé, enfraquecimento geral dos ligamentos articulares.


09. Genitália desenvolvida; nos homens o órgão genital masculino é pequeno e há criptorquidismo, nas mulheres os lábios e o clitóris são pouco desenvolvidos. Os meninos são estéreis, e as meninas ovulam, embora os períodos não sejam regulares.






É preciso enfatizar que nem toda criança com síndrome de Down exibe todas as características anteriormente citadas. Além disso, algumas características são mais acentuadas em algumas crianças do que em outras.

Causas

Um dado que levanta a suspeita é a idade materna, 60% dos casos são originados de mulheres com mais de 30 anos. Casos com mulheres de menos de 30 anos é de aproximadamente 1:3000; em mulheres entre 30 e 35 anos o risco aumenta para 1:600, em mulheres com mais de 45 anos, até 1:50.

Uma explicação do efeito da idade ocorre na ovogênese: na época do nascimento de uma criança, os ovócitos encontram-se na prófase I e, logo após o nascimento, interrompem a meiose por um período que dura de 12 a 50 anos (da menarca à menopausa). Quanto mais longo for esse período, por mais tempo permanecem interrompidas as meioses dos ovócitos e mais influências ambientais (radiações, medicamentos, infecções) podem alterar a segregação dos cromossomos originando, em conseqüência, maior número de óvulos aneuplóides

Um fator independente da idade e que possivelmente aumenta a ocorrência de zigotos aneuplóides é que, ao ser lançado na tuba, o ovócito encontra um meio diferente daquele em que permaneceu vários anos; desse modo, ele fica exposto à ação de fatores ambientais, tornando-se mais vulnerável à ocorrência de não-segregações.

Dados revelam que 20% dos casos de trissomia do 21 derivada falta de segregação ocorrida na gametogênese paterna. Nesse casos, o aumento da idade paterna também acarreta aumento na ocorrência das aneuploidias, porém esse efeito só é constatado claramente em pais com idade superior a 55 anos; como a paternidade nessa idade é relativamente rara, esse fato não foi percebido com a mesma facilidade como nas mulheres com mais de 35 anos.


Métodos de Diagnose


O diagnóstico é feito através do cariótopo, que é a representação do conjunto de cromossomos de uma célula. O cariótipo é, geralmente, realizado a partir do exame dos leucócitos obtidos de uma pequena amostra de sangue periférico. Somente este exame é que realmente comprova o cromossoma extra com um número total de 47, como resultante de uma trissomia do cromossomo 21.

Também é possível realizá-lo, antes do nascimento, depois da décima primeira semana de vida intra-uterina, utilizando-se tecido fetal.

No entanto as características fenotípicas, citadas anteriormente podem apresentar um forte indicio da doença ,sem o uso do teste.


Rastreio pré-natal


01. Amniocentese

É o método mais usado na detecção de trissomia 21 nas gravidezes de “alto risco”. É feito retirando-se uma pequena quantidade de líquido que envolve o bebê no útero, durante a gravidez.


02. Amostra de vilosidades coriônicas

Trata-se duma biópsia transvaginal às 10-12 semanas de gestação Relativamente à amniocentese, tem como vantagem a detecção mais precoce das anomalias cromossómicas , mas está associada a uma taxa maior de abortos (2-5%). Pensa-se que esteja associada a defeitos nos membros e das mandíbulas do feto, embora os estudos não sejam muito conclusivos.


03. Ecografia

Algumas características fetais podem ser indicadores de T21, como, por exemplo, o tamanho da fossa posterior, a espessura das pregas cutâneas da nuca, as posturas da mão e o comprimento dos ossos. Embora esta técnica seja promissora, ainda não oferece garantias.

