terça-feira, 2 de março de 2010

VALE APENA TRATAR A DISFUNÇÃO ERÉTIL

Disfunção Erétil







Matéria copiada do site da Sociedade Brasileira de Urologia ( SBU )



http://www.sbu.org.br/indexGeral.php?do=imprensa&sub=7&dado_id=202&site=geral



SBU promove primeira Campanha de Saúde do Homem


Disfunção erétil é o tema da ação por ser um marcador de doenças. Problema atinge cerca de 50% dos homens acima de 40 anos. Menos de 10% procuram o médico. Entidade quer evitar automedicação

A Sociedade Brasileira de Urologia promoveu entre agosto e setembro a primeira Campanha Nacional de Esclarecimento da Saúde do Homem, que teve como foco a disfunção erétil. Para os especialistas, a falta de ereção, muito mais do que um problema sexual, pode ser um marcador de doenças, já que pode estar relacionada a uma série de outros problemas, tais como cardiopatias, hipertensão e diabetes. O objetivo da ação era orientar o homem a procurar um urologista anualmente e valorizar o receituário urológico, evitando a automedicação.


Estimativas da entidade mostram que cerca de 50% dos homens adultos com mais de 40 anos têm alguma queixa em relação às suas ereções. Acredita-se ainda que um grande número de casos de disfunção erétil ocorre exclusivamente devido a fatores psicológicos. Um comercial foi veiculado nacionalmente em TV durante os dois meses de campanha assim como um anúncio em jornais e revistas.

“Aproximadamente 50% dos pacientes portadores de diabetes e 38% dos pacientes com doenças cardiovasculares (hipertensão arterial, aterosclerose, arritmias cardíacas, doenças coronárias) têm algum grau de disfunção erétil. Além delas, as doenças neurológicas, nefropatias (doenças do rim) e depressão também estão relacionadas à disfunção”, afirma o coordenador de campanhas da SBU, Aguinaldo Nardi. Ele ressalta que a prevenção à doença está em hábitos de vida saudáveis: alimentação balanceada, prática de exercícios, e sobretudo, evitar o alcoolismo e o tabagismo.

Nardi explica que outras doenças urológicas podem colaborar para a disfunção. “Doenças do pênis, como por exemplo, a doença de Peyronie (pênis curvado), podem causar disfunção erétil. Outras doenças que atingem o homem durante o envelhecimento como a hiperplasia benigna da próstata, a queda do hormônio masculino (a testosterona) e o tratamento do câncer de próstata podem levar à dificuldade de ereção”, diz.


De acordo com os urologistas, menos de 10% dos homens que têm o problema procuram auxílio médico. Para o presidente da SBU, José Carlos de Almeida, a vergonha em comentar o assunto e o medo do diagnóstico afasta o paciente do médico. “Poucos procuram ajuda médica, muitos preferem conversar com os amigos para obter mais informações e se medicarem. Nossa missão ética e médica é evitar a automedicação em todos os níveis. O uso abusivo continuado pode ocultar a oportunidade de um diagnóstico precoce de doenças de risco relacionadas à disfunção”, diz.

Dados do Ministério da Saúde mostram que em 2007 enquanto 16,7 milhões de mulheres foram ao ginecologista, apenas 2,7 milhões de homens foram ao urologista. A visita a um urologista é importantíssima. Ele poderá detectar, por exemplo, se a disfunção erétil é um problema orgânico ou psicológico e prescrever o tratamento mais indicado para aquele perfil. “É fundamental uma boa conversa com o paciente, mesmo antes de prescrever drogas orais, injeções ou cirurgia. O fator emocional influencia muito”, enfatiza o chefe do Departamento de Andrologia da SBU, Carlos Da Ros. A Andrologia é o setor dentro da Urologia responsável pelo sistema reprodutor, da função sexual e da regulação de hormônios masculinos.

A disfunção pode estar presente mesmo quando haja o desejo e a ejaculação normais. Hoje há diversos tratamentos para o problema que variam desde medicamentos até a indicação cirúrgica. “A primeira linha inclui medicamentos orais (inibidores da fosfodiesterase número 5: sildenafil, tadalafil, vardenafil, lodenafil) e psicoterapia. A segunda linha é composta por injeção intracavernosa e intra-uretral de medicamentos que causam a ereção. E na terceira linha temos as próteses penianas”, explica Da Ros.

SAIBA MAIS:

MECANISMO DE EREÇÃO: parte do cérebro um estímulo (auditivo, olfativo e/ou visual) que atravessa a medula espinhal e atinge os nervos que inervam o pênis, que possui um corpo cavernoso de cada lado. Os corpos cavernosos funcionam como esponjas. Quando seus vasos dilatam e entra mais sangue do que sai, acontece a ereção.

DISFUNÇÃO ERÉTIL: é a incapacidade de obter e ou manter uma ereção suficiente para uma atividade sexual satisfatória.

PREVENÇÃO:

Hábitos de vida saudável.

Evitar :

1. sedentarismo,

2. alcoolismo,

3. tabagismo,

4. pressão alta,

5. colesterol alto etc.

TRATAMENTO: Auxílio de um urologista (para prescrever o melhor tratamento) e de um terapeuta sexual (para fazer o acompanhamento emocional).

DOENÇAS ASSOCIADAS:

1. hipertensão,

2. diabetes,

3. cardiopatias,

4. doença de Peyronie,

5. hiperplasia benigna da próstata,

6. entre outras.


OBSERVAÇÃO :

Doença de peyronie

A doença de Peyronie é um espessamento fibroso que provoca contraturas e curvaturas no pênis. A causa da doença de Peyronie que afeta homens adultos, é desconhecida.

A doença pode tornar tanto a ereção como a penetração no ato sexual difícil ou mesmo impossível, pois o tecido fibroso que se desenvolve no pênis pode inclusive estender-se para o interior do tecido erétil que é o corpo cavernoso, impedindo totalmente a ereção.


Diagnóstico

O diagnóstico é feito por apalpação Alguns problemas acompanham a manifetação da doença como aestenose da uretra, trombose dos corpos cavernosos, tumor peniano ou a fibrose pós tarumaática.

Tratamento

Injeções de corticosteróides diretamente na área afetada também podem ser úteis, mas doença de Peyronie tende a curar espontaneamente ao longo de vários meses em alguns casos.

A cirurgia pode curar a doença, mas algumas vezes, ela produz mais cicatrizes e piora o quadro, podendo causar impotência.

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