Será que o Homem antes da Educação Não Passa de Uma Possibilidade ?
São vários os
teóricos que se dedicaram ao estudo da infância e contribuíram muito para a
Educação Infantil. Para efeito de curiosidade, podemos citar: João Amós Comênio
(1592-1657), Jean Jacques Rousseau (1712-1778), Johann Heinrich Pestalozzi
(1746-1827), Friedrich Fröebel (1782-1852), Ovide Decroly (1871-1932), Maria
Montessori (1870-1952), Celestin Freinet (1896-1966), Jean Piaget (1896-1980),
Lev Semenovich Vygotsky (1896-1934) e outros.
Sobre o trecho, “a verdade que tudo isto proclama em
definitivo é que o homem como homem, antes
da educação, não passa de uma possibilidade, isto é, ainda menos do que uma esperança”.
Com referência do período Infantil, a velha
sociedade, na Idade Média, via mal as crianças, onde esta tinha uma convivência
muito curta com a família e logo era encaminhada para o ensino de um ofício com
outra família, é evidente que nesse período não havia o afeto familiar, hoje a
sociedade atual cuida da criança e tenta compreendê-la, estudando-a. Com a
tecnologia de hoje e os estudos podemos entender a Infância, podemos obter as
características da criança através da Ultrassonografia, quando ainda na vida
uterina.
O bebê se caracteriza-se por não ter o
domínio da fala, assim, podemos definir a infância como sendo o período entre a
ausência da fala até a sua aquisição. A
infância é um longo período que se encerra a partir da puberdade. Na
puberdade há à ação marcante dos
hormônios que desencadeiam as características
sexuais secundárias, que tem como objetivo preparar a capacidade
reprodutiva, de ambos os sexos. Este é o período da entrada da adolescência. Os
períodos do desenvolvimento de uma criança é estabelecido da seguinte forma
pelos estudadores: primeira Infância (0-3 anos), segunda Infância ( 3-6 anos),
idade escolar (6-12 anos) e Adolescência ( 12-18 anos). Os três primeiros anos de vida de uma criança (
infância ), são fundamentais para o desenvolvimento das estruturas físicas e
psíquicas, sem esquecer das habilidades sociais. A experiência de vida neste período, influenciarão por toda
a vida, seja na sua forma de estabelecer laços amorosos e sociais com as pessoas
que o cercam. Nesse período a vulnerabilidade da criança é total, este
depende de um ambiente especial, de
cuidados físicos para o seu desenvolvimento psicológico. Ao nascer, o bebê é um
amontoado de massa corporal e para o seu desenvolvimento será necessário o
contato com outros seres humanos, que tenham a capacidade de transmitir a
linguagem, só assim o bebê pode
ingressar no mundo humano. A criança fica cercada por uma gama de linguagem, e
desta gama de linguagem terá que retirar a possibilidade de se comunicar com o
outro ser humano.
Pelo que foi comentado até o presente
momento, podemos observar que o desenvolvimento de uma criança depende do meio
em que vive. Se a criança vive num meio
de um certo animal, sendo este a única fonte de contato, observa-se que esta
criança vai adquirir as características comportamentais deste animal. Assim, a
frase: “ o homem é fruto do meio em que vive”, esta bem enquadrada no que diz
respeito à aprendizagem. Malson (1988 ), admite
que o homem não nasce homem, mas é construído, e que a maior parte das crianças consideradas selvagens, comprova
que suas dificuldades não provém de uma
deficiência biológica, mas, de uma insuficiência cultural.
Isto mostra o quanto é necessário o
contato humano, a importância da troca de informação, em fim, o aprendizado na
infância é primordial para que o homem
se torne homem. Seguindo esta linha de
análise, é perfeitamente aceitável a colocação:
“a verdade que tudo isto proclama em
definitivo é que o homem como homem, antes
da educação, não passa de uma possibilidade, isto é, ainda menos do que uma esperança”. A educação é primordial para que um ser se
transforme em homem e deixe de ser apenas uma possibilidade de ser homem.
Referências:
MARIA MANSO DE BARROS, Rita. Fundamentos
da Educação 2: Psicologia da Educação. 1. ed. RJ: CEDERJ, 2014. 403 p. v.
Unico.
RIBEIRO, A. M. Curso de
Formação Profissional em Educação Infantil. Rio de
Janeiro: EPSJV / Creche Fiocruz, 2005.
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