04. Cariótipo das células fetais na circulação materna. Outra técnica que promete ter futuro.


segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Erro na Saúde - De quem é a Culpa ? MAIS UM


REPORTAGEM DO JORNAL EXTRA DO DIA : 11 DE JANEIRO DE 2011


Funcionário que entregou guia de óbito errada foi demitido

Erro em hospital de Realengo / Crédito: Reginaldo Pimenta / Extra Priscilla Souza

O funcionário do Hospital Albert Schweitzer que entregou a guia de óbito da aposentada Maria da Conceição Souza, de 92 anos, antes do reconhecimento do corpo, foi demitido nessa manhã. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o diretor da unidade, Dilson Pereira, determinou abertura de sindicância para identificar os profissionais responsáveis pelo erro que levou à troca da ficha de identificação das pacientes.

O diretor afirmou que, por questão de rotina, a paciente foi trocada de leito na sexta-feira, porém a troca do prontuário médico não foi feita, o que ocasionou a falha na comunicação do óbito.

Familiares da aposentada Maria da Conceição Souza, de 92 anos, devem processar o Estado. Para isso, a família já acionou uma advogada que está estudando o caso.

— Vamos entrar na Justiça com uma ação de danos morais e materiais. Além disso, vamos solicitar em juízo que o óbito seja cancelado — afirmou a advogada Joseli Vicente da Costa.

Maria da Conceição Souza foi declarada como morta, na sexta-feira, pelo médico Adler Magalhães da Silva, do Hospital estadual Albert Schweitzer, em Realengo. No sábado, o médico Edson Vieira Alves deu alta para a idosa.

A confusão começou na sexta-feira, quando o neto da aposentada, Rodrigo Garcia Pereira, de 30 anos, recebeu a notícia do falecimento da avó no hospital e foi orientado a registrar o óbito no cartório. Ele acionou a funerária e voltou para o Albert Schweitzer. Ao chegar ao necrotério, a surpresa: não era a sua avó.

— O funcionário do hospital ainda teimou comigo, dizendo que aquela era, sim, a minha avó — disse Rodrigo. 

De acordo com Rodrigo, a diretoria do hospital não deu nenhum auxílio para a família, pelo contrário. A equipe de segurança tentou impedir que os familiares ficassem ao lado da idosa afirmando que ela não tinha direito a acompanhante.

Comentário :

O funcionário do Hospital Albert Schweitzer que entregou a guia de óbito da aposentada Maria da Conceição Souza, de 92 anos, antes do reconhecimento do corpo, foi demitido nessa manhã. De acordo com a Secretaria estadual de Saúde, o diretor da unidade, Dilson Pereira, determinou abertura de sindicância para identificar os profissionais responsáveis pelo erro que levou à troca da ficha de identificação das pacientes.

Quem assinou o óbito ?

Quem liberou o corpo da Enfermaria ?

Quem fez o pacote?

Será que mais uma vez a corda só vai ARREBENTAR do lado mais fraco?

sábado, 8 de janeiro de 2011

FARRA COM O PASSAPORTE DIPLOMÁTICO


REPORTAGEM DO JORNAL: O ESTADO DE SÃO PAULO

LEIAM NA INTEGRA NO ENDEREÇO : http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,deputados-e-parentes-usam-direito-a-passaporte-diplomatico-para-turismo,663423,0.htm

Deputados e parentes usam direito a passaporte diplomático para turismo


'Estado' teve acesso à relação de ofícios que tratam da emissão de passaportes diplomáticos e de vistos que passaram pelo órgão nos últimos dois anos.



Denise Madueño e Leandro Colon - O Estado de S.Paulo

A regra para emissão de passaportes diplomáticos tem sido usada pelos deputados e parentes para conhecer o mundo e literalmente fazer turismo. Pelo menos dois terços desses passaportes especiais solicitados pela Câmara dos Deputados ao Itamaraty, entre esta sexta-feira, 7, e fevereiro de 2009, foram para mulheres, maridos e filhos dos parlamentares. E cerca de 87% dos vistos internacionais para esses documentos tiveram motivação turística, segundo dados da Segunda Secretaria da Câmara, responsável por essa tarefa.

O Estado teve acesso à relação de ofícios que tratam da emissão de passaportes diplomáticos e de vistos que passaram pelo órgão nos últimos dois anos. Os destinos das viagens, inclusive agora, em pleno recesso parlamentar, são os mais variados: Miami, Las Vegas, Nova York, Atlanta, Dubai, Vancouver, Buenos Aires, Austrália, Japão, entre outros lugares.

