Abordagem Sócio-Histórica do Desenvolvimento Humano
No
século XX, a abordagem sócio-histórica do desenvolvimento humano, é considerada
moderna e a sua origem é a na União Soviética. Inicialmente essa abordagem sócio-histórica foi desenvolvida por Vygotsk e seus colaboradores: Luria,
Leonriev, Sakarov e outros. A base dessa
abordagem é maxista e esta fundamentada na perspectiva dialética. A abordagem
sociointeracionista de Vygotsky, segundo a qual o desenvolvimento humano se dá
em relação nas trocas entre parceiros sociais, através de processos de
interação e mediação. Leva em conta que o comportamento humano não se dá
intuitivamente, mais, se fundamenta em motivações de cunho Social, que se relacionam com atividades decorrentes de movimentos
históricos e as formas específicas de culturas existentes. Vygotsky enfatiza o
processo histórico-social e o papel da linguagem no desenvolvimento do
indivíduo. Dá ênfase a aquisição de conhecimentos pela interação do sujeito com
o meio. Para ele, o sujeito é interativo, pois, adquire conhecimentos a partir de relações intra e
interpessoais e de troca com o meio, a partir de um processo denominado
mediação. A visão do ser humano nessa
perspectiva é histórica e social. Assim observa-se que o indivíduo forma-se, ao
longo da vida, tendo como base uma atuação em um mundo material e cultural, que
utiliza os conhecimentos dos antepassados, de onde se obtém matéria-prima para
a construção individual. Para Max, o
desenvolvimento humano está baseado em “ forças essenciais humanas”, que advém de
atividade social, comum dos humanos.
A atividade histórica é o alicerce do ser humano, assim a
humanidade é formada coletivamente e
historicamente pelo conjunto das características humanas, que precisa ser
formada novamente em cada indivíduo. A mola mestra deste processo é a cultura, são
as atividades e necessidades conhecidas como humanas, é a linguagem que
utilizamos para nos comunicar, é o modo como nos relacionamos socialmente, é a
maneira adequada para manutenção e reprodução da vida. Vygotsky, tinha uma abordagem que buscasse a síntese do
homem como ser biológico, histórico e social. Ele sempre considerou o homem
inserido na sociedade. Sua abordagem sempre foi orientada para os processos de
desenvolvimento do ser humano com ênfase dimensão sócio-histórica e na interação do homem com o
outro no espaço social. Para ele o homem
não tem uma relação direta com o mundo exterior, a relação é sempre cultural ou
inter-psíquicas ou
intra-psíquicas, sempre usando movimento dialético. Baseado nos princípios do materialismo
dialético, segundo Vygotsky, Max e Hegel, se vê o homem como um ser
construído pelas forças históricas e
sociais, dentro do contexto da evolução da sociedade e da cultura em que está
inserido. O processo de desenvolvimento humano é visto como uma transformação
mútua, dialética entre o homem e a realidade.
Cabe as instituições educacionais fomentarem a construção da emancipação
e autonomia, desenvolver a capacidade de refletir e de criticar, e de criticar,
ser o elo entre a relação do homem com a cultura. A educação tem a obrigação de socializar
saberes e produzir conhecimento, sempre utilizando os princípios morais e
éticos, deve ser solidária, incentivar a
liberdade e a participação.
Num Contexto Geral, o sucesso na
aprendizagem dependerá da interação e integração de um conjunto de fatores,
tais como: prática e teoria, da
capacidade transformadora, de interação entre educador e educando, da interação
social e do entendimento dialético, etc...
A
verdadeira trajetória de desenvolvimento do pensamento não vai no sentido do
pensamento individual para a socializado, mas do pensamento socializado para o
individual ( Vygotsky ).
Referências:
MARIA MANSO DE BARROS, Rita. Fundamentos da
Educação 2: Psicologia da Educação. 1. ed. RJ: CEDERJ, 2014. 403 p. v.
Unico.
VALÉRIA BARBOSA, Maria ; MILLER, Stela ; AMARAL
MELLO, Stela. Teoria Historico-Cultural: Questões Fundamentais para a
Educação Escolar. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2016. 220 p.
RIBEIRO, A. M. Curso de
Formação Profissional em Educação Infantil. Rio de
Janeiro: EPSJV / Creche Fiocruz, 2005.
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