Qual a Sua Dúvida ?
Um dos medos mais freqüentes do ser humano é a perda da atividade sexual. Esse medo se agrava mais ainda após uma enfermidade cardíaca ou vascular.
Para compreender melhor estas duvidas deixamos algumas dicas sobre tal assunto.
PERGUNTAS MAIS FREQÜENTES
01. Posso ter relações sexuais após um diagnóstico de doença cardiovascular?
A medicação que tomo mudará meu comportamento na cama? É normal ter medo do sexo depois de um infarto?". O sexual é um dos aspectos que suscita mais dúvidas entre aqueles que já tiveram um problema cardiovascular, mas um pudor mal entendido costuma impedi-los de falar de suas relações amorosas com seu cardiologista e esclarecer dúvidas.
Curiosamente, não são as doenças do coração as que impedem uma sexualidade plena, mas os mitos, o medo e a desinformação relacionados a estas doenças. O certo é que apesar da doença e dos remédios prescritos, os pacientes coronários podem ter uma vida sexual normal.
Para que os temores infundados não alterem ou limitem as relações sem necessidade, os cardiologista da Fundação Espanhola do Coração (www.fundaciondelcorazon.com) recomendam consultar o médico sobre todas as dúvidas que surjam relacionadas aos efeitos de uma cardiopatia e respondem algumas das dúvidas mais freqüentes dos pacientes.
02. Se tenho uma doença cardiovascular, posso ter relações sexuais?
A atividade física de uma relação sexual se compara à necessária para subir dois andares de escadas. Se você pode subir sem ter dor no peito ou fadiga excessiva, também é capaz, do ponto de vista físico, de manter relações sexuais plenas.
03. Quanto tempo depois de um ataque cardíaco é possível manter relações sexuais com meu parceiro?
A atividade sexual dos pacientes que sofreram um infarto do miocárdio pode ser o mais normal possível e, em muitos casos, similar a das pessoas sem doença coronária. Em linhas gerais, pode retomar o ritmo cerca de duas semanas após a alta médica, sempre sob as orientações médicas.
04.Minha doença e medicação mudarão minha vida sexual?
As disfunções dos pacientes coronários costumam ter três origens relacionadas. Uma é o próprio processo orgânico da arteriosclerose e os fatores de risco que a desencadeiam ou contribuem para piorá-la, como a diabetes, a hipertensão ou a hipercolesterolemia. Por outra parte, estão os fatores psicológicos como a ansiedade e a depressão, e finalmente, alguns farmacológicos que podem alterar a função sexual. Às vezes é difícil dizer se a origem da disfunção sexual é orgânica ou psicológica, daí a necessidade de consultar o médico.
05. É normal ter medo de enfrentar a intimidade?
Sim, mas a atitude que convém ser adotada é a de falar com sinceridade com seu parceiro sobre seus medos e inquietações e solicitar a ajuda de um especialista. Não se sinta nunca envergonhado nem se negue a pedir ajuda ou apoio.
06. Que efeito os remédios cardiovasculares têm?
Embora alguns remédios possam afetar a função sexual, o doente não deve deixar de tomá-los sem falar com seu médico, que o aconselhará. O uso de drogas cardiovasculares pode originar alterações na função sexual por seus efeitos sobre o sistema nervoso central e periférico, o sistema vascular e sobre as mudanças hormonais.
07. Que problemas posso ter durante minhas relações?
Após um infarto, o mais provável é que nenhum. Existem casos em que ocasionalmente pode aparecer uma angina durante a atividade sexual, o que poderia originar ansiedade. O mais provável é que isto suceda àquela pessoa que tenha o mesmo risco quando realiza qualquer outro esforço físico moderado. Se isto chegasse a suceder seria preciso comunicá-lo ao médico para seu controle. A prova de esforço que se realiza ao doente cardíaco depois de sofrer um infarto é uma boa fórmula para medir o estado de seu coração, já que o desgaste energético que esta requer é superior ao da prática sexual.
08. Posso morrer durante o ato sexual?
A ausência de atividade sexual no casal depois de um infarto de miocárdio pode ser conseqüência do medo da morte durante o coito. Mas os casos de falecimento durante o ato sexual ocorrem em uma percentagem muito baixa. Em um estudo sobre 5.559 casos de morte repentina por motivos não traumáticos, só 34 deles eram por motivos cardiológicos e se produziram durante o coito. É necessário destacar que em 27 dessas 34 relações, a pessoa falecida estava realizando o ato sexual com um casal diferente do habitual. Indubitavelmente, fatores "externos" influenciaram de forma significativa no desenlace: nervosismo, maior excitação, sentimentos de culpa, necessidade de ficar bem.
09. É normal ter problemas de ereção ou de frigidez?
Um problema detectado freqüentemente é os estados de impotência e de frigidez. Ambos podem ser motivados pelo tipo de tratamento farmacológico ou pela descompensação psicológica provocada pela doença cardíaca. Qualquer um das duas situações pode provocar sintomas de depressão suscetíveis de tratamento com um psicólogo.
Curiosidade
Sexo freqüente pode reduzir o risco de infarto fatal em homens
Estudo afirma que atividade sexual diminui o risco de morte súbita
Um novo estudo realizado pela Universidade de Bristol, na Grã-Bretanha, sugere que fazer sexo com certa frequência diminui os riscos de infarto fatal. A pesquisa, que levou 20 anos para ser concluída, contou com a colaboração de 3.000 homens de 45 a 59 anos de idade.
De acordo com os cientistas, os homens que afirmaram ter níveis baixos ou moderados de atividade sexual ficaram mais expostos ao risco de morte súbita. Eles descobriram que mesmo que a pressão arterial suba durante as atividades sexuais, a pressão basal (metabolismo básico) é reduzida, mantendo uma relação de saúde para o organismo, afastando o risco de infartos . Mas, o benefício só acontece quando a atividade sexual é realizada com frequência.
Dos voluntários que participaram da pesquisa, um em cada cinco tinha relações sexuais menos de uma vez por mês, e um em cada quatro afirmou que mantinha relações pelo menos duas vezes por semana. Durante a pesquisa, 26 homens sofreram derrames e 65 morreram. O resultado comprovou que aqueles que possuíam uma vida sexual menos intensa estavam entre a maioria dos voluntários que tiveram derrame.
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