Filhos de deputados que vão passar um período de estudos no exterior também aproveitam para viajar com o passaporte especial. Quem tem esse documento recebe privilégios em aeroportos, como filas e atendimentos especiais, prioridade em bagagens e, dependendo do país, fica até dispensado da necessidade de tirar visto.

Passeio x missão. Desde 2009, a Segunda Secretaria solicitou 662 vistos para viagens de deputados e parentes que têm o documento especial. Desses, 577 foram para "turismo". Apenas 69 cumpriam o objetivo de missão oficial, a trabalho.

O balanço da Câmara mostra que cerca de 360 passaportes diplomáticos foram emitidos nestes últimos dois anos. Esse número é parcial porque atinge metade do mandato do deputado. Desde de que assume, o parlamentar já tem direito a solicitar o documento especial para ele e seus parentes. De acordo com os dados, pelo menos 125 passaportes foram emitidos para filhos e 110 para cônjuges.

O registro da Segunda Secretaria mostra que, no dia 21 de dezembro do ano passado, o deputado Carlos Leréia (PSDB-GO) mandou o ofício 250/2010 pedindo passaporte diplomático e visto para ele, a mulher e três filhos viajarem para Miami. O período do passeio, segundo o documento, seria de 3 a 17 de janeiro deste ano, no recesso parlamentar. Um requerimento em nome do deputado Décio Lima (PT-SC) pede passaporte diplomático e visto para ele e sua mulher irem a Las Vegas, cidade famosa pelos cassinos, entre 10 e 25 de janeiro.

Em 2 de junho de 2009, Alexandre dos Santos (PMDB-RJ) pediu o documento especial para ele e sua mulher. Naquele ano, usaram o documento para viajar a turismo para Dubai (Emirados Árabes) e Nova York (EUA). O deputado Charles Lucena (PTB-PE), sua mulher e mais três filhos pediram o passaporte diplomático para passear em Miami em julho de 2009.

Em julho de 2010, a Segunda Secretaria providenciou passaportes diplomáticos para dois filhos de Ratinho Júnior (PSC-PR) viajarem a "turismo", segundo a Câmara, para Miami.

Lei. A legislação da emissão de passaporte diplomático é vinculada ao decreto 5.978/2006. Os membros do Congresso e seus "dependentes" têm direito ao documento. Segundo o Itamaraty, se enquadram nesse perfil "cônjuge ou companheiro, filhos, inclusive os enteados, até 21 anos de idade ou, se estudante, até 24 anos ou, se inválido, de qualquer idade".

O Estado procurou, mas não localizou os deputados citados na reportagem.
.

Senado. O Senado informou que requereu ao Itamaraty nos últimos dois anos a emissão de "70 a 80" passaportes especiais. O total de documentos diplomáticos solicitados pela Casa anualmente ou nos últimos oito anos é mantido em sigilo. No início de cada legislatura o Itamaraty recebe o pedido de emissão de passaportes especiais para os 81 senadores, antes mesmo deles requererem o benefício.

Colaborou Rosa Costa




OAB pede a filhos de Lula devolução de passaporte

MARÍLIA LOPES - Agência Estado

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, fez um apelo aos familiares do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que devolvam os passaportes diplomáticos do Itamaraty que receberam no último dia 29 de dezembro. Ophir afirmou que caso os passaportes não sejam devolvidos espontaneamente, a OAB se vê na obrigação de tentar medida judicial para buscar correção do ato da concessão do documento pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).



Em seu site, a OAB publicou trechos das declarações de Ophir, que afirmou que "o passaporte diplomático é concessão que deve ser dada a autoridades que devem representar o País internacionalmente e, por isso mesmo, precisam de um ir e vir mais tranquilo". "A concessão de passaportes a outras pessoas que não estejam enquadradas nessa filosofia, deve ser algo excepcional. Quanto ao caso de filhos de um ex-presidente ter esse passaporte, isso é extremamente danoso face ao princípio da moralidade administrativa e atenta contra a própria lei", acrescentou.

Ontem, o MRE confirmou que os dois filhos do ex-presidente renovaram o passaporte diplomático, no final do ano passado, dois dias antes do término do mandato. O neto de Lula, de 14 anos, também conseguiu o benefício na mesma época. A assessoria do Itamaraty não soube informar o nome do menor nem qual dia teria sido retirado o passaporte.


Conforme a assessoria do MRE, a concessão dos passaportes foi feita "com base na legislação vigente, de acordo com o decreto 5.978 de dezembro de 2006", que beneficia presidentes, vice-presidentes, ministros de Estado, ocupantes de cargos de natureza especial e titulares de secretarias vinculadas à Presidência da República, parlamentares, chefes de missões diplomáticas, ministros dos tribunais superiores e ex-presidentes.

Os cônjuges e os dependentes, inclusive os enteados, até 21 anos de idade ou, se estudante, até 24 anos, também estão autorizados a receber o documento. Para dependentes portadores de deficiência não existe limite de idade.

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Erro na Saúde - De quem é a Culpa ?

Reportagem na integra:
Terça-feira, Dezembro 14, 2010, no endereço:
http://zonaderisco.blogspot.com/2010/12/menina-morreu-em-hospital-apos-receber.html

Zona de Risco

Menina morreu em hospital após receber medicação errada na veia

A polícia investiga a possibilidade de embalagens iguais terem levado uma auxiliar de enfermagem a confundir o soro que deveria ser aplicado na estudante Stephanie dos Santos Teixeira, 12, com vaselina líquida.

A menina morreu na madrugada de sábado, 4 de dezembro de 2010, após procurar o hospital São Luís Gonzaga, no Jaçanã (zona norte de SP), com vômito.


TROCA DE MEDICAÇÃO

Ela recebeu 50 ml de vaselina na veia, segundo o atestado de óbito emitido pela Santa Casa de Misericórdia, que administra o hospital.
De acordo com a polícia, a suspeita é que, na hora de trocar a embalagem de soro vazia por outra cheia, a auxiliar de enfermagem tenha se enganado e colocado o vasilhame com vaselina.

Médicos dizem que a vaselina, por não se dissolver no sangue, entope as veias e pode até causar uma embolia.


OS FRASCOS SÃO IGUAIS

As duas substâncias eram armazenadas em garrafas de vidro iguais, com tampas azuis, segundo material apresentado pelo hospital. Ambas são transparentes. A única diferença é a identificação do rótulo - feita por uma etiqueta.

Reportagem na integra:

Terça-feira, Dezembro 14, 2010, no endereço:

http://zonaderisco.blogspot.com/2010/12/menina-morreu-em-hospital-apos-receber.html

Zona de Risco

Menina morreu em hospital após receber medicação errada na veia

A polícia investiga a possibilidade de embalagens iguais terem levado uma auxiliar de enfermagem a confundir o soro que deveria ser aplicado na estudante Stephanie dos Santos Teixeira, 12, com vaselina líquida.


A menina morreu na madrugada de sábado, 4 de dezembro de 2010, após procurar o hospital São Luís Gonzaga, no Jaçanã (zona norte de SP), com vômito.



TROCA DE MEDICAÇÃO


Ela recebeu 50 ml de vaselina na veia, segundo o atestado de óbito emitido pela Santa Casa de Misericórdia, que administra o hospital.
De acordo com a polícia, a suspeita é que, na hora de trocar a embalagem de soro vazia por outra cheia, a auxiliar de enfermagem tenha se enganado e colocado o vasilhame com vaselina.


Médicos dizem que a vaselina, por não se dissolver no sangue, entope as veias e pode até causar uma embolia.



OS FRASCOS SÃO IGUAIS


As duas substâncias eram armazenadas em garrafas de vidro iguais, com tampas azuis, segundo material apresentado pelo hospital. Ambas são transparentes. A única diferença é a identificação do rótulo - feita por uma etiqueta.

Fig. 01


A direção do hospital afirmou à polícia que as substâncias ficam guardadas em locais separados.



INQUÉRITO POLICIAL


O caso é tratado pela polícia como homicídio culposo.


O laudo do IML (Instituto Médico Legal), que vai dizer a causa da morte, deve demorar pelo menos 15 dias. A polícia irá ouvir as 16 pessoas, entre enfermeiros e auxiliares, que participavam daquele plantão, além dos médicos responsáveis. Eles foram afastados do trabalho.


A vaselina costuma ser utilizada nos hospitais em pacientes com queimaduras graves. É aplicada na pele para evitar que ataduras grudem na área ferida, diz Adriana Castanho, chefe de enfermagem do hospital particular São Luiz.



ERROS


Arnaldo Lichtenstein, clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor da USP, diz que frascos de soro feitos de vidro ainda existem, mas não são comuns. A maioria dos hospitais utiliza a substância em sacos plásticos.
A mãe de Stephanie disse que a filha recebeu duas doses de soro de um recipiente plástico e piorou depois que o soro foi trocado por outro que estava em um vidro. Erros como o esse são raros, diz Lichtenstein.


Ele diz que atualmente já há hospitais que utilizam até leitores de códigos de barra para ter certeza de que o medicamento que será aplicado é o mesmo que foi receitado.
Folha de São Paulo - São Paulo, terça-feira, 07 de dezembro de 2010



AUXILIAR DE ENFERMAGEM


Auxiliar de enfermagem confessou ter aplicado vaselina no lugar de soro na menina Stephanie dos Santos Teixeira, de 12 anos, no Hospital São Luiz Gonzaga, na Zona Norte de São Paulo. Ela prestou depoimento, por cerca de três horas, na tarde desta quarta-feira, 8, no 73º Distrito Policial, no Jaçanã. A mulher de 26 anos estava acompanhada por dois advogados e não falou com os jornalistas.



Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), a auxiliar de enfermagem afirmou que pegou o frasco com vaselina em um armário em que normalmente eram armazenados apenas os frascos de soro e que por isso, ela não leu o rótulo. O delegado-assistente Antônio Carlos Corsi Sobrinho, do 73º DP, irá questionar o hospital sobre o armazenamento das medicações. Ele também vai esperar a conclusão dos laudos e o resultado da perícia nos frascos, realizado pelo Instituto de Criminalística (IC), para concluir o inquérito.

Fig. 01

FRASCOS IGUAIS


Os potes iguais de vaselina e soro usados pelo hospital São Luiz Gonzaga (zona norte) são disponibilizados para os 39 hospitais que fazem parte da Irmandade Santa Casa. A instituição administra o São Luiz Gonzaga.



Fontes: Folha de São Paulo – 07 e 12 de dezembro de 2010, Estadão – 8 e 10 de dezembro de 2010


Comentário:


01. Stephanie, 12 anos, de São Paulo, morreu após receber vaselina em vez de soro na veia.

02. O mesmo fim teve Helena, 3 anos , de Andira (SP), após tomar uma injeção de ampicilina sódica diluída em cloreto de potássio em vez de água destilada.

03. Verônica, 31, do Rio, foi operada no lado esquerdo do cérebro, quando a cirurgia deveria ser no lado direito. Também morreu.


Chocantes, casos de erros dentro do ambiente hospitalar, seja ele público ou privado, são mais comuns do que se pensa.


Só nos EUA, 98 mil mortes ocorrem todos os anos por erros evitáveis cometidos por médicos ou pela área da enfermagem.


No mundo, estimativas da OMS dão conta de que as mortes anuais cheguem a 5 milhões.


Embora não haja estatísticas semelhantes no Brasil, supõe-se uma realidade parecida. Pesquisa feita em 2007 em um hospital público na zona sul de São Paulo notificou 440 erros no período de um ano.


Falhas de medicação responderam por quase um quinto dos casos. Entre eles, troca de remédio do paciente, medicação certa em paciente errado e erros de dose.

No endereço : http://globonews.globo.com/Jornalismo/GN/0,,MUL1634284-17671,00.html

TEMOS:

Presidente do Conselho Regional de Enfermagem comenta morte de menina em hospital de SP

O presidente do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo, Claudio Porto, comenta o caso da menina de 12 anos que morreu ao receber vaselina líquida em hospital. Ele ressalta que a responsabilidade é do enfermeiro.

Veja no endereço abaixo a competência do Exercício profissional da Enfermagem, na Integra:

http://webcache.googleusercontent.com/search?q=cache:VCPD3QsNO6sJ:www.visbrasil.org.br/resenhas/Exercicio%2520profissional.pdf+%C3%89+RESPONSABILIDADE+DO+CONSELHO+E+ENFER+FISCALIZAR+AS+CONDI%C3%87%C3%95ES+DE+TRABALH+?&hl=pt-BR&gl=br

Reportamos aqui um Pequeno trexo:

EXERCÍCIO PROFISSIONAL

Habilitação e Autorização

São atribuições dos Conselhos Federais organizar os respectivos

Códigos de Deontologia.

Compete aos Conselhos Regionais, entre outras tantas atribuições,

manter um registro dos profissionais legalmente habilitados com

exercício na respectiva Região; fiscalizar o exercício das profissões,

tratar dos assuntos atinentes à ética profissional, e impor as

penalidades que couberem. Os Conselhos têm a obrigação de velar

pela honra das profissões e pela independência e livre exercício legal

dos direitos dos profissionais.

Só será permitido o exercício das profissões enumeradas, em

qualquer ponto do território nacional, a quem se achar habilitado de

acordo com as leis federais e tiver sido registrado e autorizado pelo

Conselho Regional da jurisdição onde irá praticar suas atividades.

Penalidades

Os que se propuserem ao exercício das profissões ou de qualquer

dos seus ramos, sem título devidamente registrado e expressa

autorização dos Conselhos, ficam sujeitos às penalidades aplicáveis

ao exercício ilegal.

Os profissionais que cometerem falta grave ou erro de ofício poderão

ser suspensos do exercício da sua atividade e se exercerem função

pública serão demitidos dos respectivos cargos.

As penas disciplinares aplicáveis vão desde a advertência ou

censura até suspensão ou cassação do exercício profissional.

Podem ser estabelecidas também multas pecuniárias.

Condições do exercício

Haverá para cada profissão um Código de Deontologia elaborado

conjuntamente pelos Conselhos federais e regionais.

Entidades sujeitas às normas

Os responsáveis pelas instituições onde trabalhem estes

profissionais devem respeitar os códigos deontológicos de cada

profissão e informar às autoridades sanitárias competentes a relação

destes que nelas trabalham, comunicando-lhes as alterações que

forem ocorrendo no seu quadro.

O Conselho Federal de Enfermagem - Cofen divulga em sua página na internet

um texto denominado “ESCLARECIMENTOS SOBRE A AUTARQUIA COFEN/CORENS”, apresentado

a seguir neste documento, onde são considerados aspectos da “legislação

instituidora dos conselhos federal e regionais de enfermagem e o relevante papel

dos conselheiros perante a sociedade civil”. Os assuntos discorridos afetos à

profissão da enfermagem aplicam-se integralmente aquelas outras ligadas à

saúde.

Destacam-se nos textos as condições referentes ao exercício das profissões

que envolvam a “preservação de certos valores elementares como a vida, a

integridade, a segurança física e social das pessoas”.

Também que:

não são os Conselhos, associações de classe no sentido sindical, nem

sociedades de caráter cultural ou recreativo. São, isto sim, entidades de

Direito Público, com destinação específica de zelar pelo interesse social,

fiscalizando o exercício profissional das categorias que lhe são vinculadas.

a ação dos Conselhos dos Profissionais se desenvolve no sentido da

valorização do Diploma, moralização profissional, proteção dos interesses

sociais, da legalidade e, principalmente, no resguardo dos princípios éticos.

a fiscalização das condições sanitárias do exercício das profissões da área

de saúde é encargo cometido ao Ministério da Saúde, bem como às

Secretarias Estaduais de Saúde, através das atividades denominadas de

vigilância sanitária.

a natureza jurídica dos Conselhos Profissionais, é unanimemente destacada

como autarquias fiscalizadoras de atividades profissionais com poder de

disciplinar através de normas e aplicar sanções.

Estes pressupostos delimitam o campo de atuação política dos Conselhos.

Pinça na barriga


Fig. 02

Médico esquece pinça no abdome de paciente durante cirurgia.

Reportagens nos endereço:

Reportagem 01:

http://eptv.globo.com/noticias/NOT,0,0,330002,Medicos+esquecem+pinca+dentro+de+paciente+em+Uberaba.aspx

Médicos esquecem pinça dentro de paciente em Uberaba ( Minas Gerais).

Depois de uma cirurgia para a retirada de parte do intestino, o aposentado Lázaro Lorena da Silva, voltou ao hospital para retirar o instrumento.

Em Uberaba, no interior de Minas Gerais, uma cirurgia virou caso de polícia. Um aposentado foi internado em Uberaba, para uma cirurgia e acordou com uma pinça dentro da barriga.

Depois da retirada de parte do intestino, o aposentado Lázaro Lorena da Silva, começou a sentir fortes dores na região abdominal.

Foi levado novamente para o hospital e após o raio-x veio a surpresa: os médicos esqueceram uma pinça no corpo do paciente.

Seu Lázaro passou por uma nova cirurgia e passa bem. Segundo o Conselho Regional de Medicina, o caso será investigado assim que a família apresentar denúncia no CRM.

Reportagem 02:

http://jmonline.com.br/novo/?noticias,2,CIDADE,39550

Médicos esqueceram material cirúrgico no abdome de paciente durante cirurgia. De acordo com a família de Lázaro Lorena da Silva, de 59 anos, o aposentado passou por um procedimento cirúrgico com objetivo de solucionar um problema de obstrução intestinal no dia 24 de dezembro, no Hospital São José, e recebeu alta no dia 27, seguindo para casa. Mas como Lázaro não apresentou um quadro de melhora, a família resolveu retornar à instituição, ficando constatada em radiografia, a presença de um objeto parecido com uma tesoura curva em seu organismo.

Renata Cristina de Assis, filha do paciente, contou que os familiares ficaram assombrados com as imagens que viram na lâmina de exame, mas que ao contestar a situação na administração da casa de saúde, não conseguiram informações. “Achamos que era um problema gástrico, mas ele estava com uma pinça na barriga, só depois que recorremos à Polícia para fazer um Boletim de Ocorrência, que providenciaram a cirurgia”, lembrou Renata, protestando que o médico responsável pelo procedimento estava fora do município.

Segundo Renata, a família solicitou ver o artefato retirado na segunda intervenção, mas não foi atendida. Quando questionaram a equipe médica sobre como seria plausível o acontecido, foram surpreendidos. “Um dos médicos ainda disse uma frase que nos marcou, ele falou que o paciente era gordo e barrigudo e que seria sim possível que um objeto tivesse sido esquecido dentro dele”, concluiu.

Diante do possível erro médico, o diretor do hospital, Luiz Flávio Leite Rodrigues da Cunha, informou que o paciente chegou ao pronto-socorro em estado grave e precisou ser operado às pressas por uma equipe de três cirurgiões, com mais de vinte anos de experiência. O diretor reforçou que a família está recebendo o apoio necessário para lidar com a situação e que será instaurada uma investigação para apurar a responsabilidade do caso. “Temos que apurar a responsabilidade, um acidente de carro nunca acontece por um erro só, há uma série de fatores, é preciso cuidado para não ter pré-julgamentos”, pontuou Luiz, lembrando a história de setenta anos do hospital mais antigo em atividade de Uberaba.

Apesar do diretor do hospital ressaltar que não teve acesso aos exames, a filha de Lázaro fotografou uma das placas de radiografia que comprova a presença de um artefato semelhante à tesoura. O aposentado está em observação na Unidade de Terapia Intensiva do hospital. A família registrou um Boletim de Ocorrência, mas por enquanto não pretende acionar o Judiciário.

Agora vamos analisar as condições de trabalho e os produtos que são encontrados a disposição dos profissionais nas unidades de Saúde.

Devido aos acontecimentos doa últimos dias, temos que refletir quanto:

a. as condições de trabalhos;

b. ao treinamento do pessoal;

c. a capacidade das pessoas que comandam ou gerenciam o atendimento;

d. a pressão cotidiana ( Stress ) que vive o profissional;

e. a qualidade do material utilizado;

f. a similaridade que envolvem as embalagens;

g. a formação profissional;

h. a forma de administração e armazenamento dos medicamentos;

i. a sobrecarga que vive o profissional.

Tudo isso tem que ser analisado, observado e estudado antes de taxarmos um erro da saúde como doloso ou culposo.

Vejamos:

Hoje em dia, é evidente a sobrecarga de serviço que passam as Unidades de Saúde, é evidente também a falta de recursos Humanos para execução do serviço inerente a cada profissional da Saúde. Seja ele:

a. Auxiliar de Enfermagem;

b. Técnico de Enfermagem;

c. Enfermeiro;

d. Médico;

e. Fisioterapeuta, etc.. .

Mais, verdadeiramente os profissionais que ficam mais expostos a estes erros são: o pessoal de Enfermagem e os Médicos.

Não vamos comentar no momento as falhas inerentes a capacidade técnica, pois, as falhas técnicas é de responsabilidade dos respectivos Conselhos de Classe. Cabe aos Conselhos fiscalizar e dar ao profissional a licença para exercer a profissão.

Com relação a similaridade nas apresentações dos Medicamentos, cabe aos órgãos competentes do governo e de Farmacologia darem o aval para comercialização das medicações.

Mas, é notório e evidente a similaridade nas apresentações de alguns medicamentos. Veja só a similaridade nas apresentações dos seguintes medicamentos:

a. Insulina Regular e Insulina NPH

Fig. 03

b. Clavulin e Omeprazol

Fig. 04

c. Atrovent e Berotec

Fig. 05

Sem contar que as apresentações de alguns medicamentos, que no seu rótulo não se consegue ler o que esta sendo apresentado, comoExemplo podemos especificar algumas ampolas de:

a. Furosemida;

b. Cloreto de Potássio;

c. Cloreto de Sódio, etc ... .

fica a pergunta: o Erro é só do profissional que executou à ação ?

Ou, um conjunto de fatores proporcionou o acontecimento ?


Exposição ao Erro ou Falta de Vontade Política

Outra problemática é a situação de vários funcionários de Enfermagem que trabalham em Setores de Hipodermia e Vacinação.

Veja só a problemática que acontece principalmente na Saúde Pública, onde os Recurso Humanos Especializados andam escassos.

Hoje em dia o calendário de Vacinação é composto das Seguintes Vacinas para diferentes faixas etárias:

01. CALENDÁRIO BÁSICO DE VACINAÇÃO DA CRIANÇA


02. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADOLESCENTE


03. CALENDÁRIO DE VACINAÇÃO DO ADULTO E DO IDOSO

Grosseiramente,temos em média aproximadamente de 14 a 16 vacinas,e geralmente todo este aparato é administrado por um único profissional. Fato que gera um risco muito grande de Engano durante a administração, pois, devemos levar em consideração os fatores que podem alterar o estado emocional do profissional, tal como:

a. Stress;

b. Pressão da Chefia para se atingir uma meta;

c. Condições ambientais;

d. Conservação da vacina;

e. Estado psicológico do profissional;

f. Excesso de trabalho;

g. Etc.

Não podemos também descartar da similaridade dos frascos das vacinas, fato de risco muito grande para que aconteça um Erro.

Todos estes fatores podem atuar como agravante ou mesmo condicionante para que ocorra um Erro.

O pior de tudo, é que tudo isso esta no dia-a-dia das unidades de saúde e nenhum órgão responsável pela fiscalização atua para mudar este panorama, nem o próprio gestor tenta mudar este panorama.

Por isto, quando vamos analisar as conseqüências do Erro cometido por estes profissionais devemos levar em consideração todos estes fatores, e analisar se o Erro não foi proporcionado por falha do sistema como um todo.